0669:1 Cogida de Diego Gil y Pizarro (í-a) (ficha no.: 1935)
Versión de Madroñera (ay. Madroñera, p.j. Trujillo, ant. Trujillo, Cáceres, España). Recogida por Bonifacio Gil García, (Colec.: Gil García, B.). Publicada en Gil García 1944, p. 84, nº 48. Reeditada en IGR-vulgar 1999, pp. 72-73. 032 hemist. Música registrada. |
Más allá de Guadalupe, n` un pueblo llamado Alía, | |
2 | hacen los mozos un toro para divertirse un día. |
Le nombran de capitán a un mocito de la Oliva: | |
4 | Diego Gil se llama el mozo, Diego Gil su nombradía. |
Ya está el torito en la plaza, y el torero a salir iba, | |
6 | lo ha metido el toro un asta entre paleta y costilla. |
Diego Gil mira hacia el sol por ver la hora en que expira. | |
8 | Diego Gil mira hacia el sol, por ver la hora en que mira. |
¡Dónde ha venido a expirar el pobre de Diego Gil | |
10 | entre las ruedas del carro, a la puerta del cosil! |
No le lloraba su madre, ni padre, que no tenía; | |
12 | sólo le llora una hermana, le quiere como a ella misma. |
--¡Bien te decía, hermano, hermano, bien te decía, | |
14 | que no fueras capitán de esa gente tan lucía! |
Quien te ha visto esta mañana con una faja ceñida, | |
16 | te ve a las tres de la tarde con una mortaja encima.-- |
0669:2 Cogida de Diego Gil y Pizarro (í-a) (ficha no.: 2696)
[0101 No me entierren en sagrado, contam.] Versión de Portugal s. l. (Portugal). Documentada en o antes de 1907. Publicada en RGP II 1907, II (Braga), 228-29. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 159-160, K10. 042 hemist. Música registrada. |
Lá acima em Catalunha, junto ao pé de Sevilha, | |
2 | correm os moços um touro que admirar-se podia. |
O touro era tão bravo, ninguém esperá-lo queria. | |
4 | Nomearam capitão um moço da mesma vila. |
Calçava meia de seda, seu sapato de palmilha, | |
6 | com seu chapéu aprumado com três plumas que tinha. |
Volta pela rua abaixo, volta pela rua acima, | |
8 | ergueu os olhos ao céu a ver a hora que seria. |
Vai da uma para as duas, já passava do meio-dia. | |
10 | --Alerta, alerta, soldados, alerta, nobre companhia; |
deitem o touro cá fora que já passa do meio-dia.-- | |
12 | O touro era tão bravo, ninguém esperá-lo queria; |
esperava-o aquele moço para mostrar valentia. | |
14 | Sete voltas deu ao curro, outras sete à mesma vila; |
meteu-lhe a chave direita entre a sola e a palmilha. | |
16 | Não lhe acudiu pai nem mãe, nem irmã, que a não tinha. |
Acudiu-lhe uma esposa pelo amor que lhe tinha, | |
18 | acudiu-lhe toda a gente pela lástima que via. |
--Se eu morrer desta morte, como dela estou esperado, | |
20 | não me toquem a campana nem me enterrem em segrado: |
enterrem-me àquela quina aonde foi o namorado.-- |
Nota del editor: Os vv. 19-21 constituem uma contaminação com Não me Enterrem em Sagrado (K5) [0101]. Título original: O TOUREIRO (Í-A) |
0669:2 Cogida de Diego Gil y Pizarro (í-a) (ficha no.: 1936)
[0101 No me entierren en sagrado, contam.] Versión de Rapa (c. Celorico de Basto, dist. Braga, Minho, Portugal). Recogida por María Angélica Furtado de Mendonça, 00/00/1911 publicada en Furtado de Mendonça 1911, RL 14, 21-22, nº 11. Reeditada en IGR-vulgar 1999, p. 73. 032 hemist. Música registrada. |
Lá acima, em Catalona, junto ao pé de Solfia, | |
2 | corren as moças um touro que admirar-se podia. |
Puseram por capitão um moço da mesma villa; | |
4 | calçava meia de seda, bom sapato de palmilha. |
Ergueu os olhos ao ceu ver as horas que seriam; | |
6 | puxou pelo seu relogio, e viu que era meio dia: |
--Deitem cá o touro fóra, porque já é meio dia.-- | |
8 | O touro vinha tão bravo, que nimguem o esperaria; |
esperou-o aquelle moço por ter grande valentia; | |
10 | mas elle espetou-lhe as chaves entre a sola e a palmilha. |
Não lhe valeu pae nem mãe, nem irmãs, que as não tinha, | |
12 | mas acudiu-lhe uma moça, pelo muito que lhe queria. |
--Não me toquem as campanas, nem me enterrem em sagrado, | |
14 | que digam os passageiros: "Aqui está um malvado, |
não morreu por ser malvado, nem de amores, que os não tinha; | |
16 | morreu das chaves dum touro, por querer mostrar valentia".-- |