0020:12 Penitencia del rey don Rodrigo (í-a) (í-a) (ficha no.: 2595)
[0079 Robo del Sacramento, contam.] Versión de Vinhais s. l. (dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal). Recogida por José Leite de Vasconcellos, (Colec.: Leite de Vasconcellos). Publicada en RTLH 1 (1957), pp. 269-270 y Leite de Vasconcellos 1958-1960, 15. Reeditada en Redol 1964, 76-77; Viegas Guerreiro 1976, 31; Viegas Guerreiro 1982, 29; Pinto-Correa 1984, 108-109; Pinto-Correa 1986a, 44; Cruz 1993c, 18 y Costa Fontes 1997b, Índice Temático (©HSA: HSMS), p. 54, A2: tipo a; RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 27, pp. 151-152. © Fundação Calouste Gulbenkian. 034 hemist. Música registrada. |
--Valha-me Deus, Sant`Ana, Sant`Ana e Santa Maria; | |
2 | homem que chega a mulher, se Deus lhe perdoaria! |
--Não sendo prima ou irmã, sempre Deus lhe perdoaria. | |
4 | --Essa foi minha desgraça, essa foi desgraça minha: |
desonrei uma irmã e uma prima que tenia. | |
6 | Confesse-me o confessor por Deus e Santa Maria. |
--Confessar-te, confessarei-te, mas absolver-te não podia. | |
8 | Vai-te para aquela serra, para aquela escura montinha, |
que lá está uma serpente, uma serpente maligna, | |
10 | que pequenas e que grandes sete cabeças tenia.-- |
Dês que veio meia-noite o confessor vê-lo-ia: | |
12 | --Como te vai, penitente, como te vai tua vida? |
--Pois vem me vai, que eu muito mais merecia. | |
14 | Da cintura para baixo só já os ossos tenia; |
da cintura para cima, agora como seria? | |
16 | --Adeus, adeus, penitente, está a acabar com a vida. |
--Adeus, adeus, confessor, estou na última agonia.-- |
Nota: Leia-se: P. bem. Título original: A2. PENITÊNCIA DO REI RODRIGO (Í-A). |
0020:13 Penitencia del rey don Rodrigo (í-a) (í-a) (ficha no.: 2596)
Versión de Vinhais s. l. (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal). Recogida por Pe. Firmino A. Martins, publicada en Martins 1928, I, 220-221. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (©HSA: HSMS), p. 54, A2: tipo b. 024 hemist. Música registrada. |
Naquela serrinha alta, naquela mais alta serra, | |
2 | vivia um ermitão em penitência cruel. |
Um homem le perguntou le contasse a sua vida, | |
4 | pois os pecados grandes seriam p`ra viver naquela montina. |
--Cavaleiro, não afutures, qu` isso é descortesia; | |
6 | fugi do mundo p`r` amar a Deus e a Santa Maria. |
Que fazes tu, cavaleiro, perdido nesta montina? | |
8 | --Penitência por meus pecados, desonrei a vida minha.-- |
Uma voz do ceú le disse: --Por Deus e Santa Maria, | |
10 | mete-o numa cova funda donde acabe a sua vida, |
por companha uma queobra qu` o coração le fira, | |
12 | pois é o rei Dom Rodrigo, que grandes males fizera.-- |
Título original: A2. PENITÊNCIA DO REI RODRIGO (Í-A). |