Pan-Hispanic Ballad Project

Total: 8


0069:2 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á)            (ficha no.: 3754)

Versión de España. Recogida entre 1495-1500 Publicada en Ms. 12744 f. 95v;, Bibliothèque Nacionale; Paris: [vers. ant. ms. / fragm. mus.]. Reeditada en Paris 1872, Romania, 1, 374 y Dutton 1990, p. 485.  010 hemist.  Música registrada.

     Hablando estava la reina,    en su palacio real,
  2   con la infanta de Castilla,    princessa de Portugal.
     Allí vino un cavallero    con grandes lloros llorar:
  4   --Nuevas te traigo, señora,    dolorosas de contar.
     ¡Ay!, no son de reino estraño,    d` aquí son, de Portugal:
  6   vuestro príncipe, señora,    vuestro príncipe real
     es caído d`un cavallo,    e l`alma quiere a Dios dar.
  8   Si lo quieres de ver vivo,    non querés detardar.
     Allí estava el rey su padre    qu quiere desperar.--
  10   Lloran todas mugeres,    casadas e por casar.

Notas: el estribillo ¡Ay, ay, ay, ay, / qué fuertes penas!//¡Ay, ay, ay, ay, / qué fuerte mal! se repite tras los versos pares. Sigo la transcripción de G. Di Stefano 1993, Romancero, pág. 275-277, quien en su "restauración" intenta eliminar la "doble distinta alteración" (pág. 78) del ms. antiguo (que él conoce a través de la edición de G. Paris 1872, 374), apegándose más al ms. de lo que han hecho otros editores. La "alteración", según explica el crítico italiano, se debe a que el ms. constituye un romance castellano oralizado por un portugués, transcrito con grafía de un francófono.

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0069:1 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á+í-a)            (ficha no.: 2627)

Versión de Portugal s. l. (Portugal).   Documentada en o antes de 1869. (Colec.: Teixeira Soares de Sousa, J.). Publicada en Braga 1869, 330-331 (y Braga 1982, 55, Braga 1876, 64-66 y [Hardung I (1877) 11-12; Soares de Sousa (1902) 400-402; Braga (1907)/Braga (1985) 352-354; Cortes-Rodrigues (1987) 507-508 e Carinhas II (1994) 4]. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 81-82, C4 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 55, p. 178.  046 hemist.  Música registrada.

     Casadinha de outo dias,    sentadinha à janela,
  2   vira vir um cavaleiro    com cartinhas a abanar.
     --Que trazeis vós, cavaleiro,    que trazeis p`ra me contar?
  4   --Senhora, trago-vos novas    muito caras para as dar.
     --Quando vós de as dares,    que farei eu de aceitar!
  6   --Vosso marido caiu    no fundo do areial;
     rebentou-lhe o fel no corpo,    está em risco de escapar.
  8   Se o quereis achar vivo,    tratai já de caminhar.--
     Cobrira-se com o seu manto,    tratara de caminhar;
  10   as servas iam trás ela,    cuidando de a não alcançar.
     O pranto que ela fazia    pedras fazia abrandar.
  12   Respondeu-lhe o marido    do lugar aonde estava:
     --Calai-vos, minha mulher,    não me dobreis o meu mal;
  14   tendes pai e tendes mãe,    podem-vos tornar a levar.
     Ficais menina e moça,    podeis tornar a casar.
  16   --Esse conselho, marido,    eu não o hei-de tomar;
     hei-de pegar numas contas,    não farei fim a rezar.
  18   --Abri lá esse portão,    o portão da galhardia,
     para a senhora entrar,    senhora Dona Maria.
  20   --Chamem-me triste viúva,    apartada da alegria,
     que me morreu um cravo    a quem eu tanto queria.
  22   Ele não morreu na guerra,    nem em batalha vencida;
     morreu, morreu cá em terra,    num poço de água fria.--

Título original: MORTE DO PRÍNCIPE D. AFONSO (Á + Í-A)
Nota: las siglas bibliográficas que aparecen entre corchetes en la cabecera corresponden a las empleadas en RºPortTOM 2000.

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0069:6 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á+í-a)            (ficha no.: 5966)

Versión de Urzelina (c. Velas, isla de S. Jorge, Açores, reg. Açores, Portugal).   Documentada en o antes de 1869. (Colec.: Teixeira Soares de Sousa, J.). Publicada en Braga 1869 (reed. 1982), 328-329. Reeditada en Hardung 1887, I. 9-10; Soares de Sousa 1902, 398-400; RGP II 1907, (reed. facs.1985) 351-352; Redol 1964, 28; Cortes-Rodrigues 1987, 505-506; Carinhas 1995, II, 3 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 54, p. 177. © Fundação Calouste Gulbenkian.  048 hemist.  Música no registrada.

     Casada de outo dias,    à janela foi chegar;
  2   viu vir um cavaleiro,    tão de contente a mirar.
     --Que novas traz, cavaleiro,    que novas traz p`ra me dar?
  4   --Novas vos trago, senhora,    má nova é de contar,
     vosso marido é morto,    caiu no areal,
  6   rebentou o fel no corpo,    em dúvida de escapar,
     se o quereis `inda ver vivo,    tratai já de caminhar.--
  8   Cobriu o seu manto preto,    começou de caminhar,
     ao pranto que ela fazia,    o chão fazia abrandar.
  10   Três infantes atrás dela,    sem a poder alcançar.
     Chegando à freguesia,    começou de perguntar,
  12   chegando aonde ele estava,    começou de prantear.
     --Isto são ais da Infanta,    quem tal nova lhe foi dar?
  14   Calai-vos, minha mulher,    não me dobres o meu mal,
     daqui não vos ficam filhos    que vos custem a criar,
  16   sondes menina e moça,    vos tornareis a casar.
     Pegam na mão um ao outro,    ambos foram acabar.
  18   --Toquem-me harpas e violas,    e sinos à reveria,
     para entrar a senhora,    senhora Dona Maria.
  20   --Já me não chamem senhora,    senhora Dona Maria,
     chamem-me triste, coitada,    apartada de alegria,
  22   que lhe morreu o seu bem,    capitão de infanteria.
     Ele não morreu em guerra,    nem batalha que trazia,
  24   morreu no areial,    de poços e água fria.--

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0069:7 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á)            (ficha no.: 5967)

Versión de Urzelina (c. Velas, isla de S. Jorge, Açores, reg. Açores, Portugal).   Documentada en o antes de 1870. (Colec.: Teixeira Soares de Sousa, J.). Publicada en Braga 1870, 29-30 y Braga 1883, 172-173. Reeditada en Carinhas 1995, II. 4-5 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 56, pp. 178-179. © Fundação Calouste Gulbenkian.  036 hemist.  Música no registrada.

     Casada de oito dias,    à janela foi chegar,
  2   vira vir um cavaleiro,    com um lencinho a abanar.
     --Novas vos trago, senhora,    mui custosas de vos dar,
  4   vosso marido é morto,    na praia do areial,
     caiu do seu cavalo,    andando a passear,
  6   rebentou-lhe o fel no corpo,    está em risco de escapar.
     Se vós o quereis ver,    senhora, tratai já de caminhar.--
  8   Vestiu vestido preto,    por mais vagar lhe não dar,
     três criados atrás dela,    sem a poder alcançar,
  10   o pranto que ela fazia,    pedras faziam chorar.
     Chegou à praia do areal,    seu marido vira estar.
  12   --Calai, condessa, calai-vos,    não me dobreis o meu mal,
     que o ver vosso desamparo,    a minha alma faz penar.
  14   Ide-vos para Castela,    onde tendes padre e madre,
     que sondes menina nova,    que vos tornem a casar.
  16   --Esse conselho, marido,    eu não no quero tomar,
     hei-de-me ir p`ra minha casa,    hei-me sentar a rezar,
  18   morte que levais o conde,    condessa vinde buscar.--

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0069:3 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á+á-o)            (ficha no.: 5963)
[0101 No me entierren en sagrado, contam.]

Versión de Campanário (c. Ribeira Brava, dist. Funchal, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal).   Recogida por Álvaro Rodrigues de Azevedo, (Colec.: Azevedo, Á. Rodrigues de). Publicada en Azevedo 1880, 249-251. Reeditada en RGP II 1907, (reed. facs.1985) 348-349; Lima 1959, 165-166; Redol 1964, 27; Pinto-Correia 1984, 123-124; Carinhas 1995, II, 112-113 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 51, pp. 174-175. © Fundação Calouste Gulbenkian.  046 hemist.  Música no registrada.

     Casada de treze dias,    `stava na minha janela,
  2   chegou uma pomba negra,    que nova me trará ela?
     --Má nova trago, senhora,    e mui triste, de chorar,
  4   vosso marido é morto,    ou p`riga não escapar:
     foi de cavalo ao chão,    em terras de Portugal,
  6   rebentou lo fel do corpo,    em riba dum areial.--
     La infanta, mal lo sabe,    vai a correr, a chorar,
  8   tantas damas depós dela,    sem la poder avançar,
     chegou onde seu marido,    a carpir, sem descansar.
  10   --Onde vindes, vós, infanta,    acabar de me matar?
     `Inda sois menina moça,    `inda vos podeis casar.
  12   --Eu nã me quero casar,    quero lograr meu marido,
     nem outro tal acharia,    se vos houvera perdido.
  14   Chamem-m` aquele barbeiro,    que venha aparelhado,
     que traga lanceta d` oiro    e liga d` oiro fiado,
  16   dê picada pequenina,    dada com todo cuidado,
     que nã sinta ele dor,    mas que fique bem sangrado.
  18   --Quer sinta, quer nada sinta,    seja bem ou mal sangrado,
     mal d` amores nã tem cura,    matou-se d` apaixonado.
  20   Lo triste morto d` amores,    que s` interre no sagrado,
     nã no interrem na terra,    onde vai pastar lo gado,
  22   nem fique braço de fora,    mas só letreiro pintado,
     p`ra quem lá passar ir ler:    «Morreu triste desgraçado».--
Notas del editor de RºPortTOM 2000: Editamos pelas provas tipográficas datáveis de c. 1879; Omitimos as seguintes didascálias: entre -2 e -3Responde la pomba; entre -9 e -10Disse-lh` ele; entre -11 e -12Responde ela, e entre -17 e -18:Vem lo barbeiro, e diz.

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0069:4 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á+estróf.)            (ficha no.: 5964)

Versión de Caniço (c. Santa Cruz, dist. Funchal, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal).   Recogida por Álvaro Rodrigues de Azevedo, (Colec.: Azevedo, Á. Rodrigues de). Publicada en Azevedo 1880, 251-253. Reeditada en RGP II 1907, (reed. facs.1985) 349-351; Cruz 1988, 58; Cruz 1992, 36-37; Cruz 1993a, 43; Carinhas 1995, 113. y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 52, pp. 175-176. © Fundação Calouste Gulbenkian.  038 hemist.  Música no registrada.

     Já casada `stava eu,    bem oito meses havia,
  2   e passou um pombo negro    que más novas me trazia.
     --Novas, senhora, vos trago,    más novas, de grande mal,
  4   que morre vosso marido,    Infante de Portugal.
     Caído com seu cavalo,    nas ribas do areial,
  6   rebentou lo fel do corpo,    lo bom infante real.--
     E, des`í, pus-m` a cramar,    ouvido lo mau recado.
  8   --Ide lá, mestre barbeiro,    ide já aparelhado,
     com vossa lanceta d` oiro,    sua liga de brocado,
  10   dai-lhe sangria pequena,    nã na sinta lo cuitado.--
     E lá me fui de carreira,    las damas m` acompanharam,
  12   mas, por muito que corressem,    las damas nã m` avançaram,
     los meus ais, quando cheguei,    lo meu infant` acordaram.
  14   --A que vindes cá, infanta?    `Stou aqui, `stou a `cabar,
     ficareis menina moça,    cedo vireis a casar.--
  16   Eu, então, ali jurei,    pola missa do missal,
     que nã qu`ri`outro marido,    nem que lhe fora igual.
  18   Lo meu infante morreu,    Infante de Portugal,
     `li perto das águas frias,    nas ribas do areial.

Notas del editor de RºPortTOM 2000: Editamos pelas provas tipográficas datáveis de c. 1879. *Versão recolhida no concelho de Pinhel (Distrito da Guarda) mas recitada a partir desta versão. Omitimos a seguinte didascália: entre: -13 e -14E diss` ele.

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0069:5 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á+á-o)            (ficha no.: 5965)
[0101 No me entierren en sagrado, contam.]

Versión de Madeira s. l. (dist. Funchal, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal).   Recogida por Urbano Canuto Soares, publicada en Soares 1914, 146-147. Reeditada en Redol 1964, 589; Carinhas 1995, II. 114 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 53, p. 176. © Fundação Calouste Gulbenkian.  036 hemist.  Música no registrada.

     `Tava na minha jinela,    casada de treze dias,
  2   e passou um pombo branco,    ah! que novas me trazia.
     --Eu vos trago novas tristes,    novas tristes, de chorar,
  4   vosso marido é morto,    em terras de Portugal.
     Saltou a Dona Infante,    saltou de caminhar,
  6   com sete damas atrás,    sem nenhum a alcançar.
     --Donde vindes, mulher minha,    pa` m` acabar de matar,
  8   ainda sois menina moça,    ainda vos podeis casar.
     --Não me torno a casar,    sem lograr o meu perdido,
  10   s` eu me torno a casar,    não acho tão bom marido.
     --Chama-me aquele barbeiro    que passa naquela rua,
  12   que eu lhe quero preguntar    se mal d` amor tem cura.
     --Males d` amor não tem cura,    não se interra em sagrado,
  14   interra-se em campo verde,    donde vai pastar o gado.
     Deixa-se um braço de fora,    com letreiro retratado,
  16   para quem passar dezer:    «Aqui morreu um coitado.
     Não morreu de calastia,    nem de mal que lhe era dado,
  18   só morreu do mal d` amores    que era um mal desesperado».--
Notas del editor de RºPortTOM 2000: Segundo Soares (1914), no verso 6 a palavranenhum: "Deve ter a significação de ninguém como na antiga língua, a não ser que esteja nenhuma por nenhuma a".

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0069:8 Muerte del príncipe don Alfonso de Portugal (á+á-o)            (ficha no.: 9360)
[0101 No me entierren en sagrado, contam.]

Versión de Nóia (c. Machico, dist. Funchal, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal).   Recitada por Maria de Conceição Góis (64a). Recogida por José Joaquim Dias Marques, 07/08/1985 (Archivo: ASFG; Colec.: Fraile Gil, J. M.). Publicada en Fraile Gil Rom-Panhisp.-2 2010+2CD, cd 1, corte nº 5, texto nº I.5, pp. 51-53. Reproducida aquí con permiso del editor.  038 hemist.   Música registrada.

     Estava na minha janela,    casadinha há treze dias,
  2   quando passa um pombo branco,    tristes novas me trazia.
     --A senhora que lhe trago    tristes novas de chorar,
  4   que o seu marido é morto    em terras de Portugal,
     caiu no muro abaixo    no dia do arraial.--
  6   A mulher, que ouviu a aquilo,    tratou já de caminhar,
     com as suas aias atrás    sem as poder alcançar,
     --Donde vindes, mulher minha,    vens me acabar de matar?
  8   Ainda és menina nova,    ainda te podes casar.
     --Não me torno a casar    sem lograr os meus pedidos,
  12   que, em me casando, não acho    como tu outro marido.
     --Chama-me aquele barbeiro    que me vai naquela rua,
  14   que lhe quero perguntar    se mal de amor tem cura.
     --Mal de amor não tem cura,    que é um mal desamarrado.
  16   Quem morre de mal de amor    nunca se enterra em sagrado,
     enterra-se em campos verdes    onde se apastora o gado.
  18   Deixa-lhe um braço de fora,    o seu letreiro armado,
     para quem passar dizer:    "Morreu de amores, coitado".--

Notas: Amablemente cedida la versión por José Juaquim Dias Marques. Para las extenas y valiosas notas del editor sobre la historia del romance y su función en la comunidad local véase su Antología Sonora II, 2010 [Fraile Gil Rom-Panhisp +2/CD].

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