Pan-Hispanic Ballad Project

Total: 3


0092:2 Canción del huérfano (ó)            (ficha no.: 8561)

Versión de Cataluña s. l. (España).   Documentada en o antes de 1882. (Colec.: Milà i Fontanals, M.). Publicada en Milá y Fontanals 1882, nº 207A, pp 164-165.  036 hemist.  Música no registrada.

     S` en estava Don Francisco    tancat dins de la presó,
  2   trista de la seva mare    quant lo sap á la presó,
     li ha comprada una guitarra    que la templi al seu tenó:
  4   --Quant be l` haureu templadeta,    cantareu una cansó.
     --¿Quina cantaría, mare,    quina cantaría yo?
  6   --La que cantava `l teu pare    á la nit de l` Ascenció.--
     Els aussells que van per l` ayre    no saben de volar, nó,
  8   las eugas que van per terra    s` en dormían de tristó,
     els infants de las `bressolas    s` adormen amb el seu so,
  10   tots els patges de la reyna    no saben caminá, no.
     La reyna se ho escoltava    desde`l mes alt miradó.
  12   De promte pregunta als patges:    --¿Qui es aquell cantadó?
     --Aquell es lo Don Francisco    qu` esta tancat en presó.--
  14   De promte respon la vella:    --Per fill lo voldria yo.--
     De promte respon l` infanta:    --Per marit mare `l vuy yo.
  16   De promte mana `ls seus patges    qu` el treguin de la presó.
     La resposta que `ls hi feya    --que no s` en vol aná, nó,
  18   que no hi há mes galan vida    qu` está tencat en presó.--

Variante: -7a L. a. q. v. p. terra.
Título original: El poder del canto.

Go Back
0092:3 Canción del huérfano (ó)            (ficha no.: 9571)

Versión de Cataluña s. l. (España).   Recogida por Francesc Pelai Briz, (Colec.: Briz, F. P.). Publicada en Briz 1877, V, pp. 74-75. Música añadida por L`Avenç, antes de 1910.  036 hemist.  Música registrada.

     Don Francisco se n` estava    tancadet a la presó.
  2   Quan sa mare `n reb la nova    ja n`hi ve una gran tristô;
     ja n`hi compra una guitarra    que té un sò consoladô
  4   i a la presó ja li porta    que la tempri al seu tenô.
     --Quan l`aureu a to posada,    cantareu una cançó.
  6   --Quina cantaria, mare?    quina cantaria, jo?
     --La que cantava `l teu pare    a la nit de l`Ascensió.--
  8   Don Francisco la cantava    amb un to enamoradô.
     Els aucells, així que`l senten,    se paren per sentî `l sò.
  10   Tots els patges de la reina    no saben caminar, no.
     La reina s`ho escoltava    desde `l més alt miradô.
  12   Ja pregunta an els seus patges:    --Qui es aquest cantadô?
     --Aquest es el don Francisco    que està tancat en presó.--
  14   Ja respon així la reina:    --Per fill el voldria jo.--
     Ja responia l`infanta:    --Per marit, mare, el vui jo.--
  16   La reina mana als seus patges    que`l treguin de la presó.
     La resposta que`ls hi feia    que no se`n vol anar, no;
  18   que no`i ha més galant vida    que estar tancat en presó.

Variantes: -2ab: trista de la seva mare / quan lo sap á la presò{Ï}; -3ab Li ha comprada una guitarra / que la templi al seu tenor.//; omite v. 4; -5a Quan l`hauréu ben templeta; -9ab Los aucells que van pèl aire / no saben de volar, no.//; -14a De prompte respon la vella.
Notas: En la pág. 75 Briz, quien no le puso música, anota: "Se canta ab tonadas d`altras cansons". Agradezco a Salvador Rebés las precisiones sobre los datos bibliográficos.
Titulo original: Lo poder del cant.

Go Back
0092:1 Canción del huérfano (á+polias.)            (ficha no.: 2655)
[0078 El prisionero, contam.]

Versión de Fajã (isla de S. Jorge, Açores, reg. Açores, Portugal).   Recitada por José Bento de Ramos (68a). Recogida en Vila da Calheta por Manuel da Costa Fontes, 16/07/1977 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes SJ 1977). Publicada en F.E.R. L-B. S. Jorge 1983, 11. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 115, H8.  084 hemist.  Música registrada.

     O marquês tinha três filhos,    três filhos tinha o marquês.
  2   O rei os mandou chamar    cada um por sua vez:
     o mais velho p`r`ò lavar,    o do meio p`r`ò calçar;
  4   Dom Pedro, que era o mais moço,    ficou para o barbear.
     E a princesa, assim que o viu,    dele se quis namorar.
  6   E o rei, assim que o soube,    logo o mandou desterrar,
     onde nã visse sol nem lua,    nem fala pudesse dar:
  8   `tivesse naquela prisão    para ò depois o matar.
     Passou lá um cavaleiro    qu` ia p`à caça real.
  10   --Que fazes aqui, Dom Pedro,    neste escuro hospital?
     --Estou preso para a morte,    preso para ir a matar,
  12   só por u~a fala d` amor    qu` eu à princesa fui dar.--
     O cavaleiro caminhou,    notícias à mãe foi dar.
  14   A mãe, assim que o soube,    tratou logo de caminhar
     com os seus vestidos nos braços,    sem os poder enfiar,
  16   e os criados e criadas    não a podiam alcançar.
     --Que fazes aqui, meu filho,    neste escuro hospital?
  18   --Estou preso para a morte,    preso p`a ir a matare,
     só por u~a fala d` amor    qu` eu à princesa fui dar.
  20   --Pega lá nesta viola    e canta-me u~a canção;
     é como teu pai fazia    nas noites de S. João.
  22   --Oh que mãe tão cruel,    tão dura do coração;
     vê um filho para a morte    e o manda cantar canção.
  24   Estão as uvas em felor    e os trigos em pandão.
     Todos os rapazes novos    ver as suas damas vão.
  26   Uns levam cravos e rosas,    outros o verde limão;
     os que não têm que le levar    levam-le o seu coração.
  28   E só eu, pelas minhas culpas,    `tou aqui nesta prisão.
     Não sei quando amanhece    nem quando arraia o sol,
  30   se não fosse um passarinho    que canta o rexinole.
     --Rexinol que tão bem cantas,    onde aprendeste a cantar?
  32   --No palácio da rainha,    onde o rei vai passear.--
     --Escuta, ó linda infante,    olha um tão doce cantar:
  34   ò são os anjos no céu    ò as sereias no mar.
     --Não são os anjos no céu    nem as sereias no mar;
  36   é Dom Pedro Pequenino,    que mê pai tem p`ra matar.
     --Se é Dom Pedro Pequenino,    eu o mandarei chamar.--
  38   E os papéis para a igreja    p`a se irem casar.
     --Isso é o melhor dote    que meu pai me pode dar.
  40   Para as torradas, manteiga,    para o fastio, limão,
     para os velhos, o cacete,    e para os novos, o bordão.
  42   E para ti, minha janota,    o meu terno coração.--
[Vv. 20-30: Cf. O Prisioneiro (H7).]
Título original: D. PEDRO PEQUENINO (Á + POLIAS.) (=SGA H25)

Go Back
Back to Query Form