Pan-Hispanic Ballad Project
Total: 75
0172:14 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 5793)
Versión de Engenho da Mata Verde (Alagoas, Brasil).
Recogida por José Aloísio Brandão Vilela, 00/09/1952 (Colec.: Vilela). Publicada en Vilela 1983, nº 1.1, p. 41. 028 hemist. Música no registrada. |
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--Deus vos salve, Juliana, no seu estrado assentada. |
2 |
--Deus vos salve, meu Dom Jorge, no seu cavalo montado. |
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--Meu Dom Jorge, ouvi dizer que tu estavas para casar? |
4 |
--É verdade, Juliana, e só vim te convidar. |
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--Espere aí, meu Dom Jorge, espere aí um bocadinho, |
6 |
deixe eu ir no meu sobrado ir ver um copo de vinho. |
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--Juliana, Juliana, não me julgues falsidade, |
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olhe que somos priminhos, irmãos da nossa amizade. |
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--Juliana, Juliana, que me deste nesse vinho, |
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estou com as rédeas na mão e não conheço o meu rucinho? |
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--Quando minha mãe pensava que tinha seu filho vivo. |
12 |
--A minha também pensava que tu casavas comigo. |
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--A Deus entrego a minha alma e meu corpo à terra fria, |
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deixo todos os meus bens à minha noiva Maria.-- |
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Título original: Juliana e Dom Jorge.
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0172:15 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 5794)
Versión de Engenho da Mata Verde (Alagoas, Brasil).
Recogida por José Aloísio Brandão Vilela, 00/00/1952 (Colec.: Vilela). Publicada en Vilela 1983, nº 1.2, pp. 41-42. 026 hemist. Música no registrada. |
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--Deus lhe salve, Julieta, no seu estrado assentada. |
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--Deus lhe salve, rei Dom Jorge, no seu cavalo montado. |
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Rei Dom Jorge, ouvi dizer que você estava para casar? |
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--Muito certo Julieta que eu vim lhe convidar. |
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--Rei Dom Jorge, receba este bom copo de vinho. |
6 |
--Julieta, que botaste nesse bom copo de vinho, |
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que me escureceu avista que eu não vejo o meu rucinho? |
8 |
--Minha bem que pensava que seu filho era vivo. |
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--A minha também pensava que tu casavas comigo. |
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Deus queira me perdoar os anjos do céu digam amém, |
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que eu matei o rei Dom Jorge nem para eu nem para ninguém.-- |
12 |
Ó que noite de tormento, ó que noite de agonia, |
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um de lá e outro de cá fazendo o que Deus não queria. |
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Título original: Juliana e Dom Jorge.
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0172:16 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 5795)
Versión de Engenho da Mata Verde (Alagoas, Brasil).
Recogida por José Aloísio Brandão Vilela, 00/06/1952 (Colec.: Vilela). Publicada en Vilela 1983, nº 1.3, p. 42. 046 hemist. Música no registrada. |
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--Deus vos salve, Juliana, em seu sobrado sentada. |
2 |
--Deus vos salve, meu Dom Jorge, em seu cavalo montado. |
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--Ontem soube, meu Dom Jorge, que estavas para casar? |
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--É verdade, Juliana, hoje vim lhe convidar. |
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--Meu Dom Jorge, fique aí, enquanto vou no meu sobrado, |
6 |
buscar um copinho de vinho que tenho pra tu guardado. |
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--Juliana minha prima, não venhas com falsidade, |
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veja que nós somos primos, minha prima de amizade. |
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--Bebe, bebe, meu Dom Jorge, esse bom copo de vinho, |
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que é o alento do corpo a viagem do caminho. |
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--Juliana de minha alma, que botaste nesse vinho? |
12 |
estou com a rédea na mão, não enxergo o meu rucinho. |
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Pensava mamãe, pensava, que tinha seu filho vivo. |
14 |
--A minha também pensava que tu casavas comigo. |
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--Quem se for pra minha terra faça viagem de um dia, |
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Dê lembrança à minha mãe e à minha noiva Maria. |
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--Morra, morra, meu Dom Jorge, para mandar-te enterrar |
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em uma catacumba de ouro cobertinho de metal |
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para ver se tua amada ainda vem te visitar. |
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Acabou-se, acabou-se a flor da Alexandria; |
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não se casa seu Dom Jorge com aquela moça Maria. |
22 |
Morra, morra meu Dom Jorge contra mim não há perigo, |
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para não fazer com outra o que fizestes comigo.-- |
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Título original: Juliana e Dom Jorge.
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0172:17 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 5796)
Versión de Engenho da Mata Verde (Alagoas, Brasil).
Recogida por José Aloísio Brandão Vilela, 00/00/1952 (Colec.: Vilela). Publicada en Vilela 1983, nº 1.4, p. 43. 032 hemist. Música no registrada. |
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--Que é que tens ó Juliana, que estás tão triste a chorar? |
2 |
--Minha mãe, é meu Dom Jorge, que com outra vai casar. |
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--Eu bem dizia, Juliana, que Dom Jorge tinha o jeito, |
4 |
que Dom Jorge tinha o modo de toda moça enganar. |
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--Lá vem, lá vem meu Dom Jorge, como ele vem cansado. |
6 |
--Boa tarde, Juliana, como você tem passado? |
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--É verdade, meu Dom Jorge, que amanhã vai se casar? |
8 |
--É verdade, Juliana, eu só vim te convidar. |
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--Dé-me licença, Dom Jorge, eu ir lá em meu sobrado |
10 |
buscar um cálix de vinho que pra ti tenho guardado. |
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--Que botaste, Juliana, neste bom cálix de vinho, |
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estou com a rede na mão não enxergo o meu rucinho? |
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Pensava, minha mãe pensava, que tinha seu filho vivo. |
14 |
--A minha também pensava que eu casava contigo. |
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Vai morrer o meu Dom Jorge, vai morrer, vai se acabar, |
16 |
quero ver a sua noiva com quem é que vai casar.-- |
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Título original: Juliana e Dom Jorge.
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0172:18 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 5797)
Versión de Viçosa s. l. (Alagoas, Brasil).
Recogida 27/06/1965 (Colec.: Vilela). Publicada en Vilela 1983, nº 1.5, p. 43. 028 hemist. Música no registrada. |
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--Que é que tu tens, ó Juliana, que estás tão triste a chorar? |
2 |
--Minha mãe, é meu Dão Jorge, que com outra vai casar. |
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--Bem dizia Juliana que Dão Jorge tinha o jeito, |
4 |
que Dom Jorge tinha o modo de todas moça enganar. |
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--Lá vem, lá vem, meu Dão Jorge como elevem tão cansado! |
6 |
--Boa tarde, Juliana, como você tem passado? |
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--É verdade, meu Dão Jorge, que amanhã vai se casar? |
8 |
--É verdade, Juliana, eu só vim te convidar. |
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--Dá-me licencia, Dão Jorge, eu ir lá em meu sobrado, |
10 |
buscar um cálix de vinho que pra ti tenho guardado. |
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--Que botasse Juliana neste bom cálix de vinho?, |
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estou com a rédea na mão não enxergo o meu rucinho.-- |
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Acabou-se a história, ficou numa historinha. |
14 |
Ficou dom Carlos por rei, Juliana por rainha. |
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Título original: Xácara do Dom Jorge.
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0172:68 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9257)
Versión de Andés (ay. Navia, p.j. Luarca, Asturias, España).
Recitada por Dolores García García (44a). Recogida por Eduardo Martínez Torner, 00/00/1916 (Archivo: AMP; Colec.: María Goyri-Ramón Menéndez Pidal). 040 hemist. Música no registrada. |
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Se levantó don Alonso mañanita del domingo, |
2 |
se calzara y se vistiera, se pusiera ben pulido. |
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a las puertas de Mariana fue paseando su rocino, |
4 |
Mariana y las compañeras salieron a recibirlo. |
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--Asiéntate, don Alonso, en este escaño deorido |
6 |
que me lo dejó mi padre para casarme contigo. |
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--Yo te brindo a ti, Mariana, pa mis bodas el domingo. |
8 |
--Esas bodas, don Alonso, yo entendí que eran conmigo.-- |
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Enseguida Mariana brincó en su jardín florido, |
10 |
tres hojas de resalgar pronto las diera cogido, |
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la sangre de una culuebra y la de un largato vivo, |
12 |
y la de una sapaguera para robarle el sentido. |
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--Toma, toma, don Alonso, toma de mi branco vino. |
14 |
--Tómalo tú, Mariana, que primero ñas nacido.-- |
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Cincó el vaso en la boca, maldita gota ha bebido. |
16 |
Don Alonso, como es hombre, maldita gota ha perdido. |
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--¿Qué me diste, Mariana, qué me diste en este vino? |
18 |
Tengo la rienda en la mano y no veo a mi rocino. |
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¡Ay, probre de la mi madre, que ya no ve a su hijo! |
20 |
¡Ay, pobre de la mi novia, que no se casa conmigo!-- |
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0172:69 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9258)
Versión de Tamón (ay. Carreño, p.j. Gijón, Asturias, España).
Recitada por María Vega Diaz (50a). Recogida en Salinas (Asturias) por Josefina Sela y Eduardo Martínez Torner, 00/00/1916 (Archivo: AMP; Colec.: Sela, J. (M. Goyri-R. Menéndez Pidal)). 040 hemist. Música no registrada. |
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Se levantó don Alonso mañanita de domingo, |
2 |
a peinarse y a lavarse, a ponerse muy polido. |
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Por la calle de San Roque a pasear su rocino. |
4 |
--Vengo brindarte, Mariana, para mi boda el domingo. |
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--Esas bodas, don Alonso, creí que habían ser conmigo. |
6 |
--No puede ser, Marianita, no está de Dios prometido. |
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--Siéntate ahí, don Alonso, en ese banco de tornillo |
8 |
--Siéntate tu, Marianita, que más tiempo lo has tenido. |
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--Siéntate ahí, don Alonso, en ese banco de tornillo |
10 |
que me lo ha dejao mi padre para que casás contigo. |
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Toma, don Alonso, toma, ese vaso de vino. |
12 |
--Tómalo tú, Marianita, que más tiempo lo has tenido. |
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--Toma, don Alonso, toma, toma ese vaso de vino.-- |
14 |
Apenas llego a los labios [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
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los dientes de la su boca caen en el vaso de vino, |
16 |
los pelos de la cabeza caen a cuatro y a cinco. |
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--¿Qué me `chaste, Marianita, en este vaso de vino? |
18 |
--Sangre de siete culebras y lo de un lagarto vivo.-- |
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Ya llevan a don Alonso en unas andas de pino; |
20 |
ya llevan a Marianita a la cola de un rocino. |
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¡Válgame la Virgen Santa, válgame el Verbo Divino! |
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Notas: Recogida probablemente por Josefina Sela en Salinas (ay. Castrillón, p.j. Avilés, Asturias). Manejamos dos copias manuscritas, una, sin fecha, por la probable recolectora, que sólo da el nombre de la recitadora; y otra, fechada en 1916, por Eduardo Martínez Torner, en que constan los apellidos. Variantes de la copia remitida por Torner: -4b omite mi; -5b pensé que habrán ser conmigo; -7b y -9b `n ese banco; -8b omite tú; -11b toma este vaso de vino; -l7 ¿qué me echaste; -16b un largato.
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0172:70 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9259)
Versión de Muriellos (ay. Quirós, p.j. Lena, Asturias, España).
Recitada por Estrella Álvarez (24a). Recogida por Josefina Sela, antes de 00/00/1920 (fecha deducida) (Archivo: AMP; Colec.: Sela, J. (M. Goyri-R. Menéndez Pidal)). 044 hemist. Música no registrada. |
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Madrugara don Alonso a caballo en su rocino, |
2 |
Iba brindar la leana pa sus bodas el domingo. |
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--Buenos días, la doña Ana, en lo alto de su castillo. |
4 |
--Buenos días, don Alonso, en lo alto de su rocino. |
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--Vengo a brindar la leana pa mis bodas el domingo. |
6 |
--Esas bodas, don Alonso, debían de ser conmigo, |
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pero ya que no lo sean, yo lo mismo estimo el brinde. |
8 |
Siéntese aquí, don Alonso, en este escaño dorido |
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que me lo dejo mi padre para que casase comigo.-- |
10 |
Don Alonso, como chico, pronto se quedó dormido. |
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La leana, como lista, brinca en el jardín florido, |
12 |
coge hojas de veneno en resalgar convertía, |
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ojos de una sacabera para privarle el sentido. |
14 |
--Espierte, espierte, don Alonso, tome este vaso de vino, |
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que el sol ya va bajero y el día ya va corrido, |
16 |
y se celara su esposa si se queda acá conmigo, |
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--¿Qué me diste, la leana, qué me diste en el vino? |
18 |
Que se me acaban las fuerzas y se me priva el sentido. |
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--Lo que te di, don Alonso, lo que te di en el vino |
20 |
[. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] temas bien lo merecido. |
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que doce años me gozaste en sin temor ni castigo, |
22 |
y ahora, pa mayor burla, [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
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ya me vienes a brindar pa tus bodas el domingo.-- |
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Nota: Sin fechar ni localizar. La informante. recolectora y fecha proporcionadas son, por tanto, mera suposición. Por ahora parece que unicamente Sela encuestó en Muriellos y sólo a esta recitadora.
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0172:72 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9261)
Versión de Villaviciosa (ay. Villaviciosa, p.j. Villaviciosa, Asturias, España).
Recitada por Juana Sánchez, "a molinera". Documentada en o antes de 1885. (Archivo: AMP; Colec.: María Goyri-Ramón Menéndez Pidal). Publicada en J. Menéndez Pidal 1885, pp. 164-165. Reeditada en MMP ASW 1900, pp. 98-99; MMP ASW 1945, n° 33, pp. 224-225 y Santullano 1930, 1945, 1968, pp. 943-945; Di Stefano 1973, pp. 186-187 (también, la ed. de 1993). 050 hemist. Música no registrada. |
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--Vengo brindado, Mariana, para una boda el domingo. |
2 |
--Esa boda, don Alonso, debiera ser conmigo. |
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--Non es conmigo, Mariana, es con un hermano mío. |
4 |
--Siéntate aquí, don Alonso, en este escaño florido |
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que me lo dejó mi padre para el que case conmigo.-- |
6 |
Se sentara don Alonso, presto se quedo dormido. |
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Mariana, como discreta, se fue a su jardín florido: |
8 |
tres onzas de solimán, cuatro de acero molido, |
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la sangre de tres culebras, la piel de un largato vivo |
10 |
y la espinilla del sapo, todo se lo echó en el vino. |
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--Bebe vino, don Alonso, don Alonso, bebe vino. |
12 |
--Bebe primero, Mariana, que así está puesto en estilo.-- |
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Mariana, como discreta, por el pecho lo ha vertido. |
14 |
Don Alonso, como joven, todo el vinc se ha bebido; |
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con la fuerza del veneno, los dientes se le han caído. |
16 |
--¿Qué es esto, Mariana, qué es esto que tiene el vino? |
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--Tres onzas de solimán, cuatro de acero molido, |
18 |
la sangre de tres culebras la piel de un largato vivo, |
|
y la espinilla del sapo para robarte el sentido. |
20 |
--Sáname, buena Mariana, que me casaré contigo. |
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--No puede ser, don Alonso, que el corazón te ha partido. |
22 |
--Adiós, esposa del alma, presto quedas sin marido, |
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adiós, padres de mi vida, presto quedaron sin hijo. |
24 |
Cuando salí de mi casa, salí en un caballo pío, |
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y ahora voy para la iglesia en una caja de pino.-- |
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Variantes: -2a en nota a mano del editor, debiera de ser.
Título original: El convite.
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0172:74 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9590)
Versión de Corralín [El Bao] (parr. Sistierna, ay. Ibias, p.j. Cangas del Narcea, ant. Cangas de Tineo, Asturias, España).
Recitada por Domingo García González (73a in 1992). Recogida por José Manuel Fraile Gil, Álvaro Fernández Buendía, Salvador Alonso de Martín y Fernando de la Puente Hevia, 22/08/1992 (Archivo: ASFG; Colec.: Fraile Gil, J. M.). Publicada en SILASTUR VI 1997, pp 238-239 [Suárez López, Jesús. Silva Asturiana VI. Nueva colección de romances (1987-1994)]. Reeditada en Fraile Gil Rom-Panhisp.-2 2010+2CD, cd 2, corte nº 102, texto nº VII. E.32, pp. 188-189 © Fraile Gil. Reproducida aquí con permiso del editor. 038 hemist.
Música registrada.
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Mariana fuei a su huerto, (ay) a su huerto florido. |
2 |
Cogido de siete yerbas, siete yerbas ha cogido, |
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sangre de siete coluebras, los ojos de un sapo vivo, |
4 |
sangre de una sacabera, para prevarle el sentido. |
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--Sube, don Alonso, sube a mi scanil de tornillo, |
6 |
que me lo dieron mis padres para casarme contigo. |
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--Fsas bodas, don Alonso, (y) entendí que eran conmigo. |
8 |
Toma, don Alonso, toma, toma, bebe de este vino. |
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--Bebéi primeiro, Mariana, que tú primero has nacido.- |
10 |
Mariana, como era tuna, por el seno lo ha vertido; |
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los hombres, como borrachos, bebión la jarra del vino. |
12 |
-¿Qué me echaste, Mañanita? ¿qué me echaste en este vino? |
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Tengo la rienda en la mano y no veo el mío rocino. |
14 |
-Sangre de siete coluebras, los ojos de un sapo vivo, |
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sangre de una sacabera, para privarte el sentido. |
16 |
-Si me lo quitas, Mariana, yo me casaré contigo. |
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--No se quita, don Alonso, por el cuerpo se ha extendido. |
18 |
-¡Pobrecita de mi madre, cómo queda sin su hijo! |
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¡pobrectta de mi novia, cómo queda sin marido!- |
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Notas: -1a fuei, 3a y 14a coluebras-4b prevarle, -5b scanil, -9a Bebéi primeiro,-11b bebión sic. Al cantar, se repiten los segundos hemistiquios (menos en los versos 5, 10, 12, 13,16, 18 y 19).
{I*}Notas de Fraile Gil: El informante aprendio de su padre Anselmo un manojo de rarísimos romances que, siendo niño, le escuchaba cantar en El Corralín, lugar hoy despobaldo. -4a sacabera según el DRAE "en Asturias, salamandra (II anfibio urodelo)".
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0172:1 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 825)
Versión de Candín (ay. Candín, p.j. Ponferrada, ant. Villafranca del Bierzo, comc. Ancares, León, España).
Recitada por María Abella López (83a). Recogida por Paul Bénichou, Mercedes Cano, J. Antonio Cid y Concha Enríquez de Salamanca, 17/07/1985 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta LEÓN 85; cinta: 1.17-7.2/A-16). Publicada en TOL I 1991, pp. 227-228. 032 hemist. Música registrada. |
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--Yo te brindo, Mariana, a mis bodas el domingo. |
2 |
--Esas bodas, don Alonso, entendí que eran conmigo. |
|
--Son con una prima tuya, que casi daba lo mismo. |
4 |
--Ahora sube, don Alonso, ahora sube a mi castillo, |
|
comerás de mi pan blanco, beberás de mi buen vino. |
6 |
Ahora bebe, don Alonso, ahora bebe aquí el buen vino. |
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--No quiera Dios de los cielos, Santa Ana María del Río, |
8 |
que entre damas y doncellas yo primero beba el vino.-- |
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Mariana se hace que bebe, por el pecho lo ha envertido. |
10 |
--Ahora bebe, don Alonso, ahora bebe, que he bebido. |
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--¿Qué me diste, Mariana, qué me diste en este vino?, |
12 |
¡tengo la rienda en la mano y no veo a mi rocino! |
|
--Las tres hojas de be[l]eno y de salagartón vivo, |
14 |
las tres hojas de beleno, que te quiten el sentido. |
|
--¡Ay, pobre de la mi madre, qué buen hijo ha perdido! |
16 |
--¡Ay, más pobre de la mía, que me vio dormir contigo! |
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0172:2 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 826)
Versión de Chano (ay. Peranzanes, p.j. Ponferrada, ant. Villafranca del Bierzo, comc. Fornela, León, España).
Recitada por Joaquina García Álvarez (81a). Recogida por J. Antonio Cid, Bárbara Fernández, Margarita Pazmany y Ana Valenciano, 23/09/1979 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta LEÓN 79; cinta: NG). Publicada en TOL I 1991, pp. 228-229. 032 hemist. Música registrada. |
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--Yo te brindo, Marïana, pa mis bodas el domingo. |
2 |
--Esas bodas, [don Buïso], debían de ser conmigo. |
|
--Es con una prima tuya, Marïana, que es lo mismo. |
4 |
--Yo te brindo, don Buïso, para un vaso de buen vino. |
|
--Vamos luego, Marïana, con ese vaso de vino.-- |
6 |
Marïana es desenvuelta, salió al jardín florido; |
|
matara siete culuebras, con un resgal molido, |
8 |
los ojos de un culebrón, que le roben el sentido. |
|
Aún no lo arrimó a los labios, los dientes ya le caíron. |
10 |
--¿Qué me has dado, Marïana, qué me has dado en este vino? |
|
--Sangre de siete culuebras, con un resgal molido, |
12 |
los ojos de un culebrón, que te roben el sentido. |
|
--Quítame esto, Marïana, que `o me casaré contigo. |
14 |
--No te lo quito, traidor, que bien lo has merecido. |
|
--Pobrecita de mi madre, que no me verá más vivo, |
16 |
coitadita de mi esposa que nunca duerme conmigo. |
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Nota: En la primera recitación la informante recordó un verso de La apuesta ganada: "De dormir con Marïana / antes los gallos cantare. //" |
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0172:3 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 827)
Versión de Truchas (ay. Truchas, p.j. Astorga, comc. Las Cabreras, León, España).
Recitada por Gerarda Cañoeta (81a). Recogida por Ana Beltrán, José Antonio Blanco, Koldo Biguri y Manuel Lozano, 10/07/1981 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta NORTE 81; cinta: 2.10-7.2/B-13). Publicada en TOL I 1991, p. 229. 018 hemist. Música registrada. |
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[Buenos días, Marïana,] yo a mis bodas te convido. |
2 |
--Esas bodas, don Alonso, yo creí que eran conmigo. |
|
--Son con una prima tuya, como si fueran contigo. |
4 |
--Siéntese, el don Alonso, le doy un vaso de vino.-- |
|
Las cien hojas del veneno muy pronto las ha cogido, |
6 |
espinas de salamanca y ojos de lagarto vivo. |
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--¿Qué me has dado, Marïana, qué me has dado en este vino? |
8 |
Si tú me quitaras esto, yo me casara contigo. |
|
--¡A buena hora, don Alonso, ahora de que lo ha bebido!-- |
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0172:4 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 828)
Versión de Cabornera (ay. La Pola de Gordón, p.j. León, ant. La Vecilla, comc. Gordón, León, España).
Recitada por Prudencia Flecha Mieres (65a) y Manuel Morán Flecha (45a). Recogida por Diego Catalán, Teresa Catarella, Flor Salazar y Jane Yokoyama, 17/07/1977 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta NORTE 77; cinta: `Cabornera-Noceda` A9). Publicada en AIER 2 (1982), nº 53:1, pp. 63-64, y TOL I 1991, pp. 229-230. 036 hemist. Música registrada. |
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Madrugaba don Alonso dos horas el sol salido, |
2 |
para invitar a su boda a los parientes y amigos; |
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a las puertas de Mariana paraba el su rocino: |
4 |
--Buenos días, Mariana. --Don Alonso, bienvenido. |
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--Vengo a brindarte, Moriana, para mi boda el domingo. |
6 |
--Esas bodas, don Alonso, deberían ser conmigo; |
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pero ya que no lo son, el convite yo te estimo. |
8 |
Pasa, pasa, don Alonso, dentro mi cuarto florido; |
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comerás el rico pan, beberás del fresco vino. |
10 |
--Bebe primero, Moriana, que está puesto en el estino.-- |
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Moriana, como es mujer, maldita gota ha vertido; |
12 |
don Alonso, como buen mozo, maldita gota ha perdido. |
|
--¿Qué me diste, Moriana, qué me diste en este vino?, |
14 |
las riendas tengo en la mano y no veo a mi rocino. |
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Sáname, Moriana, yo me casaré contigo. |
16 |
--No puede ser, don Alonso, que el corazón te he partido. |
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--¡Desdichada de mi madre, que no me vuelve a ver vivo! |
18 |
--Más desdichada es la mía des(de) que te hube conocido. |
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0172:5 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 829)
Versión de Lugueros (ay. Valdelugueros, p.j. León, ant. La Vecilla, comc. Los Argüellos, León, España).
Recogida por Narciso Alonso Cortés, 00/00/1920 (Archivo: AMP; Colec.: Alonso Cortés, N.). Publicada en Alonso Cortés 1920, pp. 21-22 (212-214) y TOL I 1991, p. 230. 034 hemist. Música registrada. |
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Se pasea don Alonso de a caballo en su rocino. |
2 |
--Bien hallada seas, Mariana. --Don Alonso, bienvenido. |
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--Te brindo para unas bodas, para unas bodas te brindo. |
4 |
--Esas yo, don Alonso, juzgué que eran conmigo.-- |
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Ya se fue para la huerta como león furecido; |
6 |
coge una, coge dos, coge cuatro y coge cinco, |
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sangre de cuatro culebras y la de lagarto vivo. |
8 |
Ha entrado para dentro, se lo ha dado en el vino. |
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--¿Qué me has dado, Marianita, qué me has dado en el vino? |
10 |
¡tengo el ronzal en la mano y no veo al mi rocino! |
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Quítamelo, Marianita, que me he de casar contigo. |
12 |
--¿Cómo te lo he de quitar si lo has bebibo en el vino? |
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--¡Ay pobre de la madre, que se queda sin un hijo!, |
14 |
¡ay, pobre de la mi esposa que se queda sin marido! |
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--Duéleste de la tu madre que se queda sin un hijo, |
16 |
duéleste de la tu esposa que se queda sin marido, |
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y no te dueles de mí que tengo el creito perdido |
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0172:6 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 830)
Versión de Puebla de Lillo (ay. Puebla de Lillo, ant. Lillo, p.j. Cistierna, ant. Riaño, comc. Riaño-La Reina, León, España).
Recitada por María Díaz. Recogida por Matías Martínez Burgos, 25/07/1910 (fecha deducida) (Archivo: AMP; Colec.: María Goyri-Ramón Menéndez Pidal). Publicada en TOL I 1991, p. 231. 022 hemist. Música registrada. |
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Madrugara don Alonso la mañana de un domingo, |
2 |
a vestirse y a calzarse y a ponerse muy pulido, |
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en casa de Moreana de a caballo en un pollino. |
4 |
--Buenos días, Moreana. --Don Alonso, bienvenido. |
|
--Te vengo a brindar mis bodas pa el sábado o el domingo. |
6 |
--Las tus bodas, don Alonso, yo entendí que eran conmigo. |
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Se metieron pa el jardín, le dio una copa de vino. |
8 |
--¿Qué me has dado, Moreana, qué me has dado en este vino? |
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--Sangre de siete culebras y la de un lagarto vivo. |
10 |
--Sacámelo, Moreana, que me he de casar contigo. |
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--No te lo puedo sacar, que ya lo tienes bebido.-- |
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Nota del colector: No supo más la recitadora. La versión mecanografiada identifica el pueblo como "Lillo del Bierzo, (ay. Fabero, ant. Lillo, P.J. Ponferrada, ant. Riaño)" pero, según otros varios textos, Martínez Burgos entrevístó a María Dián el mismo día en Puebla de Lillo, por lo que considero equivocada la atribución geográfica de la copia mecanografiada.
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0172:7 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 831)
Versión de Villayandre (ay. Crémenes, ant. Villayandre, p.j. Cistierna, ant. Riaño, comc. Riaño-La Reina, León, España).
Recitada por Encarnación Hernández. Recogida por José González, (Archivo: AMP; Colec.: María Goyri-Ramón Menéndez Pidal). Publicada en TOL I 1991, pp. 231-232. 044 hemist. Música registrada. |
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Madrugaba don Alonso mañanita un domingo, |
2 |
a vestirse y calzarse y a ponerse muy polido, |
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a la puerta de Moriana a dar agua a su rocino. |
4 |
--Buenos días, Moriana. --Don Alonso, bienvenido. |
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--Yo te venía a brindar para bodas el domingo. |
6 |
--Esas bodas, don Alonso, debían de ser conmigo. |
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--No son mías, Moriana, que son de un hermano mío. |
8 |
--Entra, entra, don Alonso, entra en mi cuarto florido, |
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comerás de mi pan blanco y beberás de mi buen vino, |
10 |
sentarás en el mi escaño, en mi escaño de tornillo.-- |
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Moriana, como suelta, a la huerta tiró un blinco, |
12 |
de hojas de resalgar cogió cuatro y dejó cinco, |
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para darle a don Alonso en un vasito de vino. |
14 |
--¿Qué me has dado, Moriana, que me has dado en este vino?, |
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que me arde las entrañas y el corazón me ha partido. |
16 |
--Sangre de siete culebras y la de un lagarto vivo. |
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--Sácamelo, Moriana, yo me casaré contigo. |
18 |
--¡Cómo te lo sacaré, si en el cuerpo se han metido! |
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--¡Dichosica la mi madre, que no vuelve a verme vivo, |
20 |
dichosica la mi esposa, que no ha dormido conmigo! |
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Tengo la rienda en la mano y no veo el mi rocino. |
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¡Válgame Nuestra Señora, válgame el Verbo Divino! |
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Nota: El recolector es el canónigo José González.
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0172:13 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 3387)
Versión de El Ganso (ay. Brazuelo, p.j. Astorga, comc. Maragatería, León, España).
Recitada por Laura Criado Criado (61a). Recogida por José Manuel Fraile Gil, Paloma Díaz-Mas, Antonio Lorenzo Vélez, A. García León y Bárbara Fernández, 15/01/1983 (Archivo: ASFG; Colec.: Fraile Gil, J. M.). Publicada en Fraile Gil Rom-Panhisp.-1 1992/5CD, Primera Antología Sonora, v. 3, TECNOSAGA, KPD-(5)10.9004, corte 19.© Fraile Gil. Reproducida aquí con permiso del editor. 054 hemist.
Música registrada.
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Madrugara don Alonso mañanitas de domingo |
2 |
ya lleva el caballo al agua (y) a tomar de su rocío. |
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--A verte vengo, Mariana, (y) a brindarte de camino: |
4 |
si quieres ir a mis bodas, se celebran el domingo. |
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--Las tus bodas, don Alonso, yo pensé que eran conmigo. |
6 |
--Son con una prima tuya, que acaso diera lo mismo. |
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--Suba, suba, don Alonso, suba, suba a mi cocina. |
8 |
Sentarás en sillas de oro, que las tengo yo de mío, |
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que me las dejó mi padre pa que casaseis conmigo. |
10 |
Comerás de mi pan blanco, beberás de mi buen vino.-- |
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Marianita a la ligera tira un brinco a su jardín; |
12 |
las siete hojas del veneno luego se las trajo allí. |
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Se las majó en almidez y se las echó en el vino. |
14 |
--Beba, beba, don Alonso (y) este vasito de vino |
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--No lo quiera Dios del cielo, ni la Virgen del camino, |
16 |
que entre damas y doncellas, beba yo primero el vino. |
|
--Beba, beba, don Alonso, que los demás ya bebimos. |
18 |
y aun bien no le había gustado, ya le ha arrogado el sentido. |
|
--¿Qué me echaste, Marianita, qué me echaste en este vino? |
20 |
--Siete lenguas de coluebra y ojo de lagarto vivo; |
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y espina de Salamanca pa que te arrogue el sentido. |
22 |
--Quítamelo, Marianita, que me he de casar contigo. |
|
--Tan buen tiempo has acordado (y) ahora que los has bebido. |
24 |
--Na más siento a la mi madre, que se queda sin un hijo; |
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también siento a mis hermanas que se quedan sin arrimo; |
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--¡No me sientes a mí, traidor, que de ti tuve yo un hijo!-- |
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Nota: se repiten los segundos hemistiquios. -4a parece que dice si q. a ir a m. b. -18b arreogado (al repetir el hemist.)
Notas de Fraile Gil: Se cantaba durante las veladas invernales. Este romance va precedido del de La apuesta ganada al que se suelda. De hecho, así se la grabó 6 años antes (véase el nº 961). La informante aprendió su repertorio de su tía Ana Criado Fernández, nacida también en El Ganso.
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0172:71 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9260)
Versión de La Pola de Gordón (ay. La Pola de Gordón, p.j. León, ant. La Vecilla, comc. Gordón, León, España).
Recogida hacia 1916 (fecha deducida) (Archivo: AMP; Colec.: María Goyri-Ramón Menéndez Pidal). Publicada en Fernández y Fernández 1926, p. 53. 021 hemist. Música no registrada. |
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--Mañanita, mañanita, yo a las mis bodas te brindo. |
2 |
--Esas bodas, don Alonso, yo creí que eran conmigo. |
|
--Son con una prima tuya que viene siendo lo mismo. |
4 |
--Suba arriba a mis cocinas, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
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comerá de mi pan blanco, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
6 |
beberá de mis bebidas, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
|
Beba, beba, don Alonso, los demás ya hemos bebido. |
8 |
--¿Qué has echado, Marianita, qué has echado en este vino? |
|
--Sangre de siete culebras y ojos de lagarto vivo, |
10 |
espinas de salamandra que te roben el sentido. |
|
--Quítamelo, Marianita, y me casare contigo. |
12 |
--A buen tiempo, don Alonso, ahora que lo has bebido.-- |
| |
Notas: Sin fechar. La fecha empleada corresponde a la de otros seis textos recogidos por Torner en La Vecilla y casi la única registrada para sus encuestas en León. Esta versión es idéntica a la que se publicó en Fernández y Fernándes 1926 (nº 39, "León, s. l."), salvo que el editor transcribe los vv. -4a y -5a como un sólo verso largo (sin rima). Suprimo la versión publicada para no repetir lo que no puede ser sino el mismo texto.
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0172:8 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 1851)
Versión de Negueira de Muñiz (ay. Negueira de Muñiz, ant. Fonsagrada, p.j. Fonsagrada, Lugo, España).
Recitada por Rosa Lledín (62a). Recogida por Aníbal Otero Álvarez, 00/00/1931 (Archivo: AMP; Colec.: Otero, A. (M. Goyri-R. Menéndez Pidal)). Publicada en RT-Galicia 1998, pp. 222-223. 042 hemist. Música registrada. |
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¡Nuestra Señora, ay, me valga, válgame el Santo Toribio! |
|
--Vengo brindarte, Mariana, para mis bodas el domingo. |
2 |
--Esas bodas, don Alonso, comprendí que eran conmigo. |
|
--Son con una hermana tuya, que es lo mismo que contigo. |
4 |
--Siéntese allí, don Alonso, n`este banquito florido, |
|
que me lo dejó mi padre para el primero marido.-- |
6 |
Mariana, como es traidora, saltó en el huerto florido; |
|
tres hojas de solimán muy pronto las ha cogido, |
8 |
la sangre de una culebra y ojos de un lagarto vivo; |
|
pisólos y repisólos, echólos n`un vaso `e vino. |
10 |
--Toma este vasito, Alonso, toma este vaso de vino. |
|
--Malhaya pinta bebiera sin que tú hubieras bebido.-- |
12 |
Mariana, como es traidora, por el seno lo había vertido. |
|
Don Alonso bebió el vino, malhaya pinta ha vertido. |
14 |
Aínda bien no lo ha bebido, cuando le quita el sentido. |
|
--¿Que me deche, ai Mariana, que me deche neste viño? |
16 |
--Tres hojas de solimán, que te quiten el sentido. |
|
--No se me da por morir, para morir he nacido, |
18 |
no se me da por tu hermana, conmigo nada ha perdido, |
|
dáseme por mis hermanos que piensan que yo estoy vivo. |
20 |
Adiós, adiós, ay Mariana, hasta el tribunal divino; |
|
voy dar cuenta de mis culpas, las que en el mundo he tenido.-- |
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0172:9 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 1852)
Versión de Santa Eufemia (parr. Folgoso, ay. Folgoso de Courel, ant. Courel, p.j. Monforte de Lemos, ant. Quiroga, Lugo, España).
Recitada por Elvira Touzón Quiroga (73a). Recogida por Pilar Aragón, J. Antonio Cid, Mª Teresa Cillanueva y José Manuel Fraile Gil, 21/07/1982 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta NOROESTE 82; cinta: 2.21-7.1-B1). Publicada en RT-Galicia 1998, p. 223. 030 hemist. Música registrada. |
|
|
--Mariana, Mariana, pra mis bodas te convido. |
2 |
--Esas bodas, don Alonso, debían de ser conmigo. |
|
--Cala, Mariana, cala, que non che ha faltar marido. |
4 |
--Pero, señor don Alonso, mi gusto era consigo. |
|
Tome, don Alonso, tome un vasiño do meu viño. |
6 |
--Non cho quero, Mariana, que xa che bebí del mío. |
|
--Pero el suyo, don Alonso, no eres agradecido. |
8 |
--¿Qué le echaste, Mariana, qué le echasteis a este vino? |
|
--Le eché cálsamos pisados, polvos de metal molido, |
10 |
y a sangre de tres culebras y a dun lagartiño vivo. |
|
--Pobrecitas mis hermanas, que quedan sin agarimo, |
12 |
pobrecitos de mis padres, que se quedaron sin hijo, |
|
y pobrecita mi esposa, que se quedó sin marido. |
14 |
Que me mató Mariana cun vasiño do seu viño, |
|
porque lle fun a decir: "Pra mis bodas te convido." |
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0172:10 Veneno de Moriana (á) (ficha no.: 1853)
Versión de Soutochao (ay. Vilardevós, p.j. Verín, Ourense, España).
Recitada por un hombre (unos 70a). Recogida por Manuel Lozano, Beatriz Mariscal, Isabel Rodríguez y Ana Valenciano, 11/07/1981 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta NORTE 81; cinta: 2.11-7.4-A3). Publicada en RT-Galicia 1998, p. 223. 018 hemist. Música registrada. |
|
|
--Apéate, cabaleiro, qu` horas son de merendar. |
2 |
--¿Qué tienes, Marianita, qué tienes para me dar? |
|
--Tengo unto de culebra, carne de lagarto mortal. |
4 |
Apéate, cabaleiro, qu` horas son de merendar. |
|
--¿Qué tienes, Marianita, qué tienes para me dar? |
6 |
--Tengo vino de sete anos para darte a probar. |
|
--¿Que lle botaches a este viño que me fixo tanto mal, |
8 |
que me die por provocar? |
|
Pobre[s] dos meus filliños que quedaron sin o seu pai. |
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0172:67 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9256)
Versión de Paradaseca (ay. Chandreja de Queija, p.j. Puebla de Trives, Ourense, España).
Recitada por Camila Núñez Rodríguez (68a). Recogida por Aníbal Otero Álvarez, 00/12/1934 (Archivo: AMP; Colec.: Otero, A. (M. Goyri-R. Menéndez Pidal)). 032 hemist. Música no registrada. |
|
|
Se vestira don Alonso unha mañá de domingo, |
2 |
y en vestirse y en calzarse púxose galán pulido, |
|
Fuera ver a Mariana. --Pra mi boda te convido. |
4 |
--Esa boda, don Alonso, debiache ser comigo. |
|
--Cala, cala, Mariana, que no che ha faltar marido, |
6 |
--Ou me falte, ou non me falte, tenía gusto contigo. |
|
Sube arriba, don Alonso, sube arriba a ese cuartiño, |
8 |
siéntate aquí, don Alonso, n` esta silla de oro fino |
|
que me dejaron mis padres para el que case comigo. |
10 |
Toma, toma, don Alonso, un vasiño do meu viño. |
|
--Non cho quero, Mariana, que en mi casa lo be bebido. |
12 |
--Lo que has bebido en tu casa no me lo has agradecido.-- |
|
No medio de beber escapouselle un suspiro. |
14 |
--¿Qué lle botaches, Mariana, que lle botaches este vino? |
|
--La sangre de dos culebras i-a d` un lagartiño vivo, |
16 |
pra que non cases con outra pois que non casa comigo.-- |
| |
Nota: -8a ma en el original mecanográfico; corregido a "me".
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0172:43 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 8013)
Versión de Loureiro (parr. Santiago de Loureiro, ay. Cotobad, ant. Puente Caldolas, p.j. Pontevedra, Pontevedra, España).
Recogida 00/00/1946 Publicada en Fraguas Fraguas 1946, "Dous romances de Galicia", Revista de Guimarães, p. 117. Reeditada en Carré Alvarellos 1959, Romanceiro popular galego de tradizon oral, p. 133, nº 46. 024 hemist. Música registrada. |
|
|
--O, que tés, o Xuliana, que estas disposta a chorar? |
2 |
--Miña nai, é por don Xorxe que con outra vai casar. |
|
--Déiseme ir o portón a ver se don Xorxe ven.-- |
|
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
4 |
--Bon día o seu, don Xorxe, bem montado en seu cabalo. |
|
--Bon día, o Xuliana, cô teu corpiño apretado. |
6 |
--E verdade, o don Xorxe, que con outra vai casar? |
|
--E verdade, Xuliana, véñote a convidar. |
8 |
--Déixeme ir o sobrado buscar un copo de viño.-- |
|
--Qué me diste Xuliana n`este copino con viño? |
10 |
estou co`a vists escura moa enxergo o meu luciño. |
|
--Mina nai por estas horas pensa ter seu fillo vivo. |
12 |
--A miña tamén pensaba que tu casabas conmigo.-- |
| |
Nota: L. Carré Alvarellos lo toma de A. Fraguas Fraguas.
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0172:19 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 5864)
Versión de Sejas de Aliste (ay. Rábano de Aliste, p.j. Zamora, ant. Alcañices, comc. Aliste, Zamora, España).
Recitada por Pepa. Recogida por Mercedes Alonso, Amparo Rico Beltrán, Daniel Sáez y Ana Suárez, 28/06/2001 (Archivo: ASOR; Colec.: Encuesta ZAMORA 01; cinta: 4-D2-13/3-A7). Publicada en IUMP 2004, CD-ROM, corte 3. 022 hemist.
Música registrada.
|
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Madrugaba Don Alonso, mañanita de domingo, |
2 |
llévale el caballo al agua, a las orillas del río. |
|
Dicen que no me quieres porque soy pobre, |
|
más pobre es la cigüeña que está en la torre. |
|
--Buenos días, Mañanita, a mis bodas te convido. |
4 |
--Esas bodas, don Alonso, yo creí que eran conmigo. |
|
A tu puerta, a tu puerta, a tu ventana, |
|
comimos las dos juntas las avellanas. |
|
--Son con una prima tuya, le pasa a todas lo mismo. |
6 |
--Suba, suba, don Alonso, suba, suba, a mi cocina.-- |
|
A la puerta el molino nació el romero, |
|
Quien fuera enamorada del molinero. |
|
Como era de misa en blanco, era de muy buen vino, |
8 |
ya ha cenado de alegría, ya le ha turbado el sentido. |
|
A tu puerta, a tu puerta, a tu ventana, |
|
Comimos las dos juntas las avellanas. |
|
--¿Qué has echado, Marianita, ¿qué has echado en ese vino? |
10 |
--Sangre de siete culebras, ojos de lagartos vivos, |
|
espinas de salamanca pa que te turbe el sentido. |
|
Cómo quieres que tenga, quieres que traiga, |
|
una amante en la guerra, dos en el alma. |
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Nota: El estribillo va incorporado.
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0172:73 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 9262)
Versión de Montamarta (ay. Montamarta, p.j. Zamora, Zamora, España).
Recitada por Inocencia Gago (21a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/10/1918 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). 015 hemist. Música no registrada. |
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . --¿Qué me has echado en el vino? |
2 |
--Las tres hojas de veneno y ojos de lagarto vivo |
|
que te quemen las entrañas y te aviven el sentido. |
4 |
--Quítamelo, Magdalena, que me he de casar contigo. |
|
--No te lo puedo quitar ahora que ya lo has bebido. |
6 |
--Pobres de las mis hermanas que se quedan sin arrimo |
|
y pobre de la mi madre que se queda sin un hijo. |
8 |
--Y no te aucerdas de mí, que contigo tuve un hijo.-- |
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0172:65 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9019)
Versión de Salónica (Grecia).
Recogida por Yacob Abraham Yoná, publicada en Armistead 1972e, "Complas nuevas: Un romancerillo desconocido de Yacob A. Yona", Sefarad, XXXII, pp. 227-228.. 032 hemist. Música registrada. |
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|
--Casar vos quiero, el mi hijo, casar vos quiero y alegrarme. |
2 |
Por puertas de la Muliana, mi hijo, no quierax pasar, |
|
que la Muliana es fichizera, me espanto no vos haga algunos males. |
4 |
--Ah, qué malas mañas tenéx, madre, que ulvidar no las puedíax; |
|
fin que yo suvo en el mi cavallo negra estrena me estreñaríax.-- |
6 |
Ya dexó sus mezas puestas para ande la Muliana se iría. |
|
--¿Qué hazéx, la Muliana? --Y tú, hijo de don Virgil, ¿qué hazéx? |
8 |
Me dixeron la gente que vos íax a cazar. |
|
--Qyién vo lo dixo, la Muliana, vos havló una grande verdad, |
10 |
Yo dexí mis mezas puestas, a vos vine a combidar.-- |
|
Salto echó la Muliana ande el rey Virgil su padre. |
12 |
Ya arrancó de las tres hojas, de las tres ojas del olivar, |
|
ya le echó adientro del vino, --¿Qué me echates adientro del vino? |
14 |
Yo no veo el mi cavallo, ni menos el mí camino. |
|
Desdichada de la mi madre que otro hijo no tenía. |
16 |
--Mas desdichada de la mía que otra hija no tenía.-- |
| |
Notas de la edición: -9a qyién"(sic); -10b originalmente: a vos vos vine a combidar (con el segundo vos tachado).
Nota: Primero publicada en el librito de cordel, {IM}Compla[s] Nuevas, impresa en letras hebreas por Y. A. Yoná, pero el original impreso se ha perdido. Se conserva el texto en una transcripción mecanográfica hecha por Michael Molho en 1957, y enviada a R. Menéndez Pidal desde Buenos Aires.
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0172:66 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9020)
Versión de Monastir (Macedonia).
Recogida por Max A. Luria, 00/07/1927 publicada en Armistead 1975,"Rare Judeo-Spanish Ballads from Monastir (Yugoslavia), collected by Max A. Luria", The American Sephardi), 7-8 (1975-76), pp. 227-228 (nº 14). 059 hemist. Música no registrada. |
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Dispusadu istá Dumbueso qui si queríe casar, |
2 |
a primus y a parientis d` oy va ir a cumbidar. |
|
-Ti arrogu, il mi fiju, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
4 |
qui pur puertes di la Muliyane no vayáx a pasar, |
|
qui Muliyane es fichisere, no vus fague algún mal. |
6 |
-Males mañes tieni, madri, no las pudíes ulvidar, |
|
qui cada ves a caminu salgu, siempri m` istrinave mal.- |
8 |
Ya si parti il Dumbuezo, ya si parti, ya si va, |
|
pur puertes di la Muliyane pur allí fue a pasar. |
10 |
Muliyane istave durmiendu in la güerte dil su padri; |
|
a las patades dil cavallu Muliyane si dispirtó. |
12 |
Salto dio la Muliyane dil ver?el di su padri. |
|
--Istéx in buene ore, Muliyane. --Vos, Dumbueso, a mal vingáx. |
14 |
--¡Valgades, il Dio dil sielu qui es padri de la piedá! |
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Qui yo li favlu cum las buenes y elle m` arrispondi cun mal. |
16 |
--Mi an dichu, il Dumbueso, qui vus quiréx casar, |
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--Quén vus dixu, la Muliyane, vuz dixu grandi verdá, |
18 |
qui amañane tengu las bodes d` oy vus vengu a cumbidar.-- |
|
Salto dio la Muliyane dientru dil verjel dil su padri; |
20 |
arrancó di las tres hierviques y las pusu a bullir. |
|
--Mi han dichu, la Muliyane, qui savéx dil incantamientu. |
22 |
--Quen vus dixu a vos, il Dumbueso vus dixu grandi mintire. |
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--Dadmi vos, la Muliyane, dadmi une gutique d`agüe. |
24 |
--Y tumedes vos, il Dumbueso, y tumedes esti copu d`agüe. |
|
--Y bivades vos, la Muliyane, y bivades vos in primeru.-- |
26 |
Lus sus dientis tiníe minudicus qui di ellus no pasó gote. |
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Ya lu tumó il Dumbueso y si lu bivió, |
28 |
cansadu istave dil caminu qui di él no dixó gote. |
|
--¿Qué mi datis, la Muliyane, qué m` ichates dientru dil agüe? |
30 |
Qui la rengle tengu in la manu y il cavallu no lu veyu.-- |
| |
Nota: Los editores del AMP que prepararon la transcripción (en los años setenta) manejaban dos copias, un borrador de campo del Dr. Luria y su transcripción mecanográfica preliminar de versos.
Variantes de Luria: -1a d` un buesu (tachado, Dumbuesu escrito entre líneas con el comentario "see Note Books for name"), A; -5a Muliyanes (-s- tachado), A; es, A; -5b algún (la tilde sobre la g indica su carácter fricativo); vus, A; -7a cada (cambiado a cade?), A; -7b m`istrinave (subrayado, m`istrine añadido entre líneas con interrogación en margen izq.: istrinar, `estrenar` mi istenu un vistidu), A; -8a Dumbuezu, A; -9b y 10a, las formas la pala tachadas entre los dos versos, A; -11ª a añadido al margen izq, A, B; -11b dispertó, A; -12b dil su ver?el (su rodeado con interrogación), A; notado al margen Durán . . . , A; -14a valgádes yo Dio dil sielo )yo tachado), A; -14b piedá(d), A; -15alas; -16a han; Dunbuesu, A; -17 a y b vus, A; -17b verdad, A; -18a qu`a; las, A; -18b di hoy vus vengu a cunbidar (cambiado a cumbidar), A; -19b diyentru, A; -21a mi han dichu vos la Mul (la añadido entre líneas), A; -22a y b vus, A; -23 a y b Da (d)` mi, A; -23b gutique (la tilde sobre la g indica su carácter fricativo) m di ague, A; -25a bevadiš A; bibadeš, B; -25b imprimeru, B; -26b nade (gote añadido entre líneas), A; gote (nade añadido como variante en nota al pie de la página), B; -27b lactomy, B; -28a di; -29b diyentru, -29b, diyentru, A; -30a rengle (-n- añadido y la forma enmendada se repite entre líneas junto con el sinónimo frenu), A. [Nota SHP: la g con tilde a la que se refiere en lo anterior, no la puedo reproducir.]
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0172:20 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 5884)
Versión de Marruecos s. l. (Marruecos).
Recogida por Antonio Bustelo, (Colec.: Bustelo, A.). Publicada en Ortega 1919, pp. 248-249 (notación musical de A. Bustelo: p. 248). Reeditada en Ortega 1934, pp. 222-223; Alvar 1971, pp. 87-88, nº 89a. 068 hemist. Música registrada. |
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Estábase Moriana, sentada en su salverado, |
2 |
mirando estaba sus campos, cómo siembra el trigo en grano. |
|
Vido venir a don Güezo, caballero en su caballo: |
4 |
--Norabuena, Moriana, sentada en su salverado. |
|
--En ella vengáis don Güezo, caballero en su caballo, |
6 |
que dicho me vían dicho que vos querías casare? |
|
--Quien te dijo, Moriana, te dijo ciento y verdade; |
8 |
al domingo tengo boda, hoy vos vengo a convidare |
|
a vos y a vuestras doncellas, que me hagas un manllare.-- |
10 |
Salto diera de la cama hasta el vergel de su padre; |
|
escogió siete ojitas d` aquel fino solimane. |
12 |
Cogiólas y bien majólas, y en el vino las fue echare. |
|
--Bebáis tú, don Güezo, beváis de este vino, |
14 |
que siete años habían siete, que vos lo tengo escondido. |
|
--Bebáis tú, Moriana, bebáis en primero; |
16 |
qu` ansi hace toda la gente, que convida a caballero.-- |
|
Ya lo pone Moriana ya lo ponía a la boca; |
18 |
los dientes tiene menudos, de ellos no pasaba gota. |
|
Ya lo ponía don Güezo, ya lo ponía a la boca; |
20 |
cansado viene del campo, de ello no deja una gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
22 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi rocino. |
|
¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
24 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi caballo.-- |
|
--Al domingo tienes boda, hoy vienes a convidarme. |
26 |
--Y contigo, Moriana, contigo iba a casarme. |
|
No se me da por mi muerte, en que tan joven lo digo; |
28 |
por la pobre de mi madre, que jamás me verá vivo. |
|
No se me da por mi muerte, aunque timprano lo hablo; |
30 |
por la triste de mi madre, que jamás me verá sano.-- |
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Ya le sacan a don Güeso, ya le sacan a mudale; |
32 |
ya sacan a Moriana, ya la sacan a matare. |
|
Ya sacan a don Güeso, ya le sacan a alavale; |
34 |
ya sacan a Moriana, ya la sacan a quemale. |
| |
Variantes de la edición de Alvar; -6a m` habían; -9b hagan un manlare; -l6a omite la.
Notas: El colector escribe Güezo, quizá por tratarse de -s- sonora [z]; -7b ciento ~cierto; -16a c`ansí en la copia mecanografiada en el AMP, en que también la distribución de los hemistiquios en los versos 12-14 es bien distinta: cogiólas y bien mojólas / [. . . ]//que siete años habían, siete / y en el vino las fue echare// --Bebáis tú, don Güeso / y bebáis de este vino / [. . . ] / que vos lo tengo escondido.//
Véase Katz 1981-1982 (ficha bibliográfica nº 1896) para las transcripciones musicales de Antonio Bustelo, reconstruída la relación que faltaba entre texto y música en la publicación de Ortega.
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0172:48 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9002)
Versión de Tánger (Marruecos).
Recogida por José Benoliel, entre 1904-1906 (Archivo: AMP; Colec.: Benoliel, J.). Publicada en Menéndez Pidal 1906a, Cultura Española, I (feb. 1907), p. 178, nº 86 (vv. 1-11 y 20-22). Reeditada en Menéndez Pidal [1928], El Romancero: Teorías e investigaciones, p. 162 (vv. 15-22) y Menéndez Pidal 1958b, Los romances de América y otros estudios, 7ª ed., nº 86; 1972, p. 161, nº 86 (vv. 1-2 y 7-11) [1ª ed, 1939]. 046 hemist. Música no registrada. |
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|
Siete amigas tiene Bueso, que siete amigas tenía, |
2 |
y a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si no era Moriana que se le olvidaría. |
4 |
Estábase Moriana sentada en su salverano, |
|
mirando rosas y flores cómo echa el trigo el grano. |
6 |
Vido venir a don Bueso cabalgando en su caballo. |
|
--Norabuena estéis, Moriana, sentada en su salverano. |
8 |
--En ella vengáis, don Bueso, caballero en su caballo, |
|
dicho me han dicho la gente que vos queríais casare. |
10 |
--Quien te lo ha dicho, Moriana, te ha dicho cierto y verdad, |
|
domingo tengo boda y hoy te vengo a convidar.-- |
12 |
Como eso oyó Moriana fuese al vergel de su padre, |
|
bortará siete hojitas de aquel fino solimán, |
14 |
majólas y bien majadas echóselas en el vino. |
|
--Y tomedes tú, don Bueso, y tomedes de este vino. |
16 |
--Y tomedes tú, Moriana, y probedes tú del vino.-- |
|
Ya lo pone Mariana, ya lo pone a la boca, |
18 |
los dientes tiene menudos, de ello no la pasa gota. |
|
Ya lo bebía don Bueso, ya lo bebe todo el vino. |
20 |
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
|
¿Qué me dates, Moriana, que me dates en el claro? |
22 |
Los ojos tengo feridos, ya no veo a mi caballo.-- |
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Ellos en estas palabras muerto cayó en un desmayo. |
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Variantes: -4b sentada en su abrigano; -5b bomo en el original; -7b sentadita en su abrigano; -17a Mariana(sic); -20a y 21a ¿qué me diste, Moriana?
Notas: A lo largo de toda la versión publicada por R. Menéndez Pidal, el nombre del protagonista consta como "don Güeso". Esta lectura se basa en una nota en letra de RMP en el original de la versión de Benoliel, nota posiblemente sacada de una carta del propio Benoliel: La mujer que me lo recitó dice "Moriana". M. Pelayo, III, p. 99 cita a don Guespo; nuestras recitadoras dicen siempre don Gueso. Después del v. 11, Menéndez Pidal prosifica el contenido del romance hasta el v. 19: Moriana entonces le da el vino envenenado. Don Güeso hace que ella lo pruebe antes pero sus dientes apretados no dejan pasar gota del veneno. Don Güeso bebe y pregunta:... [=Armistead, CMP 1978: N1.11]
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0172:49 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9003)
Versión de Tánger (Marruecos).
Recitada por Hol-la Gabbay (44a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1915 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 054 hemist. Música registrada. |
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|
Siete amigas tiene Güeso, que siete amigas tenía, |
2 |
a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si no era Moriana, la que se le olvidaría. |
4 |
Estábase Moriana sentada en su tempestale, |
|
regando iba sus campos como echa el trigo en grano. |
6 |
--En buena hora estéis, Moriana. --En ella vengáis, don Guardos. |
|
Un dicho me habían dicho, no sé si es verdad o mentira |
8 |
que el domingo tienes boda. --Y hoy te vengo a convidare. |
|
Ya gallinas, ya capones, palomas de un palomare, |
10 |
vino tino, vino claro, lo mejor de Portugale.-- |
|
Como eso oyó Moriana fuérase a su rosare, |
12 |
y cortó cuatro hojitas de un fino solimare |
|
y majólas bien, majólas, y en el vino las echare. |
14 |
--Probéis, don Güeso, este vino, probéis, don Güeso, este claro. |
|
--Pruébalo tú, Moriana, pruébalo tú primero, |
16 |
que así hace toda gente que convida a caballero.-- |
|
Ya lo pone Moriana, ya lo pone en la boca; |
18 |
los labios tiene delgados, no le entra ni una gota. |
|
Ya lo ponía don Güeso, ya lo ponía en la boca; |
20 |
cansado viene del campo, no deja una gota. |
|
--¿Que me dates, Moriana, que me dates en el vino? |
22 |
Las armas tengo en la mano, no veo el mi rocino. |
|
¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
24 |
Las armas tengo en la mano, no veo el mi caballo. |
|
Desgraciada de mi madre que me soltó sano y bueno. |
26 |
--Mas desgraciada fue la mía de no casarme contigo. |
|
--Contigo era la boda, contigo era el casamiento.-- |
| |
Nota del colector: -4b tempestale (sic). [=Armistead, CMP 1978: N1.14]
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0172:50 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9004)
Versión de Tánger (Marruecos).
Recitada por Hanna Bennaim (70a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1915 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 068 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Güeso, que siete amigas tenía, |
2 |
a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si no era Moriana que se le olvido sería. |
4 |
Ya cabalgaba don Güeso, ya cabalgaba y se iba. |
|
Estábase Moriana sentada en su sal verano, |
6 |
mirando estaba los campos cómo echan trigo en grano. |
|
Vido venir a don Güeso cabalgado en su caballo. |
8 |
--Mi enhorabuena, Moriana, sentada en tu sal verano. |
|
--En ella vengas, don Güeso, cabalgado en tu caballo. |
10 |
Un dicho me habían dicho que vos queríais casare. |
|
--Quien lo ha dicho, Moriana, ha dicho cierto y verdade; |
12 |
el domingo tengo boda, hoy te vengo a demandare |
|
a vos y a vuestras donzellas que me hagáis un manjare |
14 |
de gallinas y capones, palomas de un palomare, |
|
vino tinto y vino blanco, el mejor de Portugale.-- |
16 |
Salto diera Moriana hasta el jardín de su padre, |
|
cortara siete hojitas de aquel fino solimane; |
18 |
majolas bien, majólas, y en el vino fue y echólas. |
|
Ya lo pone Moriana, ya lo pone a convidare. |
20 |
--Bébele tú, Moriana, bébelo tú primero, |
|
que así hace toda gente que convida a un caballero.-- |
22 |
Ya lo pone Moriana, ya lo pone a la boca; |
|
los dientes tiene menudos, de ellos no paso gota. |
24 |
Ya lo ponía don Güeso, ya lo ponía a la boca; |
|
cansado viene del campo, de ello no dejo una gota. |
26 |
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
|
Mis armas tengo en la mano, ya no veo el mi caballo. |
28 |
¿Que me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
|
Mis armas tengo en la mano, ya no veo el mi rocino. |
30 |
Desdichada de mi madre, ya no me verá la cara. |
|
Contigo era, Moriana, que me quería casare.-- |
32 |
Como eso oyó Moriana se tiró de un pedriscale. |
|
De allí la alzan muerta y la llevan a enterrare; |
34 |
a él le entierran en la iglesia y a ella en su rico altare. |
| |
Nota: 33-34 proceden de Conde Niño. [=Armistead, CMP 1978: N1.12]
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0172:51 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9005)
Versión de Tánger (Marruecos).
Recitada por Halia Benasayag (56a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1915 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 044 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Hueso, que siete amigas tenía, |
2 |
y a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
sino era a Moriana que se había olvidado. |
4 |
--Un dicho me habían dicho que tú te ibas a casare. |
|
--Quien te ha dicho tal, Moriana, te ha dicho siete verdades; |
6 |
el domingo tengo boda y hoy te vengo a convidare.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre, |
8 |
quitara siete hojitas de ese fino solimane, |
|
majólas bien, majólas y echólas en el vino. |
10 |
--Probéis, don Hueso, este vino, probéis, don Hueso, este claro; |
|
siete años había, siete, que lo tenía guardado. |
12 |
--Próbalo tú, Moriana, próbalo tú primero, |
|
que asi hazen todas dueñas que convidan al caballero.-- |
14 |
Ya lo probaba Moriana, ya lo ponía a los labios; |
|
los dientes tiene menudos, por ellos no pasó gota. |
16 |
Don Hueso viene de sed, que de ello no dexó gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
18 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo el mi rocino. |
|
¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
20 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo el mi caballo. |
|
Desgraciada de mi madre, que me mandó sano y bueno. |
22 |
--Mas desgracia fue la mía por no casarme contigo.-- |
| |
Nota: Bien si se escribe "Alia" [nº 4813] o Halia [aquí] o "Halía" [nº9298], se trata de una misma recitadora, de quien Manrique de Lara recogió dieciseis romances en 1915. Véase Armistead, CMP 1978, V1.4, II, p. 242; N1.13, II, p. 95 [Veneno de Moriana]; y C14.14, I, p. 178, donde también se dan las tres formas del nombre. Frente a todos estos casos, en que se le apellida "Benasayag", en el Índice de Encuestas [CMP 1978, III], p. 122, al fichar los romances recogidos por M. de L. de boca de esta mujer, pone "Halia Benasáyag, 56 a. (var.: Alia)". Por ello, adopto "Halia Benasáyag" como forma única de nombrar a esta recitadora en la base de datos.
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0172:52 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9006)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1915 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 078 hemist. Música registrada. |
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Siete amigas tiene Güeso, que siete amigas teíaa, |
2 |
a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si no era a Moriana, que se le olvidaría. |
4 |
Estábase Moriana sentada en su salverado, |
|
mirando estaba sus campos cómo siembra el trigo en grano. |
6 |
Vido venir a don Güeso, caballero en su caballo. |
|
--Norabuena, Moriana, sentada en su salverado. |
8 |
--En ella vengáis, don Güeso, caballero en su caballo, |
|
que dicho me habían dicho que vos queríais casare. |
10 |
--Quien te ha dicho, Moriana, te dijo cierto y verdade |
|
al domingo tengo y boda, hoy te vengo a convidare |
12 |
a vos y a vuestras donzellas que me hagáis un manjare.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre, |
14 |
escogió siete hojitas de aquel fino solimanes |
|
cogiólas y bien majólas y en el vino las fue a echare. |
16 |
--Prebedes tú, don Güeso, y bebades de este vino, |
|
que siete años habían, siete, que vos lo tengo escondido. |
18 |
Y bebadeis tú, don Güeso, y bebadeis de este claro, |
|
que siete años habían, siete, que vos lo tengo guardado. |
20 |
--Y bebadéis, Moriana, y bebadéis tú primero, |
|
que ansí haze toda gente que convida a caballeros.-- |
22 |
Ya lo pone Moriana, ya lo ponía a la boca; |
|
los dientes tiene menudos, de ellos no pasaba gota. |
24 |
Ya lo ponía don Güeso, ya lo ponía a la boca; |
|
cansado viene del campo, de ello no deja una gota. |
26 |
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
|
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi rocino. |
28 |
¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
|
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi caballo. |
30 |
No se me da por mi muerte, aunque temprano lo digo; |
|
por la pobre de mi madre que jamás me verá vivo. |
32 |
No se me da por mi muerte, aunque temprano lo hablo; |
|
por la triste de mi madre que ya no me verá sano. |
34 |
--¿Al domingo tienes boda y vienes hoy a visitarme? |
|
--Y contigo, Moriana, contigo me iba a casare.-- |
36 |
Ya le sacan a don Güeso, ya le sacan a lavare; |
|
ya sacan a Moriana, ya la sacan a matare. |
38 |
Ya le sacan a don Güeso, ya le sacan a llevarle; |
|
ya la sacan a Moriana, ya la sacan a quemare. |
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Variante: detrás del v. -35: como eso oyó Mariana / tiróse de un pedriscale.//
Variante de la transcripción musical: -1a si amigas tiene Bueso.
Nota: Corresponde a Armistead, CMP 1978: N1.17.
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0172:53 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9007)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recitada por Sultana Cohen (46a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1915 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 037 hemist. Música registrada. |
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|
Estábase Mariana entado en su salverano. |
2 |
vido venir a don Güeso cabalgando en su caballo. |
|
--En buena hora, Mariana. --En ella vengáis, don Güeso. |
4 |
Dicho me habían dicho que vos queríais casare. |
|
--Quien lo ha dicho, Mariana, lo ha dicho cierto y verdade, |
6 |
el domingo tengo boda y hoy vos vengo a convidare. |
|
--Prueba, don Hueso, este vino, [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
8 |
siete años había, siete, que lo tenía escondido. |
|
--Pruébalo tú, Mariana, pruébalo tú primero, |
10 |
ansí hace toda dueña que convida a caballero.-- |
|
Ya lo pone Moriana, ya lo pone y a la boca, |
12 |
los dientes tiene menudos, por ellos no pasa gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, y en ese vaso de vino? |
14 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo el mi rocino. |
|
¿Qué me dates, Moriana, en ese vaso del claro? |
16 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo el mi caballo. |
|
Contigo era, Mariana, contigo me iba a casare. |
18 |
Desdichada de mi madre que ya no me verá mase.-- |
|
Como eso oyera Mariana se tiró de un pedriscale. |
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Notas: -1b sentado (sic). [=Armistead, CMP 1978: N1.16]
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0172:54 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9008)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recitada por Sahra Leví (63a en 1916). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1916 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 056 hemist. Música registrada. |
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|
Siete amigas tiene Güeso, que siete amigas tenía, |
2 |
a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si non era a Moriana que se le olvidaría. |
4 |
Estábase Moriana sentada en su solverano, |
|
mirando iba a los campos cómo echan trigo en grano. |
6 |
Vido venir a don Güeso cabalgado en su caballo. |
|
-N` hora buena, Moriana. --En ella vengáis, don Güeso, |
8 |
que dicho me habían dicho que vos queríades casare. |
|
--Quien te ha dicho, Moriana, te ha dicho cierto y verdade, |
10 |
Al domingo tengo boda, hoy te vengo a vijitare.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre, |
12 |
cortara siete hojitas de aquel fino solimane; |
|
majólas bien, majólas, y en el vino las echólas. |
14 |
--Y probédeis vos, don Güeso, y probédeis de este vino, |
|
que siete años había, siete, que vos lo tengo escondido. |
16 |
Y probédeis vos, don Güeso, y probédeis de este claro, |
|
que siete años había, siete, que vos lo tengo guardado. |
18 |
--Próbalo tú, Moriana, próbalo tú en primero, |
|
que ansí hace toda gente que convida caballero.-- |
20 |
Ya lo pone Moriana, ya lo pone y a los labios; |
|
los dientes tiene menudo, de ellos no resbaló gota. |
22 |
Don Güeso viene cansado, de ello no dejara gota. |
|
--¿Qué me dites, Moriana, qué me dites en el claro? |
24 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi caballo. |
|
¿Qué me dites, Moriana, qué me dites en el vino? |
26 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi rocino. |
|
Desdichada de mi madre, que no me vea entrar vivo. |
28 |
Contigo eran las bodas, contigo eran los juegos.-- |
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Variantes: -8 q. vos queríais; -21b de ellos no probara gota.
Nota: Corresponde a Armistead, CMP 1978: N1.19.
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0172:55 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9009)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recogida por Arcadio de Larrea Palacín, entre 1950-1952 (Archivo: AMP; Colec.: Larrea Palacín). Publicada en Larrea Palacín 1952b, I, pp. 296-297 [T. 126]. Música, M128, p. 296. 068 hemist. Música registrada. |
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|
Estábase la Moriana sentada en su solverado, |
2 |
mirando estaba sus campos cómo siembra el trigo en grano. |
|
Vido venir a don Güezo cabalgando en su caballo. |
4 |
--Norabuena estes, Moriana, sentada en tu solverado. |
|
--En ella vengáis, don Güezo, cabalgando en caballo, |
6 |
que dicho me habían dicho que vos queríais casare. |
|
--Quien te ha dicho, Moriana, te ha dicho sierto y verdade, |
8 |
al domingo tengo boda, hoy os vengo a convidare |
|
a vos y a vuestras donzellas que me hagan un manjare.-- |
10 |
Salto diera de la cama hasta el vergel de su padre, |
|
escogió siete hojitas de aquel fino solimane, |
12 |
cogiólas bien y majólas y en el vino las fue a echare. |
|
--Bebáis tú, el don Güezo, y bebáis de este vino. |
14 |
siete años, habían, siete, que lo tenía escondido. |
|
--Bebáis tú, Moriana, y bebáis vos en primero, |
16 |
que así haze toda gente que convida a un caballero.-- |
|
Ya lo ponía Moriana, ya lo ponía a la boca; |
18 |
los dientes tiene menudo, de ellos no pasaban gota. |
|
Ya lo poma don Güezo, ya lo ponía a la boca; |
20 |
cansado viene del campo, de ello no deja una gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
22 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo a mi rosino. |
|
¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
24 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo a mi caballo. |
|
--Al domingo tienes boda, hoy vienes a convidarme. |
26 |
--Contigo era, Moriana, contigo iba a cazarme. |
|
No se me da por mi muerte, en que tan joven lo digo; |
28 |
por la pobre de mi madre que jamás me verá vivo. |
|
No se me da por mi muerte, en que tan joven la hallo; |
30 |
por la pobre de mi madre que jamás me verá sano.- |
|
Ya le sacan a don Güezo, ya le sacan a mudale |
32 |
ya sacan a Moriana, ya la sacan a matare. |
|
Ya sacan a don Güezo, ya le sacan a lavale; |
34 |
ya sacan a Moriana, ya la sacan a quemale. |
| |
Variantes: 1-3 Siete amigas tiene Güezo,/ que siete amigas tenía// y a todas las iba a ver / día de Pascua florida,//si no era Moriana / que se le olvidaría.//
Nota: la versión fue recogida de tradición oral. Para mejor imagen [PDF], tras pulsar en el enlace a la música, sustituya "jpg" con "pdf en el URL.
Correspondencias: M. P. 86, IDEA (Instit. de Estudios Africanos, C.S.I.C.), 341.
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0172:56 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9010)
Versión de Tánger-Tetuán (Marruecos).
Recitada por Simy Salama de Anahory (65a). Recogida en Málaga por Oro Anahory Librowicz, 10/08/1971 (Archivo: AMP; Colec.: Anahory Librowicz, O.). Publicada en F.E.R.S. 6 1980, pp. 70-71, nº 19. 042 hemist. Música registrada. |
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|
Siete amigas tiene Güeso, que siete amiqas tenía |
2 |
y a todas las iba a vere día de Pascua Florida |
|
si no era Moriana, que se le olvidaría. |
4 |
--En buena estéis, Moriana. --En ella vengáis, don Güeso. |
|
--Al domingo tengo boda y vos vengo a convidare.-- |
6 |
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre, |
|
cogiera siete hojitas de aquel fino solimane |
8 |
y majólas bien, majólas, y en el vino las fue a echare. |
|
--Ay, probedeis de este vino, el mejor de mis manjares. |
10 |
--Probedeis vos, Moriana, que así haze el que convida. |
|
--Ay, probedeis de este vino el mejor que hay en mi casa. |
12 |
--Ay, probedeis vos, Moriana, ay, probedeis vos del vino.-- |
|
Ya lo ponía Moriana, ya lo ponía a la boca; |
14 |
los dientes tiene menudos y de ello no passa gota. |
|
Ya lo ponía don Güeso, ya lo ponía a la boca; |
16 |
cansado viene del campo y de ello no deja gota. |
|
--¿Qué me ditis, Moriana, qué me ditis en el vino? |
18 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi caballo. |
|
--Al domingo tenís boda y venís a convidarme. |
20 |
--Contigo eran, Moriana, contigo eran las bodas, |
|
contigo eran, Moriana, ¿qué me ditis en el vino?-- |
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Variantes de la segunda copia manuscrita: -11 y -12 omite; -18a las armas traigo.
Variantes de la versión publicada: Güeso se escribe
Güezo a lo largo de la versión; -14b pasa; -18a las armas traigo.
Notas: La señora Salama, madre de la recolectora, reside en Málaga. Las -s-, -z- se pronuncian [z]; -ss- [s]. Se conservan dos copias manuscritas en el AMP.
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0172:57 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9011)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recogida por Arcadio de Larrea Palacín, entre 1950-1952 (Archivo: AMP; Colec.: Larrea Palacín). Publicada en Larrea Palacín 1952b, I, pp. 298-299 [T. 127]. Música (igual a 9011), M128, p. 296. 062 hemist. Música registrada. |
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|
Estábase Moriana sentada en sus solverados, |
2 |
mirando estaba sus campos como siega el trigo en grano. |
|
Viera venir a don Güezo, caballero en su caballo. |
4 |
--En buena hora estéis, Moriana. --En ella vengades, don Güezo, |
|
que dicho me habían dicho que os íbais a casare. |
6 |
--Quien te dijo, Moriana, te dijo cierto y verdade: |
|
el domingo tengo boda, hoy te vengo a convidare |
8 |
a vos y a vuestras doncellas que me hagan un manjare.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre, |
10 |
cogiera cuatro hojitas de aquel fino solimanes, |
|
majólas bien y majólas y al vino las fue a echare. |
12 |
--Probéis de este vino, Güezo, y de este rico rozino. |
|
Siete años, hace siete, que os lo tengo escondido; |
14 |
probéis de este vino, Güezo, y de este rico manjare. |
|
--Pruébalo tú, Moriana, pruébalo tú la primera.-- |
16 |
Ya lo pone Moriana, ya lo pone a la boca, |
|
los dientes tiene menudos, de ellos no pasa una gota. |
18 |
Ya lo ponía don Güezo, ya lo ponía en la boca; |
|
cansado viene del campo, de ello no deja una gota. |
20 |
--¿Qué me echasteis, Moriana, qué me echasteis en el vino? |
|
Las armas traigo en la mano y no veo mi camino. |
22 |
¿Qué me echasteis, Moriana, qué me echasteis en el claro? |
|
Las armas traigo en la mano y no veo a mi caballo. |
24 |
No se me da por mi muerte, aunque temprana la hablo; |
|
se me da por la mi madre que ya no me verá sano. |
26 |
No se me da por mi muerte, aunque temprano la digo; |
|
se me da por la mi madre que ya no me verá vivo. |
28 |
--El domingo tienes boda y hoy vienes tú a convidarme. |
|
--Contigo era, Moriana, contigo iba yo a casarme.-- |
30 |
Ya sacaban a don Güezo, ya le sacan a enterrare; |
|
ya sacan a Moriana, ya la sacan a quemare. |
| |
Notas del editor: Copiada de un manuscrito. Se canta sobre la melodía del anterior [T. 126]. Para mejor imagen [PDF], tras pulsar en el enlace a la música, sustituya "jpg" con "pdf en el URL.
Correspondencia: IDEA (Instit. de Estudios Africanos, C.S.I.C.), 345.
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0172:58 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9012)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recitada por Luna Elaluf Farache (78a). Recogida por Samuel G. Armistead y Israel J. Katz, 19/08/1962 (Archivo: FLSJ; Colec.: Armistead-Silverman). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 058 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Huezo que siete amigas tenía |
2 |
y a todas las iba a ver día de Pascua florida |
|
de no ver a Juliana que se lo olvidaría. |
4 |
--En buen hora estés, Juliana. --En ella vengas,, don Güesso, |
|
que dicho me habían dicho que intentarás casarte. |
6 |
--Quien te ha dicho, Juliana, te ha dicho cierto y verdade, |
|
al domingo tengo boda, hoy vengo a convidarte,¡ |
8 |
a ti y a tus donzella[s] que me hagáis un mancare.-- |
|
Como `so oyó Juliana, salto diera del lugare, |
10 |
fuérase para las güertas a las güertas de su padre. |
|
Cogiera siete hojitas de aquel fino solimane, |
12 |
majólas y bien majóla[s], en el vino fuera a echarle. |
|
--Tomes tu, Hueso, este vino [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
14 |
siete años haze, siete, que pa ti tengo guardado. |
|
--Tome tu un poco, Juliana. [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
16 |
que érstt haze todo caballero que te viene a convidare.-- |
|
Juliana lolpone en los labio[s] [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
18 |
los dientes tiene chiquitos por ellos no passó nada. |
|
Cansado viene don Güeso de la copa no dejó nada. |
20 |
--¿Qué me dates, Juliana, qué me dates en el claro? |
|
La copa tengo en la mano ya no veo a mi caballo. |
22 |
No se me da por mi muerte, aunque tan chiquito la halle, |
|
se me da por la mi madre que ya no me verá sano. |
24 |
¿Qué me dates, Juliana, qué me datep en el vino? |
|
Las armas tengo en la mano ya no veo mi rocino. |
26 |
No se me da por mi muerte aunque chiquito la hallo, |
|
se me da por la mi madre que ya no me verá sano.-- |
28 |
Ya sacan a don Güesso, ya le sacan a enterrarle; |
|
ya sacan a Juliana, ya la sacan a quemare. |
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Variante: El verso -26 se repitió al cantar.
Nota: En -4b venga? y -24b date? El colector registra el carácter dental de la -s en "liaison.
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0172:59 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9013)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recitada por Ester Cohén de Benzaquén (37a). Recogida en Caracas, Venezuela por Oro Anahory Librowicz, 17/06/1972 (Archivo: AMP; Colec.: Anahory Librowicz, O.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 062 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Hueso, que siete amigas tenía |
2 |
y a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si no era a Moriana que se le olvidaría. |
4 |
Ya cabalgaba don Hueso, ya cabalga en su caballo; |
|
se encontrara a Moriana sentada en su salverano. |
6 |
Mirando estaba los campos cómo echa trigo el grano, |
|
vido venir a don Hueso cabalgado en su caballo. |
8 |
--En buena hora estéis, Moriana. --En buena vengáis, don Hueso, |
|
que dicho me habían dicho que os queríais casare. |
10 |
--Quien te ha dicho, Moriana, te ha dicho cierto y verdade: |
|
el domingo tengo boda y hoy me vengo a convidarte |
12 |
a vos y a vuestras doncellas que me hagáis un manjare.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre |
14 |
y cortara siete hojitas de aquel fino solimane, |
|
majólas muy bien, majólas, y en el vino las echara. |
16 |
--. . . . . . . . . don Hueso si probaras de este vino, |
|
que siete años, habían, siete, que lo tenía escondido. |
18 |
--Pruébalo tú, Moriana, pruébalo tú, y no me engañes, |
|
que assí hace toda gente cuando van a convidare.-- |
20 |
Ya lo prueba Moriana, ya lo prueba de aquel vino; |
|
los dientes tiene menudos, y gota no probara de ello. |
22 |
Ya lo pruebaba don Hueso, ya lo prueba de aquel vino; |
|
cansado viene don Hueso, gota no dejara de ello. |
24 |
--¿Qué me dites, Moriana, qué me dites en el vino? |
|
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi rocino. |
26 |
¿Qué me dites, Moriana, qué me dites en el claro? |
|
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi caballo. |
28 |
Contigo eran, Moriana, con quien yo me iba a casare.-- |
|
!Ya la pobre de su madre, que bodas había armado! |
30 |
Como esso oyera Moriana, muerta cayó en un desmayo; |
|
muere el uno, muere el otro, y a los dos entierran juntos. |
| |
Nota del colector; -29a "ya" exclamación árabe.
Nota: queda por resolver una contradicción entre la edad de la recitadora en la documentación que manejo del AMP y la que figura en una versión de "Espinelo" (registro nº____) también cantada por Ester pero varios años después.
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0172:60 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9014)
Versión de Larache (Marruecos).
Recitada por Mercedes Ederhy (28a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1916 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 034 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Güeso, las siete todas tenía, |
2 |
a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
menos era a Moriana que se le olvidó un día. |
4 |
Ya cabalgara don Güeso, cabalgara y fuera a verla. |
|
--Buenos días, Moriana. --En ellos vengáis, don Güeso. |
6 |
Un dicho me hubieron dicho que te queías casare. |
|
--Quien te ha dicho, Moriana, te ha dicho cierto y verdade: |
8 |
al domingo tengo y boda, y vos vengo a convidare.-- |
|
Salto diera Moriana al jardín del rey su padre, |
10 |
cortara siete hojitas de aquel lindo solimanes; |
|
lavólas y arreglólas y dióselas en el clare. |
12 |
--Probéislo vos, Moriana, probéislo y en la boca.-- |
|
Los dientes tiene menudos y no pasó ni una gota. |
14 |
Don Güeso vino cansado, de ello no dejó ni gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
16 |
Los ojos tengo menudos, ya no veo el mi caballo. |
|
--Vete ahora, don Güeso, vete ahora a casare.-- |
| |
Variantes: -2a en la grabación cantada: un día las iba a ver; -3b que se le olvidará; -9b para el vergel de su padre.
Nota: Corresponde a Armistead, CMP 1978: N1.26.
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0172:61 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9015)
Versión de Larache (Marruecos).
Recitada por Esther Benday (31a). Recogida por Manuel Manrique de Lara, 00/00/1916 (Archivo: AMP; Colec.: Manrique de Lara, M.). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 034 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Hueso, todas las siete tenía, |
2 |
a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
menos era a Moriana que se le olvidara un día. |
4 |
Cabalgara en su caballo, cabalgara y fuera a verla. |
|
Un día se fue a sus campos ver cómo echa el trigo en grano; |
6 |
vido venir a don Hueso cabalgado en su caballo. |
|
--Buenos días, Moriana. --En ellos vengáis, don Hueso. |
8 |
Dicho me habían dicho que se quería casare. |
|
--Quien te ha dicho, Moriana, te ha dicho cierto y verdade: |
10 |
al domingo tengo boda y hoy os vengo a convidare.-- |
|
Eso oyera Moriana fuera al jardín de su padre, |
12 |
cortara siete hojitas de aquel fino soliman, |
|
las majó la Moriana, las echó todas n` el clare. |
14 |
Don Hueso vino cansado, no dejó gota en el clare. |
|
--¿Qué me echates tú, Moriana, qué me echates tú en el clare? |
16 |
Las armas tengo en la mano, ya no veo el mi caballo. |
|
--Vete, vete tú, don Hueso, y ahora vete tú a casare.-- |
|
{I8}Nota: Corresponde a Armistead, CMP 1978: N1.21. |
|
{EP} |
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0172:62 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9016)
Versión de Larache (Marruecos).
Recitada por Esther Ayach de Benniflah (unos 58a) y Dora Ayach de Bergel (unos 60a). Recogida en Casablanca por Samuel G. Armistead, Israel J. Katz, y Joseph H. Silverman, 27/08/1962 (Archivo: FLSJ; Colec.: Armistead-Silverman). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 047 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Güeso, las siete todas tenía, |
2 |
y a todas las iba a verlas día de Pascua florida, |
|
menos era Moriana que se le olvidara un día. |
4 |
Ya cabalgara don Güeso, ya cabalga y fuera a verla, |
|
y allí estaba Moriana sentada en su salverano, |
6 |
mirando estaba sus campos cómo echan el trigo en grano. |
|
--Buenos días, Moriana, sentada en tu salverano. |
8 |
--En ellos vengáis, don Güeso, caballero en su caballo; |
|
un dicho me habían dicho que te querías casare. |
10 |
--Quien te dijo, Moriana, te dijo cierto y verdade: |
|
al domingo tengo boda y hoy vos vengo a convidare |
12 |
a vos y a vuestras doncellas pa que me hagan un manjare.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre; |
14 |
cortara siete hojitas de aquel fino solimare. |
|
Cortólas y bien majólas y echólas en el clare. |
16 |
--Bebáis, bebáis, don Güeso [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
|
| (Él la dize a ella que lo pruebe. Él la dize: Pruébalo tu, Moriana, porque es una cosa bien de que primero prueban las donzellas que los caballeros. Pues dize ella... Ella entonces le cogió la copa y dize:) | |
|
--Los dientes tiene menudos no la passara una gota, |
18 |
pero él viene cansado del campo d` ello no dejar gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
20 |
Los ojos tengo nublados ya no veo a mi caballo. |
|
--Si el domingo tienes boda y hoy te vienes a convidarme. |
22 |
--Si contigo, Moriana, contigo pensé cassarme. |
|
No lo siento por mí yo de veras te lo digo, |
24 |
es por la pobre de mi madre que quería verme casado contigo.-- |
| |
Nota del colector: El texto entero fue recitado y después cantaron los vv. 1-16.
Variantes de la versión cantada: -2_a un día las iba a verlas; -6b como siembran trigo en grano; -10 quien te ha dicho, Moriana, / te ha dicho cierto y verdade//; -12b pa se omite;
-14 tomara cuatro hojitas/ de aquel lindo solimale//; -15a mojólas.
Otras variantes: -13b y h. el v. d. s. p; -14b solimane; -15b clere; vino clere; -17los dientes tengo menudos / no me pasará d`ello gota//.
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0172:63 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9017)
Versión de Marruecos s. l. (Marruecos).
Recogida antes de 1978 (fecha deducida) (Archivo: AMP). Publicada en Petersen-Web 2009, Texto. 031 hemist. Música no registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Hueso, las siete todas quería, |
2 |
todas iba a verlas día de Pascua florida. |
|
Ya estábase Moriana y en su sala de verano, |
4 |
mirando estaba sus campos cómo se echa el trigo en grano. |
|
Por ahí vido a venir Hueso y abalgado su caballo. |
6 |
--En hora buena, Moriana. --En ella vengas, don Hueso. |
|
Un dicho me habían dicho [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] |
8 |
--Quien te ha dicho, Moriana, te ha dicho cierto y verdades, |
|
y al domingo tengo fiesta, yo vengo a combidarte.-- |
10 |
Como soy yo Moriana fuera el jardín de su padre, |
|
cortara siete hojitas de aquel fino solimane. |
12 |
Las echara en el clare y a Hueso las dio a beber. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, y qué me dates en el clare? |
14 |
Las armas tengo quebradas, ya no veo con los ojos.-- |
|
Hora y media no es pasado, Hueso muerto estaba. |
16 |
--Ahora vete, don Hueso, y a casarte para siempre.-- |
| |
Notas: -4b y -12a hecha, hechara en la copia mecanografiada; -10a Como soy yo (?) más lógico sería Com [e]so oyó Moriana. [= Armistead, CMP 1978: N1.22]. Se trata de una versión manuscrita conservada por la familia Coriat, originariamente de Oran (Argelia) y Tetuán. Bénichou la recoge en Buenos Aires de la señora de Coriat y sus hermanas, Esther Coriat y Camila de Levy, con la ayuda de la señoriat Amada Coriat.
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0172:64 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9018)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recitada por la señora de Coriat y Esther Coriat y Camila de Levy. Recogida en Buenos Aires, Argentina por Paul Bénichou, (Colec.: Bénichou, P.). Publicada en Bénichou 1946, nº XXXV, pp. 97-9. Reeditada en Bénichou 1968b, pp. 156-159. 054 hemist. Música registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Bueso, que siete amigas tenía, |
2 |
y a todas las iba a ver día de Pascua florida, |
|
si no era Moriana, que se le olvidaría. |
4 |
Estábase Moriana sentada en su salverano, |
|
mirando estaba en los campos cómo echaba el trigo el grano. |
6 |
Vido venir a don Bueso, caballero en su caballo. |
|
--En buena hora estís, Moriana. --Don Bueso, en ella vengadeis, |
8 |
que dicho me habían dicho que os queríais casare. |
|
--Quien lo dixo, Moriana, dixo lo cierto y verdade: |
10 |
el domingo tengo boda y os vengo a convidare |
|
a vos y a vuestras donzellas que me hagáis un yantare.-- |
12 |
Como esso oyó Moriana, fuese al vergel de su padre, |
|
cortara siete hojitas de aquel fino solimanes; |
14 |
majólas y bien majólas, y en el vino las fue a echare |
|
y al caballero don Bueso se lo fuera a convidare. |
16 |
--Tomédeis vos, don Bueso, este poquito de vino, |
|
que siete años hazían, siete, que os lo tengo escondido. |
18 |
--Probédeis vos, Moriana, y probédeis vos primero, |
|
que assí haze toda dama que convida a un caballero.-- |
20 |
Ya lo pone Moriana, ya lo ponía a la boca; |
|
los dientes tiene menudos, de ello no passa una gota. |
22 |
Ya lo poma don Bueso, ya lo ponía a la boca; |
|
don Bueso viene cansado, de ello no dexa una gota. |
24 |
--¿Qué me dites, Moriana, qué me dites en el vino? |
|
Las armas tengo en la mano, ya no veo mi rocino. |
26 |
Contigo eran las bodas, contigo eran las fiestas.-- |
|
Como esso oyó Moriana, muerta al suelo se cayera. |
| |
Nota: Se trata de una versión manuscrita conservada por la familia Coriat, originariamente de Oran (Argelia) y Tetuán. Bénichou la recoge en Buenos Aires de la señora de Coriat y sus hermanas, Esther Coriat y Camila de Levy, con la ayuda de la señoriat Amada Coriat.
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0172:76 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 9594)
Versión de Tetuán (Marruecos).
Recogida por Eugenio Silvela, E., entre 1905-1906 (Archivo: AMP; Colec.: Silvela, E.; cinta: H1.15 SGA). Publicada en Petersen Web 2019, Texto. 054 hemist. Música no registrada. |
|
|
Siete amigas tiene Güezo, que siente amigas tenía, |
2 |
a todas las iba a ver días de Pascua florida, |
|
si no era Moriana que se le olvidaría. |
4 |
Estábase Moriana sentada a su soberano, |
|
sembrando estaba su campo como echa el trigo en grano. |
6 |
Vido venir a don Güezo cabalgado en su caballo. |
|
--En hora buena, Moriana. --En ella vengáis, don Güezo, |
8 |
que dicho me habían dicho que vos queríais casase. |
|
--Quien lo ha dicho, Moriana, lo ha dicho sierto y verdade, |
10 |
al domingo tengo y boda; hoy te vine a visitarte.-- |
|
Salto diera Moriana hasta el vergel de su padre, |
12 |
cortara siete hojitas de aquel fino solimane, |
|
majóla bien majóla, en el vino las echara. |
14 |
Cuando viniera don Güezo, se lo pondré a convidare. |
|
--Y prevedís vos, don Güezo, y prevedís vos del vino. |
16 |
--Pruébalo tú, Moriana, pruébalo tú primero, |
|
que así hacen toda la gente que convida a caballeros.-- |
18 |
Ya lo pone Moriana, ya lo pone a la boca; |
|
los dientes tiene menudos, de ellos no colaba gota. |
20 |
Don Güezo viene cansado, de ello no dejaba gota. |
|
--¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el vino? |
22 |
Las armas tengo en mi mano, ya no veo a mi rocino.. |
|
¿Qué me dates, Moriana, qué me dates en el claro? |
24 |
Las armas tengo en mi mano, ya no veo a micaballo. |
|
Contigo eran las bodas, contigo eran las bailas |
26 |
Desdichada de mi madre, que empezó hacer la boda.-- |
|
Como eso oyó Moriana muerta en el suelo quedara. |
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Nota: Corresponde a Armistead, CMP 1978: N1.15.
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0172:11 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 2722)
[2863 Quem Dever a Honra Alheia, contam.]
Versión de Guadalupe (isla de Graciosa, Açores, reg. Açores, Portugal).
Recitada por Rosa Cunha (25a). Recogida en Toronto, Canadá por Manuel da Costa Fontes y Maria-João Câmara Fontes, (Archivo: ASF; Colec.: Fontes Can1978). Publicada en Costa Fontes 1979d, [Canadá] 150. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 188, N1, tipo a. 040 hemist. Música registrada. |
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|
--O que tens, ó Juliana, qu` estás tão triste, a chorar? |
2 |
--É verdade, ó minha mãe, que o Dom Jorge vai casar. |
|
--Não te dizia, minha filha? Não quiseste acreditar |
4 |
que Jorge tinha olho para mais duma enganar. |
|
--Minha mãe `teje descansada, que desta me vou vingar; |
6 |
ele não quis casar comigo, com outra não vai gozar.-- |
|
Lá vem o senhor Dom Jorge montado no seu cavalo. |
8 |
--Boa tarde, Juliana, como vais e tens passado? |
|
--Parabéns, senhor Dom Jorge, já sei que vai casar. |
10 |
--É verdades, ó Juliana, eu te venho convidar. |
|
--Espera lá, senhor Dom Jorge, enquanto eu vou ao sobrado, |
12 |
buscar um copo de vinho que para si tenho guardado. |
|
--O que foi, ó Juliana, que deitastes neste vinho? |
14 |
Tenho a vista tão escura, já não sigo o meu destino. |
|
Minha mãe pensava agora de seu filho estar vivo. |
16 |
--Também a minha pensava de tu casares comigo. |
|
--Ó filha, o que foste fazer, que vais para a cadeia penar |
18 |
o resto da tua vida, tua alma a chorar? |
|
--Não m` importa ir p`à cadeia, não m` importo de chorar, |
20 |
só pela garantia ele com outra não casar.-- |
| |
Nota: La informante era natural de Guadalupe, Graciosa (Azores). =SGA N1.
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0172:41 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 6973)
Versión de Ponta Delgada (c. Ponta Delgada, isla de S. Miguel, Açores, reg. Açores, Portugal).
Recogida por Francisco de Arruda Furtado, publicada en Braga 1883, 197 y Braga 1987-1989, 103. Reeditada en RGP I 1906, (reed. facs. 1982) 89-90; MMP ASW 1900, p. 99; MMP ASW 1945, p. 226; comunicada al CNFL en Rio de Janeiro (Brasil) en 1949 por Fausto Teixeira y Redol 1964, 351; Cortes-Rodrigues 1987, 261; Carinhas 1995, II. 50; RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1020, p. 232. © Fundação Calouste Gulbenkian. 022 hemist. Música registrada. |
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|
--Deus te salve, Juliana, sentada no teu estrado. |
2 |
--Deus te salve a ti, Dom Jorge, em cima do teu cavalo. |
|
--Eu venho-te convidar, se queres ir ao meu noivado. |
4 |
--Espera-me aí, Dom Jorge, espera-me um poucochinho, |
|
enquanto te vou buscar uma taça de bom vinho.-- |
6 |
--Que me deste, Juliana, nesta taça com bom vinho, |
|
que tenho o freio na mão, não enxergo o cavalinho? |
8 |
--Aí servirá de exemplo, a quem o quiser tomar: |
|
quem deve as honras alheias, consigo irá pagar.` |
10 |
--Já minha madre o sabe, que não tem o seu menino! |
|
--Já minha madre o sabe, que eu que não tenho marido.-- |
| |
Variante: -5b com (1887-1889).
Variantes no ortográficas de la edición de T. Braga: -5b taça com bom vinho; -9b com si; -11b que eu que não.
Variantes no ortográficas de la edición de Menéndez Pelayo: -11b que eu que não.
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0172:42 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 6974)
Versión de Vila Franca do Campo (c. Vila Franca do Campo, isla de S. Miguel, Açores, reg. Açores, Portugal).
Recogida por Urbano de Mendonça Dias, publicada en Dias 1922, 114-115. Reeditada en Carinhas 1995, 50-51 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1021, pp. 232-233. © Fundação Calouste Gulbenkian. 045 hemist. Música registrada. |
|
|
--Deus te salve, Laureana, costurando teu bordado. |
2 |
--Deus te salve, Leonardo, em teu cavalo montado. |
|
Já cá me chegou a nova que te havias casado. |
4 |
--Quem te disse não mentiu, mas foi talvez apressado, |
|
já se passaram escritos, vai-se passar o mandado. |
6 |
--Entra, entra em meu portal, por onde tens sempre entrado, |
|
no jardim te vou esperar, como outrora, Leonardo, |
8 |
quando juravas que eras meu amor, meu namorado.-- |
|
Entrou logo no jardim, a um canto se foi pôr. |
10 |
--Toma, toma, Leonardo, este copo de licor, |
|
sempre me lembro que foste o meu primeiro amor. |
12 |
--Que me deste, Laureana, que é de tanto amargar? |
|
--Um licor que preparei, somente para te matar, |
14 |
não vives mais que uma hora, que o licor é resalgar. |
|
--Ó minha mãe, minha mãe, que será que hei-de dizer, |
16 |
que o teu filho Leonardo, de veneno vai morrer, |
|
à porta de Laureana, pelo seu muito mal querer. |
18 |
--O que não dirá meu pai, quando souber da cilada, |
|
que armou a sua filha, porque se via enganada, |
20 |
[. . . . . . . . . . . . . . . . . . .] nem solteira, nem casada. |
|
--Não há justiça na terra que crimine Laureana, |
22 |
devia-lhe casamento e porque era leviano, |
|
com outra ia casar, ó triste sorte tirana.-- |
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0172:37 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6969)
Versión de Nave de Haver (c. Almeida, dist. Guarda, Beira Alta, Portugal).
Documentada en o antes de 1957. Publicada en Reinas 1957, 422. Reeditada en Galhoz 1987-1988, 315 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1016, p. 229. © Fundação Calouste Gulbenkian. 020 hemist. Música registrada. |
|
|
--Que tanhes tu `i, ó Juliata, que tã trist` istás a tchurar? |
2 |
--Já p`r` aí óvi dizer que Jorgi s` ià casar. |
|
--Nu iá mintira nainhuma, nu qu`rias acreditar, |
4 |
par` `ó dia do casamento para m` ires àcumpanh. |
|
--Ispár` aí, sinhor Jorgi, que vô im cima do mê sobrado |
6 |
buscar um copo de vinho qu` ê le tenho górdado.-- |
|
--Que fizástais, Juliata, que fizéstais tu `ó vinho? |
8 |
Já tênh` a vista turva, já nu incharg` o caminho. |
|
Bainhe cuidav` à nha mainhe qu` ê `inda `stava vivo. |
10 |
--Tamainh` a minha cuidava que tu casavas comigo.-- |
| |
Nota del editor de RºPortTOM 2003: Por se tratar de uma versão cuja transcrição tenta "representar" a fonética da área onde foi recolhida, optámos por apresentar, a seguir, uma fixação `normativa` da mesma, a fim de se tornar mais compreensível.
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0172:38 Veneno de Moriana (á+estróf.) (ficha no.: 6970)
Versión de Vilar Seco de Nelas (c. Nelas, dist. Viseu, Beira Alta, Portugal).
Recitada por una joven. Recogida 00/00/1930 Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 110, nº 545. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1017, pp. 229-230. © Fundação Calouste Gulbenkian. 032 hemist. Música registrada. |
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|
--Que tens tu, ó Juliana, que estás disposta a chorar? |
2 |
--É o Dom Jorge, mamãe, que com outra vai casar. |
|
--Bem te disse, ó Juliana, mas não qu`rias acreditar, |
4 |
O Dom Jorge tinha ideias de toda a moça enganar. |
|
Já lá vem o seu Dom Jorge, em seu cavalo montado.-- |
6 |
--Deus te salve, ó Juliana, com teu corpinho apertado. |
|
--É verdade, ó seu Dom Jorge, que você se vai casar? |
8 |
--É verdade, ó minha rosa, eu te venho convidar. |
|
--Espere aí, ó seu Dom Jorge, enquanto vou no sobrado |
10 |
buscar um cálice com vinho que eu p`ra sim tenho guardado.-- |
|
--Que fizeste, Juliana, a este cálice com vinho? |
12 |
Tenho minha vista escura, não enxergo o caminho. |
|
Minha mãe, por esta hora, julgava o seu filho vivo. |
14 |
--Também a minha julgava que tu ficavas comigo. |
|
Já morreu o seu Dom Jorge, já morreu, já se acabou; |
16 |
agora já me vinguei, que com outra não casou.-- |
| |
Nota: Cantam nas sachas, ão cascar o milho, etc.
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0172:39 Veneno de Moriana (á+estróf.) (ficha no.: 6971)
Versión de Ervedosa do Douro (c. S. João da Pesqueira, dist. Viseu, Beira Alta, Portugal).
Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 109, nº 543. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1018, pp. 230-231. © Fundação Calouste Gulbenkian. 050 hemist. Música registrada. |
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|
--Tu que tens, ó Juliana, que estavas a suspirar? |
2 |
--Chegou-m` agora a notícia, João Jorge s` ia casar. |
|
--Bem te disse, Juliana, não quisest` acraditar: |
4 |
João Jorge tem por costume de toda a moça enganar; |
|
deixa-t` estar, Juliana, no teu camarim sentada, |
6 |
lá baixo vem no João Jorge no seu cavalo montado.-- |
|
--Tu vens aí, ó João Jorge? Dizem que te vais casar. |
8 |
--É verdade, ó Juliana, venho-te cá convidar. |
|
--Espera aí, João Jorge, que eu vou ali ao sobrado |
10 |
buscar um copo de vinho que para ti está guardado.-- |
|
--Que fizeste, Juliana, a este copo de vinho? |
12 |
Ainda o agora bebi, já num inxergo o caminho. |
|
Quando minha mãe cuidava que tinha seu filho vivo. |
14 |
--Também na minha cuidava que o senhor casava comigo! |
|
--Venha tinta e papel, venha também no escrivão, |
16 |
que eu quero deixar escrito o pago que as mulheres dão. |
|
--O pago que as mulheres dão, o pago que os homens dão. |
18 |
--Cala-te lá, Juliana, vais presa p`ra a Relação. |
|
--O castigo que eu tiver cabe na palma da mão: |
20 |
eu matei a João Jorge com vinho no coração. |
|
Vejam bem, ó meus senhores, `inda `stou co` o copo na mão; |
22 |
`inda nem pude entrar a casa com esta grande paixão. |
|
Digam lá, ó meus senhores, se quer quadras no caixão. |
24 |
--Não quero quadras no caixão nem nada que for dela, |
|
só queria o meu pai vivo, que sempre morreu por ela.-- |
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0172:46 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 8016)
Versión de Longroiva (c. Meda, dist. Guarda, Beira Alta, Portugal).
Recogida por Pe. Joaquim Manuel Rebelo, 00/00/1964 publicada en Rebelo 1964, p. 134. 020 hemist. Música registrada. |
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|
--Bons dias, ó Juliana, bons dias lh`eu venho dar. |
2 |
--Disseram-me agora, ali, Jorge se ia a casar. |
|
--E verdade, ó Juliana, já t` eu venho a convidar, |
4 |
no dia do meu casamento, se me queres acompanhar. |
|
--Espere ai, o senhor Jorge vou lá cima ó meu sobrado |
6 |
buscar um copo de vinho, que eu já lho tinha guardado.-- |
|
--Que me deites, ó Juliana dentro do copo de vinho? |
8 |
Já tenho a vista escura, já não enxergo o caminho. |
|
Coitada da minha mãe julga que eu ainda estou vivo. |
10 |
--Também a minha julgava que tu casavas comigo.-- |
| |
Nota: conservo el nombre del recolector/editor tal como aparece en mi bibliografía (y en otras anteriores) aunque, encabezando la fotocopia que manejo de las pág. impresas de la Revista de Etnografia (fotocopia hecha en el AMP), T. Catarella, quien en su día preparaba las versiones del Veneno de Moriana, ha escrito a mano los datos bibliográficos, incluyendo "Recogida por Joaquim Manuel Rebeldo".
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0172:44 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 8014)
Versión de Serra da Estrêla (c. Póvoa de Varzim, dist. Porto, Douro Litoral, Portugal).
Recogida por Maria Luisa Pacheco, (Archivo: AMP; Colec.: María Goyri-Ramón Menéndez Pidal). Publicada en Petersen-Web 2006, Texto. Reeditada en Petersen-Web 2000-2007, Texto. 032 hemist. Música no registrada. |
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|
--Que tevis tu, ó Julieta que vais tão triste a chorar? |
2 |
--Choro, minha mai, en choro, porque o Jorge vai casar. |
|
--Ó filha, bem te dizia, não querias acreditar |
4 |
que os passos que o Jorge dava era só p`ra te enganar. |
|
--Não se rele, minha mai, nem meu pai que me creou, |
6 |
que o Jorge também se engana como a mim me enganou; |
|
minha mãi, lá vem o Jorge sentado no seu cavalo.-- |
8 |
--Bom dia, ó Julieta, en venho muito cansado. |
|
--Deram-me outem por notícia que tu te ias casar. |
10 |
--E verdade, ó Julieta, eu te venho convidar. |
|
--Espere aí um bocadinho que eu vou lá acime ao sobrado, |
12 |
buscu um copo de vinho que p`ra ti estava guardado.-- |
|
--Que deitaste n`este copo, que deitaste n`este vinho? |
14 |
Tenho minha vista turva não vejo bem o caminho. |
|
Minha mãi está julgando que tem o seu filho vivo. |
16 |
--Também a minha julgava que tu casavas comigo.-- |
|
--Bôa tarde, senhor juiz, me venho dar a prisão |
16 |
--Vai-te embora, Julieta, que tu tens tôda a razão.-- |
| |
Nota: no lleva fecha de recolección la versión, pero la copia mechanografiada en el AMP no es posterior a mediados de los años setenta.
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0172:40 Veneno de Moriana (á+estróf.) (ficha no.: 6972)
Versión de Madeira s. l. (dist. Funchal, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal).
Recitada por una señora alentejana. Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 111, nº 546. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1019, p. 231. © Fundação Calouste Gulbenkian. 038 hemist. Música registrada. |
|
|
--Salve Deus, ó Moliana, no vosso estado real! |
2 |
--Salve Deus, senhor Dom Bone, senhor do vosso cavalo! |
|
Cá me vieram dizer que vós estáveis para vos casar. |
4 |
--Quem vo-lo disse, senhora, falou-vos muito a verdade; |
|
amanhã, por essa hora, s e me quereis acompanhar.-- |
6 |
Levantou-se Moliana, com seu modo real, |
|
foi colher três folhas a seu lindo rosal. |
8 |
--Que me deste, Moliana, neste copo de bom vinho, |
|
que tenho as rédeas na mão e não vejo o meu cavalinho? |
10 |
Mal pensava a minha mãe que o seu filho morria aqui! |
|
--Também minha mãe pensava que vós fôsseis meu marido. |
12 |
--Trata já, ó Moliana, trata já de me enterrar |
|
ao canto do teu jardim, à sombra do teu rosal.-- |
14 |
Moliana, como era boa, todos os dias lhe ia rezar, |
|
quando um dia viu Dom Bone, Dom Bone a passear. |
16 |
--Que fazes aí, Dom Bone, Dom Bone a passear? |
|
--É que venho, Moliana, do outro mundo para te falar. |
18 |
Que a honra de uma donzela não se paga nem com ouro nem com prata, |
|
paga-se com carne para que sua alma não se perca.-- |
| |
Nota de J. L. de Vasconcelos: -19a carne com carne, Isto é, casando.
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0172:12 Veneno de Moriana (á) (ficha no.: 2723)
Versión de Serapicos (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida por José Leite de Vasconcellos, (Colec.: Leite de Vasconcellos). Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, RP II, p. 107, nº 539. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 188, N1, tipo b y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1004, pp. 222-223. 026 hemist. Música registrada. |
|
|
--Apeia-t` ó cavaleiro, qu` havemos d` ir merendar. |
2 |
--Tu que tens, ó Dona Angénia, guardadinho p`ra me dar? |
|
--Tenho vinho d` há sete anos guardadinho p`ra te dar. |
4 |
--Parece-me, ó Dona Angénia, para mim muito guardar. |
|
Dá cá um copo dele que o havemos de provar. |
6 |
Lá no meio da bebida começou-s` a agoniar: |
|
--Que me deste, Dona Angénia, que me fez tanto mal? |
8 |
--Dei-te sangre duma cobra involto com resalgar. |
|
--Coitadinhos dos meus filhos, quem nos há-de criar? |
10 |
Coitada da minha mãe, quem na há-de sustentar? |
|
--Morre, morre, ó cavalheiro, acaba de suspirar! |
12 |
Já que m` inganaste a mim, a outra num hás-d` inganar; |
|
já que casastes com ela, tu nu`na hás-de lograr.-- |
| |
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0172:21 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6953)
Versión de Baçal (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida por Pe. Francisco Manuel Alves (abade de Baçal), hacia 1902 (fecha deducida) y publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 104, nº 534. Reeditada en Marques 1985, 684 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 999, p. 220. © Fundação Calouste Gulbenkian. 016 hemist. Música registrada. |
|
|
--Apeai-vos, ó cavaleiro, dar-vos-ei de merendar. |
2 |
--Que tendes, ó Dona Ausenda, guardado para me dar? |
|
--Tenho vinho de sete anos guardado para vos dar. |
4 |
--Dai-me cá um copo dele, que vo-lo quero provar.-- |
|
Cavaleiro bebeu o vinho, começara a doudear. |
6 |
--Que deitastes vós `ó vinho, que me fez tanto mal? |
|
--Deitei-le a espinha da cobra e o sangue do lagarto vivo, |
8 |
no meio disto tudo ia o rosalgar metido.-- |
| |
Nota del editor de RºPortTOM 2003: Editamos Marques 1985, por ter corrigido Leite de Vasconcellos 1958-1960, II a partir dos manuscritos do Abade de Baçal.
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0172:22 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6954)
Versión de Rebordainhos (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 105, nº 535. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1000, pp. 220-221. © Fundação Calouste Gulbenkian. 022 hemist. Música registrada. |
|
|
--Apeia-te, ó cavaleiro, que te quero dar de merendar. |
2 |
--Que tens tu, ó Dona Eugénia, que tens tu para me dar? |
|
--Tenho vinho de há sete anos para te dar a provar |
4 |
e toucinho de outros sete para te dar a fartar. |
|
--Dá-me cá um copo dele , que me quero regalar.-- |
6 |
Cavaleiro bebeu o vinho e começou a desmaiar. |
|
--Que fizeste ao teu vinho, que me fez tanto mal? |
8 |
--Deitei-lhe cobrinhas novas, pós de lagarto real.-- |
|
Coitada da Dona Infanta, que ficou sem o marido. |
10 |
Coitados dos filhinhos, que ficaram sem o paizinho. |
|
Coitada da Dona Eugénia, que ficou com o crédito perdido. |
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0172:23 Veneno de Moriana (á) (ficha no.: 6955)
Versión de Parada de Infanções (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1958. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 105, nº 536. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1001, p. 221. © Fundação Calouste Gulbenkian. 018 hemist. Música registrada. |
|
|
--Apeia-te, ó cavalheiro, qu` havemos d` ir merendar. |
2 |
--Tu que tens, ó Dona Augénia, tu que tens pera me dar? |
|
--Tenho vinho de há sete anos, guardadinho p`ra te dar. |
4 |
--Dá-me cá um copo dele, que me quero refrescar. |
|
Parece-me, ó Dona Augénia, para mim muito guardar.-- |
6 |
Cavalheiro bebeu o vinho, começou-se a desmaiar. |
|
--Tu que botaste ao teu vinho, qu` a mim me fez tanto mal? |
8 |
--Deitei-lhe camisa de cobra, pós de lagarto real, |
|
lá no meio disso tudo um bebirão a nadar.-- |
| |
Variante: -8b o mais fino resalgar. Nota de J. L. de Vasconcelos: -9b bebirão: víbora.
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0172:24 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 6956)
Versión de Parada de Infanções (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida 00/00/1933 Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 106, nº 537. Reeditada en Pinto-Correia 1984, 270-271 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1002, pp. 221-222. © Fundação Calouste Gulbenkian. 028 hemist. Música registrada. |
|
|
Lá baixo vem o Dom Jorge montado no seu cavalo. |
2 |
--Deus te guarde, Juliana, no teu país sentada. |
|
--Ontem à noite me disseram que tu te ias casar. |
4 |
--É verdade, Juliana, eu te venho convidar. |
|
--Apeia-te, Dom Jorge, não ponha o pé no sobrado, |
6 |
eu tenho um copo de vinho para to dar guardado.-- |
|
--Juliana, Juliana, que deitaste no teu vinho? |
8 |
Ainda agora o bebi, já não vejo o caminho. |
|
Venha papel, venha tinta, venha quem saiba escrever, |
10 |
venha também minha mãe, que estou a acabar de morrer. |
|
--Se estás a acabar de morrer, quero-te ver expirar; |
12 |
eu ainda tenho dinheiro para a tua morte pagar. |
|
--Quando minha mãe pensava que tinha o seu filho vivo! |
14 |
--Também a minha pensava que tu casavas comigo.-- |
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0172:25 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6957)
Versión de Alfeião (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recitada por José Emídío Pereira. Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 106-107, nº 538. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1003, p. 222. © Fundação Calouste Gulbenkian. 026 hemist. Música registrada. |
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|
--Apeia-te, ó cavaleiro, p`ra te dar de merendar. |
2 |
--Tens tu, ó Dona Eugénia, gardadinho p`ra me dar? |
|
--Tenho vinho d` há sete anos qu` eu t` hei-de dar a provar. |
4 |
Enquanto eu ponho a mesa, um copo vou deitar.-- |
|
Cavaleiro bebeu vinho, começou a desmaiar. |
6 |
--Qu` é que lhe deitaste `ó vinho que me fez tanto mal? |
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--Botei-lhe sangue de víbora, pó de lagarto moído, |
8 |
lá no meio disso tudo um resalgar bem mexido. |
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--Coitada da Dona Eugénia, tem no seu crédito perdido; |
10 |
coitada da minha esposa, que fica sem o seu marido; |
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coitados dos meus filhos, que ficam sem o seu abrigo. |
12 |
--Morre, morre, cavaleiro, acaba de suspirar, |
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a Dona Eugénia tem dinheiro p`r`à tua vida pagar.-- |
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Nota: Cantada en las segadas y meriendas.
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0172:26 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6958)
Versión de Carragosa (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida 00/00/1932 Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 110, nº 544. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1005, p. 223. © Fundação Calouste Gulbenkian. 020 hemist. Música registrada. |
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--Apeia-te, ó cavaleiro, dara-te eu de merendar. |
2 |
--Que tens tu, ó Dona Eugénia, que tens tu para me dar? |
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--Tenho vinho de há sete anos, guardadinho p`ra te dar. |
4 |
--Deita cá um copo dele, que me quero refrescar.-- |
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Consoante bubeu o vinho começou-se a desmaiar. |
6 |
--Que deitastes ao teu vinho que me fezo tanto mal? |
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--Deitei-lhe sangue de cobra, pós de lagarto moído, |
8 |
entremeios disso tudo foi um ressalgar metido.-- |
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Coitada da Dona Eugénia que ficou sem seu marido, |
10 |
e coitada de sua mãe que ficou sem no seu filho! |
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Nota del editor: Cantada nas malhas.
Nota: Por lapso os editores de Leite de Vasconcellos 1958-1960, II consideraram esta versão de Carregosa, (concelho de Oliveira de Azemeis) quando a sua proveniência deverá ser Carragosa, (concelho de Bragança).
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0172:27 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6959)
Versión de Alfeião (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recitada por el tío Orvalho. Recogida por Hermilo Branco Ramalhete, publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 111-112, nº 547. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1006, pp. 223-224. © Fundação Calouste Gulbenkian. 022 hemist. Música registrada. |
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--Apeia-te, ó cavaleiro, dara-t` eu de merendar. |
2 |
--Que tens tu, ó Dona Ausénia, guardado para me dar? |
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--Tenho vinho de sete anos para to dar a provar. |
4 |
--Bota cá um copo dele, que me quero refrescar.-- |
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Cavaleiro bebeu o vinho, começou a desmaiar. |
6 |
--Que le botaste `ó vinho, que me fezo tanto mal? |
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--Camisinha de queobra, pós de lagarto moído. |
8 |
--Coitado do meu pai velho, que já está sem no seu filho, |
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coitada de Dona Ausénia, que também está sem no seu marido. |
10 |
--Morre, morre, cavaleiro, acaba já de expirar, |
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que eu `inda tenho dinheiro para a tua morte pagar.-- |
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0172:28 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6960)
Versión de Vila Chã (c. Miranda do Douro, dist. Bragança., Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida por Artur Alves, 00/00/1937 publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 108-109, nº 542. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1007, p. 224. © Fundação Calouste Gulbenkian. 034 hemist. Música registrada. |
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--Tu que tens, Juliana? Passas a vida a chorar. |
2 |
--Eu nada, ó minha mãe, o Dom Jorge vai casar. |
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--Já `li vem o Dom Jorge no seu cavalo assentado. |
4 |
--Deus te guarde, Juliana, no teu tear a trabalhar. |
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--Tenho ouvido dizer que o Dom Jorge vai casar. |
6 |
Espere, Dom Jorge, espere, que eu vou ao sobrado |
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buscar um copo de vinho que p`r`ó senhor tenho guardado.-- |
8 |
--Valha-me Deus, Juliana, que fizeste ao teu vinho? |
|
`Inda agora o bebi, já não enxergo o caminho. |
10 |
Venha papel, venha tinta, venha quem sabe escrever, |
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que eu quero deixar escrito com que se pagar o bem querer. |
12 |
Venha papel, venha tinta, também um escrivão, |
|
que eu quero deixar escrito o pago que as mulheres dão. |
14 |
Coitadinha da minha amada, pensará que `inda sou vivo. |
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--Também minha mãe pensou que tu casavas comigo. |
16 |
Suspire, Dom Jorge, suspire, acabe de suspirar, |
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que eu tenho muito dinheiro p`ra sua morte pagar.-- |
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0172:29 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6961)
Versión de Campo de Víboras (c. Vimioso, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida por José Leite de Vasconcellos, 00/08/1883 publicada en Leite de Vasconcellos 1883a, VII; Leite de Vasconcellos 1886a, 17-18; Leite de Vasconcellos 1938, 1033 y Leite de Vasconcellos 1958-1960, II 107-108, nº 540. Reeditada en Braga 1887-1889, 100-101; RGP I 1906, (reed. facs. 1982) 90; Redol 1964, 350-351; Costa Fontes 1997, 188 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1008, p. 225. © Fundação Calouste Gulbenkian. 018 hemist. Música registrada. |
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--Apeia-te, ó cavaleiro, vamos daí merendar. |
2 |
--Tu que tens, ó Dona Ausênia, guardado para me dar? |
|
--Tenho vinho d` há sete anos guardado para lhe dar. |
4 |
--Eu nu` sei, ó Dona Ausênia, se será muito guardar.-- |
|
--Dona Ausênia, Dona Ausênia, que botastes a este vinho? |
6 |
--Eu botei-lhe resalgar e pós de lagarto moído. |
|
--Ó meus filhos sem ter pai, minha mulher sem marido! |
8 |
Triste de ti, Dona Ausênia, c` o teu crédito perdido! |
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--Apeia-te, ó cavaleiro, vamos daí merendar.-- |
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Nota del editor de RºPortTOM 2003: Editamos Leite de Vasconcellos 1958-1960, II.
Nota de la transcripción en el AMP: La edición de 1960 moderniza la ortografía.
Variantes: -3b te dar (1886/1938); -5b botaste(1886/1938); -6a rosalgar (1886/1938).
Variantes de T. Braga en la Rev. Lusitana: -6a resalgar; -9 omite.
Variantes del Romanceiro geral portuguez: después del -4 añade Dá me cá um cópo d`elle / que o quero provar//; después del -8 consta tenho as rédeas na mao / já num vejo o meu rucinho.--; -9 omite.
Nota: RGP I 1906, (reed. facs. 1982) edita uma versão factícia composta por esta versão e pela nº1009 desta edição. Redol 1964, edita RGP I 1906 (reed. facs. 1982).
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0172:30 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6962)
Versión de Campo de Víboras (c. Vimioso, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1883b, XIV y Leite de Vasconcellos 1958-1960, II 108, nº 541. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1009, pp. 225-226. © Fundação Calouste Gulbenkian. 018 hemist. Música registrada. |
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--Apeia-t` ó cavaleiro, bamos aqui a m`rendar. |
2 |
--Tu que tens ó Dona Ausênia, guardado para me dar? |
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--Tenho binho d` há sete anos, guardado `stá para te dar. |
4 |
--Dá-me cá um copo dele, qui o quero probar. |
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--Dona Ausênia, Dona Ausênia, que botaste neste binho? |
6 |
--Botei-lhe bô` limão doce, pós de lagarto moído. |
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--Ó meus filhos já sem pai, minha mulher sem marido! |
8 |
Triste de ti, Dona Ausênia, com o teu crédito perdido! |
|
Tenho as redias na mão, já num beij` o meu russinho.-- |
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Comentario final: E morreu.
Nota de los editores de RºPortTOM 2003: Editamos Leite de Vasconcellos 1958-1960, II.
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0172:31 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6963)
Versión de Vimioso (c. Vimioso, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida por Pe. José Augusto Tavares, publicada en Tavares 1906, 313-314, nº 3-4 y Tavares 1908-1910, 88. Reeditada en RGP III 1909, (reed. facs. 1985) 365 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1010, p. 226. © Fundação Calouste Gulbenkian. 026 hemist. Música registrada. |
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|
--Apeia-te ó cavaleiro, que haveis de merendar! |
2 |
--Tu que tens, ó Dona Eugénia, guardado para me dar? |
|
--Tenho vinho de sete anos para te dar a provar! |
4 |
--Eu que sei, ó Dona Eugénia, será muito guardar. |
|
Dá-me cá um copo dele, que t` o quero provar.-- |
6 |
Lá no meio da bebida, começou-se a agoniar. |
|
--Que me deste, ó Dona Eugénia, que me fez tanto mal? |
8 |
--Dei-te sangue de uma cobra envolta de um rosalgar. |
|
Já que me enganaste a mim, a outra não has de enganar! |
10 |
--Coitados dos meus meninos, que ficam sem meu abrigo! |
|
Coitada da minha mulher, que fica sem seu marido! |
12 |
--`Spira, `spira, ó cavalheiro, acaba de suspirar; |
|
que eu `inda tenho dinheiro, p`ra tua morte pagar!-- |
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Nota: La edición de T. Braga moderniza la ortografía.
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0172:32 Veneno de Moriana (á) (ficha no.: 6964)
Versión de Mofreita (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 104, nº 533. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1011, pp. 226-227. © Fundação Calouste Gulbenkian. 016 hemist. Música registrada. |
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|
--Apeia-te ó cavaleiro, são horas de merendar. |
2 |
--Que trazes ó Dona Eugénia, que trazes para me dar? |
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--Trago vinho de sete anos, quero-to dar a provar.-- |
4 |
O cavaleiro bebeu vinho, começou-se a agoniar. |
|
--Que botaste a este vinho, que tanto me faz inchar? |
6 |
--Quatro bolas de beleno, a ti te quero matar! |
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--Cala-te lá Dona Eugénia, não deites falas ao vento: |
8 |
a mim me há-de salvar o Santíssimo Sacramento.-- |
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0172:33 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 6965)
Versión de Vinhais (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1928. Publicada en Martins 1928, (Martins 1987) 197. Reeditada en Veloso Martins 1978, 409-410; Pinto-Correia 1984, 270 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1012, p. 227 . © Fundação Calouste Gulbenkian. 022 hemist. Música registrada. |
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|
--Apeia-te ó cavaleiro, dera t` eu de merendar? |
2 |
--Que tens ó Dona Eugénia guardado pra me dar? |
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--Tenho vinho de há sete anos, para te dar a provar. |
4 |
--Deita cá um copo dele, que me quero refrescar.-- |
|
O cavaleiro bebe o vinho e começou a desmaiar. |
6 |
--Que fizeste a este vinho, que me fez tanto mal? |
|
--Botei-te camisas de queobra e pós de lagarto moído, |
8 |
e no meio de tudo isso foi o rosalgar metido. |
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--Coitada da Dona Eugénia que fica co` crédito perdido. |
10 |
--Morre, morre, cavaleiro, e trata de te confessar, |
|
que `inda tenho dinheiro p`ra tua morte pagar.-- |
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0172:34 Veneno de Moriana (estróf.) (ficha no.: 6966)
Versión de Vinhais (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1928. Publicada en Martins 1928, (Martins 1987) 251-252. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1013, pp. 227-228. © Fundação Calouste Gulbenkian. 026 hemist. Música registrada. |
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--Minha mãi, lá vem Dom Jorge no seu cavalo montado. |
2 |
--Deus te guarde, Juliana, no teu camarim sentada. |
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--Por cá me consta, Dom Jorge, que andais p`ra te casar. |
4 |
--É verdade, Juliana, que te venho convidar. |
|
--Espera aí, Dom Jorge, espera mais um bocado, |
6 |
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . enquanto vou `ó sobrado |
|
buscar um copo de vinho que p`ra ti `stava guardado. |
8 |
--Que lhe botaste a este vinho, que me fezo tanto mal? |
|
`Inda agora o bobi, já não posso caminhar. |
10 |
--Quando teu pai cuidava que tinha o seu filho vivo, |
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também minha mãi cuidava que tu casavas comigo.-- |
12 |
Dali se foi p`r`à janela, botou os olhos acima; |
|
adonde `starás agora, ros` bela do meu sentido? |
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0172:35 Veneno de Moriana (í-o) (ficha no.: 6967)
Versión de Vinhais (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1938. Publicada en Martins 1938, (y Martins 1987) 9. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1014, pp. 228. © Fundação Calouste Gulbenkian. 006 hemist. Música registrada. |
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
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--Coitada da sua mãi que ficou sem o filho; |
2 |
coitada da sua esposa que ficou sem o seu marido. |
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Coitada de dona Eugénia que ficou co` o crédito perdido.-- |
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0172:36 Veneno de Moriana (á) (ficha no.: 6968)
Versión de Trás-os-Montes e Alto Douro s. l. (Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 112, nº 548. Reeditada en RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1015, p. 228. © Fundação Calouste Gulbenkian. 016 hemist. Música registrada. |
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--Apeia-te, ó cavaleiro, dera-te eu de merendar. |
2 |
--Tu que tens, ó Dona Eugénia, que é que tens para me dar? |
|
--Tenho vinho de sete anos, guardadinho para te dar. |
4 |
--Dá-me cá um copinho dele, que to quero já provar.-- |
|
O cavaleiro bebeu o vinho, começou a desmaiar. |
6 |
--Que deitastes `ó teu vinho, que me fez tanto mal? |
|
--Deitei-lhe camisa de cobra e pós de lagarto real, |
8 |
por cima de tudo isso um fino resalgar.-- |
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0172:45 Veneno de Moriana (á+í-o) (ficha no.: 8015)
Versión de Carviçães (freg. Carção, c. Vimioso, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recogida por Pe. José Augusto Tavares, 00/00/1908 publicada en Tavares 1908-1910, I (1908). 026 hemist. Música no registrada. |
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--Apeia-te, ó cavalheiro, que hemos d` ir a merendar |
2 |
--Tu que tens, Dona Eugenia, guardado para me dar? |
|
--Tenho vinho de ha sete annos para t`o dar a provar. |
4 |
--Eu que sei, o Dona Eugenia, será muito guardar! |
|
Dá-me cá um copo d`elle, que `inda t`o quero provar.-- |
6 |
Lá no meio da bebida começou-se a agoniar. |
|
--Que me déste, ó Dona Eugenia, que me fizo tanto maí! |
8 |
--Dei-te o sangue de cobra envolto c`um rosaigar; |
|
já que me enganaste a mim, outra não has-de enganar. |
10 |
--Coitada da minha mulher, que fica sem seu marido; |
|
coitados dos meus meninos, que ficam o meu abrigo. |
12 |
--`Spira, `spira, cavalheiro, acaba de suspirar, |
|
que eu ainda tenho dinheiro p`ra tua morte pagar.-- |
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0172:75 Veneno de Moriana (á) (ficha no.: 9591)
Versión de Vale de Espinho (c. Valpaços, dist. Vila Real, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).
Recitada por João Junqueira (64a) y Laurinda Gomes Pires (57a). Recogida por José Joaquim Dias Marques, 13/02/1986 (Archivo: ASFG; Colec.: Fraile Gil, J. M.). Publicada en Fraile Gil Rom-Panhisp.-2 2010+2CD, cd 2, corte nº 103, texto nº VII. E.3bis, pp. 189-190. © Fraile Gil. Reproducida aquí con permiso del editor. 012 hemist.
Música registrada.
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--Apeia-te, ó cavaleiro, que te darei de merendar. |
2 |
--Que tens lá tu, ó Dona Eugênia, de merenda para me dar? |
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--Eu tenho vinho de sete anos para te dar a provar. |
4 |
--Que fizeste tu ao teu vinho, que me está fazendo tanto mal? |
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--Eu deitei-lhe espinha de cobra, lixa de lagarto real. |
6 |
[Arrebanta lá, ó cavaleiro, ou acaba de rebentar--] |
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
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Notas (reproduzco en esta ocasión el extenso comentario de Fraile Gil por su gran utilidad): "Esta versión se utilizaba como cantiga da segada a la hora de la merienda, es decir, cerca de las 5 de la tarde. La elección de la hora era motivada por las referencias a la merienda en los versos 1 y 2. La estructura del canto era así: el hombre canta los dos primeros versos, responde la mujer con el primer hemistiquio del primer verso continuando su compañero con el segundo hemistiquio; repite la mujer el segundo verso completo y sigue el hombre con el tercero; entonces ella vuelve al primer hemistiquio del primer verso y el contesta con el segundo, y así sucesivamente". El editor continúa aclarando por qué el romance no aparece hasta modernamente: "En las grandes colecciones de romances, impresas en los siglos XVI y XVII, no ha quedado rastro de este escalofriante asunto; seguramente porque la historia debió, en sus comienzos, de tener forma de pareados, estructura ésta que no agradaba a los editores de aquella época, quienes por ello desecharon de sus colecciones los romances de seis sílabas y las formas que se asemejaban más a las estrofas líricas que al octosílabo romanceado. En ese germen poliasonante debe de estar el origen de las diferentes asonancias con que el romance ha llegado hasta nosotros por transmisión oral; sirvan como ejemplo de esta diversidad la versión española rimada en [í-o] (vid. la version anterior [9590]) y ésta, la portuguesa, que lo hace en [á]. Restos de aquella antigua estructura paralelística han quedado en las versiones judeoespañolas recogidas en el norte de África. Veamos un ejemplo tetuaní: --¿Qué me dates, Monana? / ¿qué me dates en el vino?/Las armas tengo en la mano, / ya no veo a mi rosino.//¿Qué me dates, Moriana? / ¿qué me dates en el claro?//Las armas tengo en la mano, / ya no veo a mi caballo.// Por cierto, que en estos versos encontramos una frase hecha que llegó a ser lugar común en el habla coloquial del Siglo de Oro, pues en la comedia La morica garrida, escrita por Juan Bautista de Villegas hacia 1620, el gracioso -que acaba de perder su caballo- trae a colación con buen tino los versos del romance: Moriana, Moriana, ¿qué me diste en este vino,//que por las riendas le tengo y no veo al mi rocino?//Moriana en el cercado, / ¿qué me diste en este trago,//que por las riendas le tengo / y no veo al mi caballo?//".
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