Pan-Hispanic Ballad Project

Total: 1


0189:7 Ciego raptor (6+6 estróf.)            (ficha no.: 2729)

Versión de Vinhais (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1928. Publicada en Martins 1928, (Martins 1987) 246-248 y Martins 1938, (y Martins 1987) 91. Reeditada en Schindler 1941; Schindler 1979; Schindler 1991 s.p; Graça [1953], 85-86; Graça Giacometti 1961, 8; Graça - Giacometti s. f., 6; Redol 1964, 278-279; Graça - Giacometti 1966, 6 y Graça 1974, 84-85; Graça - Giacometti 197?, 90-91; Giacometti 1981, 167 y 169; Vai de Roda 1983/LP, 4; Graça 1991, 119; Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 196-197, O3.  068 hemist.  Música registrada.

     --Levanta-te, Mineta,    do doce dormire,
  2   que está um pobre à porta,    num lindo pedire.
     Dá-le uma esmola    ò pobre ceguinho,
  4   dá-le do teu pão    e dá-le do teu vinho.
     --Eu não quero do seu pão    nem quero do seu vinho,
  6   só quero que a Mineta    m` ensine o caminho.
     --Pega na roca    e carrega-a de linho,
  8   e ò pobre cego    ensina o caminho.
     --Adiante, cego,    àquele verde pino;
  10   mais adiante, cego,    que lá vai o caminho.
     --Mais adiante, Mineta,    mais um bocadinho;
  12   eu sou curto de vista,    não vejo o caminho.
     --Adiante, cego,    àquela lombada;
  14   mais adiante, cego,    que ali vai a estrada.
     Valha-me Deus, valha-me,    e a Virgem Maria!
  16   Tanta gente vem    de cavalaria.
     --Cala-te, Mineta,    cala-te, mi vida,
  18   que aquela gente vem    em vossa companhia.
     Esconde-te, Mineta,    esconde-te, mi vida,
  20   esconde-te, Mineta,    debaixo de mi capilha.
     --Nunca vi cego    com tal fantesia,
  22   com espada ò lado    e fita cingida.
     De condes e duques    eu fui pretendida
  24   e agora dum cego    me vejo d` amiga.
     --Cala-te, Mineta,    cala-te, mi vida,
  26   que eu sou dos condes    que tu pretendias.
     Cala-te, Mineta,    cala-te, mi vida,
  28   que a cinta era tua    e a `spada era minha.
     --Passarinhos brancos    que voais arriba,
  30   dizei-l` à minha mãe    que malos anos viva.
     Adeus, minha tia,    adeus, minha terra,
  32   adeus, minha mãe,    que tão falsa me era.
     Passarinhos brancos    que tão altos voais,
  34   dizei-l`à minha mãe    que malos anos haja.--

Nota: Reeditada también en RºPortTOM 2000, vol. 3, nº 1075, pp. 279-280.
Nota del editor de RºPortTOM 2000: En Martins 1928, (Martins 1987) 246-248; Martins 1938, (y Martins 1987) 91 figura apenas a transcric ão musical com os quatro primeiros versos.
Título original: O CEGO (PENTAS., ESTRÓF.) (=SGA O3)

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