Pan-Hispanic Ballad Project

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0200:17 La Gallarda (í-a)            (ficha no.: 2724)

Versión de Izeda (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recogida por José Leite de Vasconcellos, (Colec.: Leite de Vasconcellos). Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, RP, 587. Reeditada en Alvar 1971c, 255-256; Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 189-190, N2 y RºPortTOM 2003, vol. 3, nº 1022, pp. 233-234.  056 hemist.  Música registrada.

     Bem vi estar a Galharda    en su ventana florida
  2   e avistei um cavaleiro    lá nos campos de Sevilha.
     --Buena tarde, ó Galharda,    buena tarde, Galhardina!
  4   --Queiras tu, ó cavalheiro,    vir para minha companhia?--
     E pegou-lhe por um braço    e para su ventana subiam.
  6   Logo à entrada da porta    o cavaleiro estremecia.
     --Que é isto, ó Galharda,    que é isto, Galhardina?
  8   --São cabeças de leitones    criados, comem farinha.
     --É a cabeça de meu pai,    que eu bem na conhecia;
  10   --é a cabeça de meu mano,    que eu bem na conhecia.--
     Mandou fazer de comer    a melhor comida que havia;
  12   sentaram-se ambos à mesa    e o cavaleiro não comia.
     --Porque não comes, cabalheiro,    em minha companhia?
  14   --Já comi a minha merenda,    que a minha mãe ma daria.--
     Mandou fazer a cama    da melhor roupa que tinha
  16   e entre colchas e colchões    punhais de ouro metia.
     Foram-se ambos à cama    e o cabalheiro não dormia.
  18   Lá pelo meio da noite    Galharda se estremecia.
     --Que tens tu, ó Galharda,    que tens tu, prenda minha?
  20   --Falta-me um punhal de ouro    que em minha cama tenía.
     --Esse punhal de ouro    está em minha companhia.--
  22   E pegou-lhe por um braço,    no coração lho metia.
     --Abre-me a porta, porteiro,    e abre-me com alegria!
  24   --A porta não ta aibro,    que Galharda me tira a vida.
     --Abre-me a porta, porteiro,    que Galharda está no sobrado estendida.
  26   --Bem hajas tu, ó cavaleiro,    e mais tua buena vida;
     de dois mil cavaleiros que entraram    só tu saiste com vida.
  28   Dois milhões que ela tem    para os dois os partíramos.--

Nota: En RºPortTOM 2000 la versión figura como publicada en "Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 160-161".
Título original: A Galharda (=SGA N3)

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