Pan-Hispanic Ballad Project

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0204:13 La pedigüeña (cuartetas)            (ficha no.: 2737)

Versión de Rio de Onor (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recitada por Joana Fernandes (69a). Recogida por Manuel da Costa Fontes y Maria-João Câmara Fontes, 16/07/1980 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes TM 1980; cinta: 3A376). Publicada en Costa Fontes 1987c, I, p. 533, nº 709. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 207, Q3.  030 hemist.  Música registrada.

     Xan Guindán quer-se casare    e não tem una mulher buscada;
  2   foi-lhe pedir em namoro    a filha da tia Joana.
     --Boas noites, tia Joana;    donde le foi a rapaça?
  4   --Foi buscar o vaso p`r`à noite,    já le parece que tarda.--
     Estando nestas razones,    entra nena pela porta para dentro.
  6   --Boas noites, Xan Guindán,    trago-te no pensamento.
     --E tu dirás-lo de risa,    mas eu digo-to deveras:
  8   já vai um grande pedaço    qu` estou quentando as canelas.
     --Se queres que eu te queira,    hás-de dar-me o que te pida:
  10   manda hacerme u~a casa    que tenha dois mil dobrones,
     que tire para la calle    ventanas e corredores.
  12   Dentro do meu corredore    hás-de prantar-me u~a parra
     para cuando me levante    não me dê o sol en la cara.
  14   --Vai-t` embora, Xan Guindán,    não m` estejas a tentare;
     `inda sou muito criança,    não pensei em me casare.--

Nota del colector: [el informante] foi entrevistada pouco antes no lado espanhol da sua aldeia, mas recitou esta «cantiga», a qual diz ser galega, na parte portuguesa.
Título original: A NOIVA IMPERTINENTE (ESTRÓF.) (cf. SGA Q3)

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