Pan-Hispanic Ballad Project

Total: 18


0343:1 Floresvento (á)            (ficha no.: 1726)

Versión de Castiñeira (ay. Vilariño de Conso, p.j. Pobra de Trives, ant. Viana do Bolo, Ourense, España).   Recitada por Francisca, a. Moritoo, mendiga. Recogida en Viana do Bolo, Ourense por Alfonso Hervella Courel, (Archivo: AMP). Publicada en RT-Galicia 1998, p. 181.  08 hemist.  Música registrada.

     Crúa o vento, crúa o vento,    roubador do maiorale,
  2   que roubanche tres iglesias    na raia de Portugale;
     deshonrache tres miniñas,    todas de sangre reale;
  4   matache ó padre na iglesia    revestido no altare.
     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Go Back
0343:6 Floresvento (á)            (ficha no.: 2620)

Versión de Portugal s. l. (Portugal).   Documentada en o antes de 1984. Publicada en Dias-Marques 1984-1987, p. 541. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 77, B10, tipo a.  016 hemist.  Música registrada.

     --Ó vento, ó cruel vento,    ó vento, ó ladrão maioral,
  2   roubaste três igrejas,    as melhores de Portugal.
     --Se roubei três igrejas,    tenho com que as pagar.
  4   --Desonraste três meninas,    todas de sangue real.
     --Se desonrei três meninas,    tenho dote para lhes dar.
  6   --Mataste três sacerdotes    revestidos ao altar.
     --Se matei três sacerdotes,    Deus mo queira perdoar.
  8   --O mar por donde andaste    em fogo se há-de tornar.--

Go Back
0343:16 Floresvento (á)            (ficha no.: 6128)

Versión de Velas (c. Velas, isla de S. Jorge, Açores, reg. Açores, Portugal).   Documentada en o antes de 1869. (Colec.: Teixeira Soares de Sousa, J.). Publicada en Braga 1869, (y Braga 1982), 230-231 y Hardung 1887, I. 243-245; Soares de Sousa 1902, 282-284; RGP I 1906 (reed. facs.1982) 221-223. Reeditada en Pinto-Correia 1987a, 152-153; Cortes-Rodrigues 1987, 299-300; Pinto-Correia 1994, 97; Carinhas 1995, II.11-12 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 222, p. 387. © Fundação Calouste Gulbenkian.  044 hemist.  Música no registrada.

     Joãozinho foi jogar,    uma noite de Natal,
  2   ganhou cem dobras d` ouro,    marcadas e por marcar,
     matou um padre de missa,    revestido no altar.
  4   Enganou sete donzelas    que estavam para casar,
     e furtou sete castilos,    todos do paço real.
  6   O seu pai quando tal soube,    quisera-o mandar matar,
     a mãe, como triste mãe,    começou de prantear:
  8   --Não mateis o nosso filho,    que bem custou a criar,
     mandai-o p`ra terras longes,    fóra do céu natural.--
  10   Andando por terras dentro,    começou de perguntar:
     --Aqui onde haverá pão,    p`ra este pobre mercar?
  12   --Nesta terra não há pão,    nem padeira p`r`ó guisar.--
     Andando mais por diante,    começou de perguntar:
  14   --Aqui onde haverá vinho,    para este pobre mercar?
     --Nesta terra não há vinho,    nem se usa cultivar.--
  16   Andando mais para diante,    começou de perguntar:
     --Aqui onde haverá água,    p`ra este pobre mercar?
  18   --Nesta terra não há água,    nem Deus destina a mandar.--
     Andando mais para diante,    começou de perguntar:
  20   --Aqui onde haverá erva,    para este pobre mercar?
     --Nesta terra não há erva,    nem se usa a semeiar.
  22   Foi tal a dor que lhe deu,    que logo santo acabara.--

Nota del editor de RºPortTOM 2000: No verso -4 do original figura Enganon; foi corrigido por se tratar de uma gralha.

Go Back
0343:17 Floresvento (á)            (ficha no.: 6129)

Versión de Ribeira de Areias (c. Velas, isla de S. Jorge, Açores, reg. Açores, Portugal).   Recitada por Mariana da Conceição. Documentada en o antes de 1869. (Colec.: Teixeira Soares de Sousa, J.). Publicada en Braga 1869, (y Braga 1982), 232-233 y Hardung 1887, I. 245-246; Soares de Sousa 1902, 284-286; RGP I 1906, (reed. facs. 1982) 223-224. Reeditada en Redol 1964, 131-132; Pinto-Correia 1987a, 153-154 e 154-155; Cortes-Rodrigues 1987, 295-296; Pinto-Correia 1994, 97-98 y 98-99; Carinhas 1995, II. 12 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 223, pp. 387-388. © Fundação Calouste Gulbenkian.  034 hemist.  Música no registrada.

     Caminhou Flores e Ventos,    uma noite de Natal,
  2   desonrou sete donzelas,    todas de sangue real.
     Arrasou sete cidades    que o pai tinha para lhe dar,
  4   matou seis padres de missa,    revestidos no altar.
     Jogou cem dobrões d` ouro,    marcados e por marcar.
  6   Sua mãe quando tal soube,    logo ao rei foi falar:
     --Não o mateis, senhor rei,    que é o nosso filho carnal,
  8   desterrai-o para longe,    longe do vosso reinado,
     que não tenha pão, nem vinho,    nem comida o seu cavalo.--
  10   --A senhora vende pão,    p`ra ajuda do meu jantar?
     --Não, senhor cavaleiro,    não o há neste lugar.
  12   --A senhora vende cevada,    p`ra dar ao meu cavalo?
     --Não, senhor cavaleiro,    não a há neste cerrado.
  14   --A senhora me desculpe,    que eu sou um pobre vassalo.
     --Deus o encaminhe, senhor,    não tenho que desculpar.--
  16   Sete anos andou em sela,    outros sete andou a pé,
     e foi acabar santamente,    ao adro de Nazaré.

Notas del editor de RºPortTOM 2000: Braga, en RGP I 1906 (reed. facs. 1982), ao reeditar a versão de Braga 1869 (Braga (1982) acrescenta-lhe quatro versos. Correia (1987) e Pinto-Correia 1994, editam, em textos independentes, as divergentes fixações de Braga 1869 (Braga (1982) e RGP I 1906 (reed. facs. 1982). Carinhas 1995, II (en la bibliografía online) edita pelo manuscrito autógrafo de Teixeira Soares. Editamos pelo manuscrito enviado por Soares de Sousa a T. Braga, na carta datada de Velas, 24 de Novembro de 1868 e depositada na Biblioteca e Arquivo Municipal de Ponta Delgada.

Go Back
0343:18 Floresvento (á+estróf.)            (ficha no.: 8903)

Versión de As Lajes das Flores (c. As Lajes das Flores, isla de As Flores, Açores, reg. Açores, Portugal).   Recitada por Maria Pimentel Facha. Recogida por Joanne B. Purcell, 01/08/1969 (Archivo: JBP; Colec.: JBP 1969-1970; cinta: 48B, n° 28, rotação 797). Publicada en Purcell 1987, Ilhas, 6.1, pp. 80-81.  040 hemist.  Música registrada.

     Caminhou Florbento    numa noite de Natal.
  2   Matou sete donzelas    que o rei tinha p`ra casare,
     e abrasou sete cidades    que o rei tinha p`ra lhe dare;
  4   matou cem padres de missa    revestidos no altare.
     --Anda cá, ó Florbento,    que eu te quero amaldiçoar:
  6   terra p` onde tu passares,    pão não há-de dare;
     mulher com que tu casares,    outro seja que há-de gozá-la.
  8   --Se matou sete donzelas,    eu as tenho para os dare
     e se abrasou sete cidades,    eu as tenho p`ra lhe dare
  10   e se matou cem padres de missa,    Deus lhe há-de perdoarei--
     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
     Ia Dona Branca    com um copo na mão
  12   p`rò seu jardim    p`rò seu rosto lavare.
     Passou um cavaleiro
  14   --Anda cá, meu cavaleiro,    uma noite, outra não,
     qu` o meu marido foi à caça    p`ràs partes do Maranhão,
  16   e quando ele de lá vier,    há-de ser um alto serão!--
     --Diz-me lá, ó Dona Branca,
  18   de quem são aqueles dois chapéus    que estão sobre a nossa cadeira?
     --Foi teu pai que tos mandou    p`ra chapéus brancos te meter.
  20   --De quem são aqueles dois cavalos brancos    que estão na nossa estrebaria?
     --Foi teu pai que tos mandou    p`ra cavalos brancos tu teres.--

Nota de la editora: No final da recitação disse: "Agora não sei mais não. Pois ele chegou, pois era o castigo qu` o pai lhe tinha prometido. . . p`ra ele. Tinha outros homens em casa quando ele chegou."

Go Back
0343:19 Floresvento (á+estróf.)            (ficha no.: 8904)

Versión de Ponta Ruiva (freg. Ponta Ruiva, c. Santa Cruz das Flores, isla de As Flores, Açores, reg. Açores, Portugal).   Recitada por Filomena Loriana Freitas. Recogida por Joanne B. Purcell, 20/07/1969 (Archivo: JBP; Colec.: JBP 1969-1970; cinta: 42A, n° 11, rotação 616+ 42B, n° 1, rot. 001). Publicada en Purcell 1987, Ilhas, 6.2, pp. 81-82.  062 hemist.  Música registrada.

     Deus me dera tal ventura    além das águas do mare,
  2   como teve Florevento    numa noite de Natal.
     Abrasou sete cidades    qu` o rei tinha p`ra gozar,
  4   esbaratou cem bronzes d` oiros    qu` o rei tinha p`ra gastar,
     desonrou sete donzelas    qu` o rei tinha p`ra casar,
  6   matou cem padres de missa    revestidos no altar.
     Foi notícia à sua mãe    que Florevento iõ matar.
  8   Sua mãe, que tal ouviu,    tratara de caminhar,
     co` seus vestidos nos braços    sem os poder enfiar,
  10   suas aias e criadas    sem as poder alcançar.
     Quando ao palácio chegou,    logo co` rei foi falar.
  12   Logo le disse que nã queria    que Florevento fosse a matar.
     --Se abrasou sete cidades,    cem aí tem p`ra guardare;
  14   se esbaratou cem bronzes de oiro,    cem aí tem p`ra ajudar;
     se desonrou sete donzelas,    cem aí tem p`ra guardare
  16   e se matou cem padres de missa,    Deus lho queira perdoare:
                                       a morte não se pode pagar!
    
(E ela chamou-o e foi, e diz-lhe assim:)
  18   --Vinde, vinde, ó Florevento,    te quero amaldiçoar:
     os caminhos que por tu passares,    que não te possam suportar,
  20   e a mulher com quem tu casares,    ela te não seja leal!
     Caminhara Florevento,    p`ra longe dela foi casare;
  22   foi casar com Dona Branca,    a mais linda do lugar.
     No cabo de trinta dias,    Floresvento foi à caça.
  24   Caminhara dona Branca    p` o seu jardim passear,
     com um copo d` água na mão    para o seu rosto lavar.
  26   Passaram dois cavaleiros    qu` ali não deviam de passar:
     --Oh, que linda Dona Branca,    quem ma dera namorare!
  28   --Venham, venham . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
     --Quem são aqueles dois homens    que na nossa cama estão?
  30   --Mata, mata, marido,    que a morte eu tenho-te merecido.
     --Não te mato, mulher minha,    mate o Deus que te criou,
  32   que isto são maldições    que a minha mãe me deitou!--

Notas de la editora: -4b esbaratou, `desbaratou`; -7b io, `iam`; -28a a recitadora não recorda o hemistiquio.

Go Back
0343:2 Floresvento (á)            (ficha no.: 2266)

Versión de Baçal (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recitada por Cremilde Augusta Alves (77a). Recogida por Manuel da Costa Fontes y Maria-João Câmara Fontes, 19/07/1980 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes TM 1980; cinta: 6B692). Publicada en Costa Fontes 1987c, I, p. 38, nº 59.  010 hemist.  Música registrada.

     --O vento, ó cruel vento,    ó ladrao maiorale!
  2   Roubaste três igrejas    das melhores de Portugal.
     --Eu roubei três igrejas,    tenho com que as pagar.
  4   --Desonraste três meninas,    todas de sangue real.
     --Eu desonrei as três meninas,    tenho o dote para les dare.--

Go Back
0343:3 Floresvento (á)            (ficha no.: 2267)

Versión de Sacóias (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recitada por Manuel António Gonçalves (71a). Recogida por Manuel da Costa Fontes y Maria-João Câmara Fontes, en dos ocasiones, 17/07/1980+29/07/1980 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes TM 1980; cinta: 7A025). Publicada en Costa Fontes 1987c, I, p. 38, nº 60a-b.  014 hemist.  Música registrada.

     --O vento, ó cruel vento,    ó roubador maioral!
  2   Roubaste as três igrejas    das melhores de Portugal;
     desonraste as três donzelas,    todas de sangue real;
  4   matastes três padres de missa,    revestidos ao altare.
     --Se derrubei as três igrejas,    dinheiro tenho para as pagare;
  6   se desonrei as três donzelas,    dote tenho p`a le dare;
     se matei os três padres de missa,    Deus m` há-de perdoare.--

Variantes da primeira das duas recitacões (17/07/1980): 2b maiores. -3 Omite. -5a Se roubei.. -5b posses (?) tenho p`ra tas p. .-6 Omite. -7a Omite três.. -7b nos há; D. l` há-de variante da segunda recitação.

Go Back
0343:4 Floresvento (á)            (ficha no.: 2268)

Versión de Santalha (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recitada por João Evangelista Telo (67a). Recogida por Manuel da Costa Fontes y Maria-João Câmara Fontes, 15/08/1980 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes TM 1980; cinta: FB139;61b: FB207). Publicada en Costa Fontes 1987c, I, p. 39, nº 61a-b.  014 hemist.  Música registrada.

     --O vento, ó cruel vento,    ó roubador maioral!
  2   Derrubaste as três igrejas    mais nobres de Portugal.
     --Se derrubei as três igrejas,    eu as mandarei levantare.
  4   --Mataste três sacerdotes,    revestidos no altare.
     --Se matei os três sacerdotes,    Deus me queira perdoare.
  6   --Desonraste as três meninas,    todas de gente real.
     --Desonrei as três meninas,    tenho dinheiro p`r`às adoptar.--

Variantes da primeira recitaçaõ: -1a --Cruel v. -2b lindas. 3-5 só um v.: Cruel vento, ó cruel vento, / eu t` hei-de amaldiçoar.// -6 Omite.
Como seria de esperar, a segunda recitação, gravada depois do informador ter recitado mais alguns romances, é muito mais completa.

Go Back
0343:5 Floresvento (á)            (ficha no.: 2269)

Versión de Carção (c. Vimioso, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recitada por António Albino Machado Andrade (67a). Recogida por Manuel da Costa Fontes y Maria-João Câmara Fontes, 01/08/1980 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes TM 1980; cinta: 19A208). Publicada en Costa Fontes 1987c, I, pp. 39-40, nº 62.  023 hemist.  Música registrada.

     --Cruel vento, ó cruel vento,    roubador maioral!
  2   Roubaste as três igrejas,    as melhores de Portugal.
     --Se roubei as trê igrejas,    dinheiro tenho para as pagare.
  4   --Cruel vento, ó cruel vento,    derrubador maioral:
     Roubaste as sete fortunas,    as melhores de Portugal.
  6   --Se roubei as sete fortunas,    com elas m` hei-de governare.
     --Cruel, ó cruel vento,    roubador maiorale!
  8   Roubaste as três meninas    mais lindas de Portugal.
     --Pois se roubei as meninas,    dinheiro tenho p`r`às pagare.
  10   --Cruel vento, cruel vento,    a honra das meninas
     com dinheiro não se paga.    [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .]
  12   Tu hás ir a pagare    mas é às cadeias de Portugal.--
     (Depois foi preso. E acabou.)

Go Back
0343:8 Floresvento (á)            (ficha no.: 6120)

Versión de Parada de Infanções (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1958. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, I, 43-44. Reeditada en Viegas Guerreiro 1976, 33; Viegas Guerreiro 1982, 31; Alvar 1982, 245; Pinto-Correia 1984a, 155; Pinto-Correia 1986a, 45-46; Pinto-Correia 1987a, 161-162 y Di Stefano 1993, 429-430; Pinto-Correia 1994, 102-103; RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 214, pp. 382-383. © Fundação Calouste Gulbenkian.  028 hemist.  Música no registrada.

     --Ó vento, ó cruel vento,    ó roubador maioral!
  2   Derrubaste três cidades,    todas três em Portugal;
     desonraste três donzelas,    todas de sangue real;
  4   mataste três inocentes,    todos três por baptizar.
     Foge, foge, ó cruel vento,    p`r`às bandas de além do mar.
  6   Não terás donde passares,    nem água t` hão-de qu`rer dar;
     as fontes donde beberem    logo se hão-de secar;
  8   a mesa donde comeres,    logo se há-de escachar;
     e a cama donde dormires,    em fogo s` há-de abrasar.
  10   Foge, foge, ó cruel vento,    p`r`às bandas dalém do mar.
     --Se derrubei três cidades,    tenho com que as pagar;
  12   se desonrei três donzelas,    dote tenho p`ra la dar;
     se matei três inocentes,    Deus me queira perdoar.
  14   --Ó vento, ó cruel vento,    ó roubador maioral!--

Variantes: -2a e -11a. igrejas.
Nota del editor de RºPortTOM 2000: Guerreiro (1976 y 1982) editam apenas 4 versos desta versão.

Go Back
0343:9 Floresvento (á)            (ficha no.: 6121)

Versión de Bragança s. l. (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Recogida por Pe. Francisco Manuel Alves (abade de Baçal), hacia 1902 (fecha deducida) y publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, I, 44. Reeditada en Redol 1964,129-130; Alvar 1982, 246; Dias Marques 1985, 648; Pinto-Correia 1987a, 162; Pinto-Correa 1994, 103 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 215, p. 383. © Fundação Calouste Gulbenkian.  018 hemist.  Música no registrada.

     --Cruelvento, Cruelvento,    roubador maioral!
  2   Derrubaste três castelos,    no reino de Portugal;
     mataste três padres de missa,    revestidos `ó altar;
  4   desonraste três donzelas,    todas de sangue real.
     Vai-te embora, cruel vento,    lá p`r`às ondinhas do mar.
  6   Os rios onde tu passares,    logo se hão-de turbar;
     a fonte onde beberes,    logo se há-de secar;
  8   a mulher que tu tiveres,    nunca t` há-de ser leal;
     os filhos que tu tiveres,    nunca os há-de lograr.--

Nota del editor de RºPortTOM 2000: Editamos Marques (1985b) por ter corrigido Leite (1958) a partir dos manuscritos do Abade de Baçal.

Go Back
0343:10 Floresvento (á)            (ficha no.: 6122)

Versión de Babe e Palácios (c. Bragança, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 482. Reeditada en Graça - Simões - Giacometti et al 1961, 3; Pinto-Correia 1987a, 164; Pinto-Correa 1994, 104 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 216, p. 384. © Fundação Calouste Gulbenkian.  014 hemist.  Música no registrada.

     --Ó Bento, ó cruel Bento,    ó roubador maioral!
  2   Derrubaste três castelos,    todos três em Portugal;
     desonraste três donzelas,    todas de sangue real,
  4   e mataste um sacerdote,    revestido no altar.
     --Se derrubei os castelos,    mandá-los-ei levantar;
  6   se desonrei três donzelas,    tenho dote p`ra lhes dar;
     se matei o sacerdote,    Deus me há-de perdoar.--

Go Back
0343:11 Floresvento (á)            (ficha no.: 6123)

Versión de Salselas (c. Macedo de Cavaleiros, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1958. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, I, 43. Reeditada en Redol 1964, 129; Alvar 1982, 242-243; Pinto-Correia 1987a, 160-161; Pinto-Correa 1994, 102 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 217, p. 384. © Fundação Calouste Gulbenkian.  022 hemist.  Música no registrada.

     --Cruelvento, Cruelvento,    derrubador maioral!
  2   Derrubaste três igrejas    das melhores de Portugal.
     --Se derrubei três igrejas,    dinheiro tenho para as pagar.
  4   --Cruelvento, Cruelvento,    derrubador maioral!
     Mataste três sacerdotes,    revestidos no altar.
  6   --Se matei três sacerdotes,    dinheiro tenho p`r`ós pagar.
     --Cruelvento, Cruelvento,    derrubador maioral!
  8   Desonraste três donzelas    das melhores de Portugal.
     --Se desonrei três donzelas,    dinheiro tenho p`ra lhes dar;
  10   eu tenho muito dinheiro    para as donzelas dotar,
     p`ra, quando chegar o dia,    elas poderem casar.--

Go Back
0343:12 Floresvento (á)            (ficha no.: 6124)

Versión de Vimioso s. l. (c. Vimioso, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1983. Publicada en Leite de Vasconcellos 1883, IX; Leite de Vasconcellos 1886, 19 y RGP I 1906, (reed. facs. 1982) 221; Leite de Vasconcellos 1938, 1035. Reeditada en Galhoz 1957, 492; Leite de Vasconcellos 1958-1960, 44-45; Alvar 1982, 247; Pinto-Correia 1984, 154; Pinto-Correia 1987a, 157-158 y 163; Pinto-Correa 1994, 100 y 103-104 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 218, p. 385. © Fundação Calouste Gulbenkian.  017 hemist.  Música no registrada.

     218.
     --Cruelbento, Cruelbento,    ah! roubador maioral,
  2   derrubaste três cidades,    todas três em Portugal;
     desonraste três donzelas,    todas de sangue real;
  4   mataste um padre de missa,    rebestido num altar:
     o cal`ce tinha na mão    e a hostia p`ra consagrar.
  6   --Se derrubei três cidades,    tenho com q` as eu pagar;
     [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .]    tenho ouro p`r`ás casar;
  8   matei um padre de missa,    Deus mo há-de perdoar.
     Cruelbento, Cruelbento,    ah, roubador maioral!--

Nota del editor de RºPortTOM 2000: Pinto-Correia (1987 y 1994) edita, em textos independentes, as divergentes fixações da mesma versão estabelecidas por Leite (1886) e Leite (1958-1960).

Go Back
0343:13 Floresvento (á)            (ficha no.: 6125)

Versión de Vinhais s. l. (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1928. Publicada en Martins 1928, (Martins 1987) 219. Reeditada en Pinto-Correia 1984, 154-155; Pinto-Correia 1987a, 159; Pinto-Correa 1994, 101 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 219, p. 385. © Fundação Calouste Gulbenkian.  019 hemist.  Música no registrada.

     --Cruelvento, Cruelvento,    ah, roubador maioral!
  2   Derrubaste três igrejas    todas três em Portugal;
     desonraste três donzelas    todas três de sangue real;
  4   mataste três padres de missa    antes do galo cantar,
     [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .]    revestidos `ó altar,
  6   o cal`ce tinham na mão    e a hóstia por consagrar.
     As fontes donde tu bebes    elas se hão-de turbar,
  8   os roubos que fizeste    à África irás pagar,
     o navio donde tu fores    se há-de ir a afundar.
  10   Cruelvento, Cruelvento,    ah, roubador maioral!--
     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Go Back
0343:14 Floresvento (á)            (ficha no.: 6126)

Versión de Vinhais s. l. (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1938. Publicada en Martins 1938, (y Martins 1987) 26. Reeditada en Pinto-Correia 1987a, 160; Pinto-Correa 1994, 101 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 220, p. 386. © Fundação Calouste Gulbenkian.  011 hemist.  Música no registrada.

     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
     [. . . . . . . . . . . . . . . . . . .]    --Deus te não há-de perdoar;
  2   --Se derrubei três igrejas,    tornarei-as a levantar,
     se desonrei três donzelas,    tenho dote p`ra lhe dar,
  4   se matei padres de missa,    Deus me queira perdoar.
     --Vai-te embora, Cruelvento,    lá para as ondas do mar,
  6   aonde não há pão nem vinho,    nem coisas a que fazer mal.--
     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Go Back
0343:15 Floresvento (á)            (ficha no.: 6127)

Versión de Vinhais s. l. (c. Vinhais, dist. Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal).   Documentada en o antes de 1906. Publicada en Tavares 1906, 297. Reeditada en Pinto-Correia 1987a, 158-159; Pinto-Correa 1994, 100-101 y RºPortTOM 2000, vol. 1, nº 221, p. 386. © Fundação Calouste Gulbenkian.  016 hemist.  Música no registrada.

     --Cruelvento, Cruelvento,    ó roubador maioral,
  2   tu roubaste três milhões    `ó reino de Portugal;
     tu roubastes três donzelas,    todas de sangue real;
  4   matastes um padre de missa    revestido `ó altar.
     --Se roubei os três milhões,    `inda os tenho para os dar;
  6   se roubei as três donzelas,    tenho dote para lhes dar;
     se matei padre de missa,    Deus me queira perdoar!
  8   --Vai-te embora, Cruelvento,    lá para essas ondas do mar.--

Go Back
Back to Query Form