Pan-Hispanic Ballad Project

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0362:1 Maravilhas do meu vello (á)            (ficha no.: 1766)

Versión de A Cova (ay. Saviñao, p.j. Monforte de Lemos, Lugo, España).   Recitada por María Saco Novoa (50a). Recogida por Jesús Bal y Gay y Eduardo Martínez Torner, 00/00/1928 (Archivo: AMP). Publicada en Torner - Bal 1973, II, pp. 152-153, nº. 645 (Música, I, p. 307, nº. 645). Reeditada en RT-Galicia 1998, p. 351.  016 hemist.  Música registrada.

     --Novedades traigo eu    do meu vello que contar,
  2   que me deu real e medio    para vestir e calzar.
     Levanteime ben cediño    para todo madrugar,
  4   vin estar o vello morto    tras das portas do quintal;
     funme tras da choradeira    pra que m`oíse chorar,
  6   ben chorado, mal chorado,    o vello vaise enterrar.
     Enterralo ben abaixo,    sete varas de medir,
  8   que el era amigo das nenas,    que non volva a rexuxir.

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0362:2 Maravilhas do meu vello (estróf.)            (ficha no.: 2884)

Versión de Portugal s. l. (Portugal).   Documentada en o antes de 1913. Publicada en Thomás 1913, Velhas Canções, pp. 173-75. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 352, X27.  058 hemist.  Música registrada.

     Maravilhas do meu velho    eu estou para contar,
  2   que me deu real e meio    para vestir e calçar,
     e o resto que crescesse    lho tornasse a entregar.
  4   --Se eu casar contigo, velho,    há-de ser co`a condição
     de eu dormir em boa cama    e tu, velho, nesse chão.
  6   Se eu casar contigo, velho,    há-de ser co`a condição
     de eu comer o bom pão alvo    e tu, velho, o de rolão.
  8   Se eu casar contigo, velho,    há-de ser co`a condição
     de eu beber sempre bom vinho    e tu, velho, o carrascão.
  10   Se eu casar contigo, velho,    há-de ser co`a condição
     de eu ter vestidos de seda    e tu só de camelão.--
  12   Tudo o maldito aceitou,    fizemos o casamento;
     logo no dia seguinte    começou o meu tormento.
  14   Fez-me passar muita fome,    era pior que um judeu;
     nunca um velho mais socancra    neste mundo apareceu.
  16   Vindo eu de manhã cedo    de regar o meloal,
     encontrei meu velho morto    na porteira do quintal.
  18   Vou já chamar as vizinhas    para o velho amortalhar;
     venham logo as carpideiras    para no enterro chorar.
  20   Ó irmãos da confraria    levem-no já a enterrar;
     façam na cova bem funda,    que ele pode cá voltar.
  22   Que seja longe do povo,    arredado dos quintais,
     que ele era amigo de peras    e de cerejas bicais.
  24   Fui chamar o sacristão    para os sinos ir dobrar;
     por dentro ia-me a rir,    mas por fora ia a chorar.
  26   Lá o meteram na tumba,    lá o foram enterrar;
     a cova ficou bem funda    para o velho descansar.
  28   Quando voltei para casa    já cansada de chorar,

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