2863:1 Quem Dever a Honra Alheia (á) (ficha no.: 2692)
Versión de Madeira s. l. (dist. Funchal, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal). Recogida por Pere Ferré, Manuel da Costa Fontes, y Maria-João Câmara Fontes, (Archivo: ASF; Colec.: Fontes TM 1980). Publicada en Costa Fontes 1987c, pp. xliii-xliv. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 155-156, K6. 032 hemist. Música registrada. |
*--Trata, trata, Moliana, trata já de m` enterrar | |
2 | no canto do tê jardim, no fundo do tê rosal.-- |
Moliana, arrependida, à cova l`ia rezar; | |
4 | um dia por ali viu Dom Bruno a passear. |
--Que fazeis aqui, Dom Bruno, neste jardim de mê pai? | |
6 | --Ê venho, Moliana, d` outro mundo te falar. |
Venho dar os bons conselhos a quem los quiser tomar: | |
8 | quem dever a honra alheia, que trate de a pagar, |
que a honra duma donzela não se paga com zombar. | |
10 | Paga-se corpo com corpo, p`r`à nossa alma não penar. |
P`ra qu` a alma não pene como a minha anda a penar, | |
12 | o corpo no inferno a arder e a alma por aqui a chorar. |
Eu te digo, Boliana, que não me tornes a rezar, | |
14 | qu` uma alma que `tá em pena, `inda mais a faz penar, |
qu` eu de noite apanho lenha p`ra de dia me queimar, | |
16 | qu` eu devia a honra a sete, não m` espero de salvar.-- |
Nota: Según la convención editorial del editor (el asterisco delante del primer verso), se trata de una versión facticia (o sintética), formada de versos de varias versiones recogidas en Madeira (Ferré, Subsídios, 1982) y una de Trás-os-Montes (1980). Nota del editor: Este romance só sobrevive como apêndice a algunas versões de Veneno de Moriana N1 [0172]. Título original: QUEM DEVER A HONRA ALHEIA (Á) |