Pan-Hispanic Ballad Project

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2870:1 Os Calvos (ú-a)            (ficha no.: 2709)

Versión de Algarve s. l. (dist. Faro, Algarve, reg. Algarve, Portugal).   Recogida por S. P. M. Estácio da Veiga, publicada en Veiga 1870, Romanceiro do Algarve, pp. 135-36. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 175, L10.  032 hemist.  Música registrada.

     ****Mães que tendes vossas filhas,    assim Deus vos dê ventura!
  2   Não lhes deis maridos calvos,    se lhes quereis dar fortuna.
     Ai pobre de mim, coitada,    que me casei às escuras
  4   com um capão de cabeça,    desbarbado até à nuca!
     Mães, casai as vossas filhas    mas não lhes deis amarguras;
  6   para com calvos casá-las,    melhor é vê-las defuntas.
     Ponde em mim os vossos olhos,    se entendeis minha tristura.
  8   Sem ser turca me casaram    com homem de meia lua!
     Há calvas de mapa-múndi    que só com linhas se cruzam,
  10   com zonas e paralelos,    com cidades e com ruas.
     Deus nos livre de tais calvas,    dessas nefandas planuras,
  12   que nos fazem parecer    mancebas de padre-cura!
     Ai fugi, fugi, meninas,    desses depenados Judas,
  14   que nos dão cruz e calvário    em vez de nos dar venturas!
     Se o marido já vem calvo    e a bola nos traz madura,
  16   ai como, minhas meninas,    como fazer-lhe a tonsura?

Nota: ****De acuerdo con la convención editorial de Fontes (asterisco en el título), se trata de un romance inventado por un autor romántico, quien imitaba el estilo popular.

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