Pan-Hispanic Ballad Project

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2917:1 João soldado (estróf.)            (ficha no.: 2928)

Versión de S. Pedro (isla de Santa Maria, Açores, reg. Açores, Portugal).   Recitada por António Soares de Sousa (60a). Recogida en Stoughton, Massachusetts por Manuel da Costa Fontes, 19/02/1978 (Archivo: ASF; Colec.: Fontes NI 1978). Publicada en F.E.R. L-B Nova Ing. 1980, nº 147. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 392-393, Z12.  020 hemist.  Música registrada.

     --Há vinte e quatro anos    que às ordens m` entregaram;
  2   quatro vinténs e um pão    foi tudo quanto me deram.
     . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
     --Ó chouriços da minh` alma,    consolai este mortal;
  4   vinde, vinde sem demora    p`ra dentro do meu bornal.--
    
(Os chouriços correram para o bornal de João. E depois era o demónio, que o demónio tentou em levar p`ra o inferno João. Mas eu já não sei aqui. E o João diss` assim:)
     --Olá, de grande estafermo;    que fazes tu por aqui?
  6   Um diabrete tão feio    como tu eu nunca vi.--
    
(E depois o diabo disse:)
     --Pôs-me os ossos num feixe,    que mal me posso mover;
  8   se cá vem o João Soldado,    deita tudo a perder.--
     Diabos e diabinhos,    diabretes e diabrões,
  10   venham todos prevenidos    com pás e com alviões.
(NI 147)
Nota del editor: Trata-se dum conto popular versificado. É possível que tenha sido popularizado por livros escolares. Só conheço este fragmento em verso. Véase A[arne]T[hompson] 330

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