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Havia u~a criança qu` u~a madrasta criava, |
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mas ela era mázinha, nem a comida le dava. |
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Mandava-a pelas portas. . . . . . . . . . . . . |
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Bateu à porta d` a velha qu` assim a mandava entrar: |
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--Anda cá, minha menina, qu` eu de ti vou tratar; |
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dou-te sopinhas de leite, qu` é p`r`à fome te matar.-- |
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Um cão começou a ladrar e a pequena a gritar. |
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--Não tenhas medo, criança, qu` o cãozinho vou amarrar.-- |
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Então pegou num cabelo da sua cabeça e o cãozinho amarrava, |
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e a criança, sossegada, começou à mesa a jantar. |
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A pequena, que rezava, sempre em Deus `tava a pensar, |
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quando o cão avançou, qu` era p`à ir matar. |
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--Acode-me, ó Deus Menino, e vem-me aqui salvar, |
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qu` este cão é uma fera, qu` assim me quer matar.-- |
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A velha respondia: --Avança, cão, |
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[. . . . . . . . . . . .] engrossa, meu cabelão, |
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qu` essa rapariga hoje é p`ra ir a matar.-- |
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| (Mas ela salvou-se. Ela salvou-se e depois salvou muitas crianças que já `tavam amarradas lá. Mas eu nã sei acabar a história) | |