Pan-Hispanic Ballad Project

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2950:1 A Madrasta (á+estróf.)            (ficha no.: 2881)

Versión de Zamora s. l. (Zamora, España).   Documentada en o antes de 1962. Publicada en Kundert 1962, pp. 98-99. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), p. 345, X24.  028 hemist.  Música registrada.

     E era um homem casado    do segundo matrimónio.
  2   --E anda cá, ó meu marido,    que nos hemos confessare;
     hemos matar a tua filha    para nossos filhos heredare.
  4   --Isso não, minha mulher,    sem a morte a levare;
     eu amanhã vou p`r` à arada,    manda-me-la ao jantare.
  6   Eu a mato, lá a enterro,    lá morta há-de ficare.
     --Venha p`ra aqui, ó meu pai,    p`ra esta sombra a descansare,
  8   que deve estar enfadadinho    de tanta esteva arrancare.
     --Estende lá esta mesa,    que está hora de jantare;
  10   este pedaço de pão    tua morte vai causare.
     --Aqui venho, minha madrinha,    cansadinha de chorare,
  12   que o meu pai e minha madrasta    `terminaram de me matare.
     --Isso não, minha afilhada,    foi para te ouvire;
  14   mais, se alguma coisa houvera,    aqui estou para te acudir.--

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