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E era um homem casado do segundo matrimónio. |
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--E anda cá, ó meu marido, que nos hemos confessare; |
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hemos matar a tua filha para nossos filhos heredare. |
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--Isso não, minha mulher, sem a morte a levare; |
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eu amanhã vou p`r` à arada, manda-me-la ao jantare. |
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Eu a mato, lá a enterro, lá morta há-de ficare. |
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--Venha p`ra aqui, ó meu pai, p`ra esta sombra a descansare, |
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que deve estar enfadadinho de tanta esteva arrancare. |
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--Estende lá esta mesa, que está hora de jantare; |
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este pedaço de pão tua morte vai causare. |
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--Aqui venho, minha madrinha, cansadinha de chorare, |
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que o meu pai e minha madrasta `terminaram de me matare. |
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--Isso não, minha afilhada, foi para te ouvire; |
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mais, se alguma coisa houvera, aqui estou para te acudir.-- |