Pan-Hispanic Ballad Project

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2977:1 A Mulher do Almocreve (á-a)            (ficha no.: 2774)

Versión de Madeira s. l. (dist. Faro, isla de Madeira, Madeira, reg. Madeira, Portugal).   Recogida por Álvaro Rodrigues de Azevedo, (Colec.: Azevedo, Á. Rodrigues de). Publicada en Azevedo 1880, pp. 321-22. Reeditada en Costa Fontes 1997b, Índice Temático (© HSA: HSMS), pp. 245-246, T6.  040 hemist.  Música registrada.

     ****La mulher do almocreve,    a um frad` alcovitada,
  2   `stando seu marido longe,    em casa lhe deu intrada.
     Quer de dia, quer de noite,    como com ele casada,
  4   e disto a vizinhança    cramava injuriada:
     --Deixem chegá lo marido,    esta lhe será contada.--
  6   Palavras não eram ditas,    seu marido na portada.
     --Ai, marido-- lhe diss` ela,    logo com el` abraçada,
  8   --desta vizinhança má    anda la gente afrontada.
     Dizem que teu chapéu novo    é coisa de gargalhada
  10   por não intrar nem sair    na tua grenha riçada.--
     Bem sabia la mulher    como dava la pedrada;
  12   acertou com el` em cheio,    onde la quis acertada.
     Seu marido, chapéu posto    e cabeça levantada,
  14   salt` a meio do terreiro    e dá fal` assim falada:
     --Que toda la vizinhança    fique bem desinganada:
  16   se lo invejam por novo,    sigam la mesma pisada.
     Quer sim quer não, entr` ou saia,    ninguém com isso tem nada;
  18   ninguém s` importe d` eu ter    la minha grenha riçada.--
     Las vizinhas, que tal ouvem,    ficaram boca tapada;
  20   lo marido, no engano,    e la mulher, descansada.

Nota: ****Se trata de una imitación del estilo popular.

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